19. Chamas na Escuridão

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Oi! Hoje é meu aniversário mas o presente é de vocês! :)

Leiam com "Machine - Imagine Dragons"

Boa leitura, y'all.


Um dia alguém me contou sobre amor.

Um homem de chapéu baixo, sentado em seu banquinho, a pele enrugada e aqueles olhos de quem trazia histórias consigo que ninguém mais ousou presenciar; disse assim que me viu:

"O amor é um rapaz enfezado, voz grossa e anda por aí se achando o bam bam bam. Eu já tive o desprazer de esbarrar com ele algumas vezes ou outras durante a minha vida e, como toda pessoa de boa fé, eu mandei embora!"

Eu, muito chocado com a informação, rebati:

"Mas, senhor, todos falam desse amor e de como ele é doce e preenche a vida de felicidade. Como assim ele é chato e se acha o maioral? Por que as pessoas o esperam tanto, afinal?"

Contendo um sorriso mínimo e traiçoeiro, ele acendeu seu cigarro de palha e soltou bem devagar a fumaça com cheiro forte em meu rosto.

"Se não for desafiador, qual a graça, então? Eu mandei embora o amor que não me cabia mais, tampouco aquilo me fez bem. Sinto falta todos os dias. Em alguns dias, a saudade é tanta que tudo que sei é ficar em luto e em silêncio na minha cama."

"Não estou entendendo... Qual o grande mistério do amor, pois? Se ele é difícil, se acha o maior, é grosso e ruim de manter na vida; por que ainda o queremos?"

E foi naquele momento, com um sorriso de muitos significados, que aquele velhinho me ensinou a regra mais clara sobre o amor:

"Não vê, meu jovem? O amor é apenas para os corajosos."

HARRY EDWARD STYLES - P.O.V

Era duas horas da manhã quando eu acordei meio assustado.

Um braço cruzava minha barriga e eu senti a respiração quente de Tomlinson no meu pescoço, inalando o meu cheiro característico de forma que parecia calma e tranquila. Se não fossem pelos seus batimentos cardíacos e seu corpo tremendo levemente naquela penumbra que consumia o quarto.

Parecia ser um pesadelo, pois suas pálpebras tremiam e seu corpo dava pequenos solavancos apavorados. Resmunguei com a perturbação, me desgrudando de seu corpo meio suado e virando de costas para ele.

Maldição. Odiava quando me acordavam.

— Mamãe... Mamãe... — suplicou Louis baixinho, um soluço quebrantou de seus lábios rachados.

Sinceramente, além de chutar e agarrar dormindo, ele ainda chorava? Céus.

— Me salve! — gritou novamente, soltando um grito de pura dor que até mesmo meus ossos congelaram.

Me alarmei, virando rapidamente em sua direção e o empurrando com tudo da cama de forma que ele caísse sem querer.

O baque surdo foi o suficiente para ele acordar assustado, piscando os olhos meio perdido e tentando despertar do sonho.

Eu juro por tudo que é mais sagrado que eu tentei não rir. Eu juro.

Mas eu ri.

— O que diabo... STYLES!

— Aí, não precisa gritar — resmunguei mal-humorado, me enrolando na coberta.

— Seu alfa desprezível, você me empurrou da cama?!

— Eu só tentei te acordar, a gravidade que fez o resto — me defendi, rindo pelo nariz ao ver ele com o rosto vermelho de tão irritado.

Era particularmente divertido.

Viúva Negra | L.SOnde as histórias ganham vida. Descobre agora