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Lua🌙

A noite passada tinha sido bem gostosinha, comi horrores lá com o pessoal e paguei tudinho em casa, fiquei horas e horas no banheiro vomitando, e mesmo assim ainda fiquei enjoada depois.

Brinquei com o Benjamim e percebi que além de um pouco tímido ele era super fofo e carinhoso, ajudei ele a pintar a revistinha e acabou que no final ele dormiu no meu colo. Na hora de ir embora não quis de jeito nenhum segurar na mão da loira que eu acabei descobrindo que o nome dela era Lívia, acho que até a criança percebeu a energia negativa dela.

Foi embora sem trocar uma palavra comigo, mas fez questão total de falar com o Coringa antes de ir, ainda queria papinho, sorte a dele que cortou ela. Não falei nada, mas o meu olhar disse tudo que eu queria falar e fazer com aquela mal educada que não sabia respeitar o relacionamento dos outros.

Quando acordei o Coringa não tava mais deitado do meu lado, nem foi novidade, ele sempre fazia aquilo e eu já estava ficando totalmente acostumada. Levantei apertada pra fazer xixi e fui direto para o banheiro, aproveitei também pra escovar os dentes, lavar o rosto e por fim prender o cabelo.

Fui para o lado de fora e encontrei ele deitado ali na rede, dei bom dia soltando um sorrisinho e ele respondeu me chamando pra deitar, porém eu neguei e voltei pra dentro, tava com fome e não tinha tomado café ainda.

Depois tomei um banho rápido, vesti o meu outro bíquini que eu ainda não tinha usado, um short jeans e passei bastante protetor solar, mesmo antes de sair de casa. O Diogo bateu na tecla que não ia passar, eu já tava prevendo ele reclamando e eu rindo pelo motivo que eu tinha avisado.

Lua: Quer transar antes ir, não? -cheguei na porta do banheiro, vendo ele se enrolando na toalha.

Coringa: Olha o nível de intimidade, tá na porta do banheiro me olhando com o pau mole.-sorri.-Quer fazer amor mermo?

Lua: A gente não faz amor, a gente fode.-ele sorriu se aproximando.-Fiquei safada do nada.-ele concordou.

Coringa: Eu não esqueci de tu pegando no meu pau de madrugada.-neguei com a cabeça me fazendo de sonsa.-Quando eu perguntei e comecei a fazer a merma parada, cê deu uma de sonsa falando que tava fazendo frio pra tirar a roupa, sendo que é a maior facilidade puxar a calcinha pro lado.

Lua: Quando eu coloquei a mão dentro da sua roupa você reclamou falando que a minha mão tava gelada.

Coringa: Claro, tua mão parecendo mão de gente morta.-eu ri saindo da frente da porta.-Mas agora é outra parada, outro momento gostosinho.

Lua: Não, vamos logo, quero tomar um solzinho.

Coringa: Atiça e corre, né? -concordei saindo dali e ele deu um tapão na minha bunda me fazendo encarar ele com a cara feia.-Bato mermo, bunda gostosa do caralho.

Lua: Quando eu apertar seu pau na maior maldade você não vai gostar.

Coringa: Aperta com a buceta, eu gosto.-revirei os olhos dando as costas e ele riu vindo atrás de mim.

Fiquei um bom tempinho deitada ali na cama esperando o Diogo, demorou mais ainda por conta de uma ligação que ele recebeu de um dos vapores. Depois da ligação ficou com a maior cara de cu, perguntei e como ele não quis responder eu fiquei quieta, era mais um problema provavelmente e eu não ia ficar ali no pé enchendo a cabeça dele ainda mais.

Foi calado o caminho inteiro, também fiquei calada, distraindo a mente e colocando toda a minha atenção no celular. Quando chegamos ele quis segurar na minha mão e eu neguei adiantando o meu passo, se era pra ficar com a cara de bunda do nada eu também ia ficar.

Coringa: Bora ficar ali que é mais afastado.-me inclinei pegando a sandália para não atolar na areia.-Mãe da minha criança, fala comigo na humildade.

Lua: Você fecha sua cara de cu e depois vem com gracinha fingindo que nada aconteceu, sinceramente eu não entendo você.-olhei pra ele.

Coringa: Para de caô, fiquei com cara de cu nenhuma.-respirei fundo.-Eu te amo amor, vamo parar com esse papinho.-se aproximou passando o braço pela minha cintura.

Lua: Bipolarzinho do caralho.

Ele me soltou segurando a minha mão e a gente foi andando até uma mesa mais afastada das outras, até chamei pra sentar na mais perto, mas ele cismou que era melhor aquela e eu concordei no final. De primeira ele já foi pedindo cerveja, perguntei o atendente o que tinha pra beber sem álcool e ele respondeu falando os drinks que tinha, minha escolha foi o drink de morango.

Lua: Ele falou que aqui tem batida de abacaxi.-olhei pra ele.-É bom, deixa docinho.

Coringa: Eu vi ele todo saidinho pro teu lado.-eu ri.-Tô falando sério, o olho do filho da puta foi direto no teu peito.-fechou a cara.

Lua: Você deveria parar de ciúmes, não confia em você mesmo, não? -ele ficou calado.-Larga de ser implicante, se for pra ficar cismando com os outros é melhor a gente ir embora.

Coringa: De boa.

Por fim fiquei calada e peguei o meu drink de cima da mesa, nem tirei foto, já fui logo tomando, tava com uma cara ótima e também muito gostosinho. Apesar de ser uma bebida que é boa, nada supera uma que é acompanhada por álcool, não tava ruim, mas a com álcool é duas vezes melhor!

Depois eu levantei pra tomar banho e o Coringa ficou sentado, quando voltei a mesa tava cheia de coisa pra comer, sentei novamente no meu lugar e comecei a comer, eu nem sou muito de ficar com vontade de comer na praia, prefiro as fotos e o banho salgado, porém tinha um bebê que estava crescendo e com ele a fome também.

Comi uma boa quantidade daquilo que tinha ali e ainda comprei o queijo do vendedor que passou na nossa direção, o Diogo tava comendo quase nada, só abrindo as cervejas e tomando quase uma atrás da outra, tava ficando com a maior cara de bêbado, pelo visto eu que ia dirigindo na volta.

Coringa: Tu é a mulher da minha vida, quero ficar pra sempre com você.-olhei para ele.-Sério, cê é mó especial.

Lua: Começou as declarações, né? -ele sorriu.-Continua, eu gosto quando você fica com esse jeitinho descontraido.

Coringa: Cê tá parecendo uma sereia, só falta a calda, a beleza e o encanto já tem.-sorri.-Me encantou com a beleza e com o chá que me deu, fiquei amarradão.

Lua: Você não perde tempo, né?

Coringa: Claro, vou perder tempo com uma delicinha dessa? Sem tempo pô.-negou com a cabeça.-Tem que ser logo, encostar na parede e meter um beijão na boca.-eu ri.

Quase a tarde inteira foi daquele jeito, Diogo com aquele jeitinho que eu amava e a brisa maravilhosa da praia. Ele ficou bebendo maior parte do tempo e assim resultou eu dirigindo na volta pra casa, pelo menos eu não podia beber e ainda sabia dirigir, ele tava quase sem condições nenhuma.

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No MorroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora