capítulo 196

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Gabriel narrando

Não vi mais nada além de um infinito de escuridão. Uma dor forte se instalou na minha nuca , a voz do Max rodeava meus pensamentos enquanto eu perdia a noção de onde eu estava.
Não aguentei o peso do meu corpo e cai na cama quase em cima da Carolina , parece já estar acordada e socorreu minha cabeça para não machucar. Sua voz longe , os gritos abafados da Carolina estavam me agonizando, mas eu não conseguia levantar e olhar em um ponto fixo sem minha cabeça rodar.

A voz do Victor começou a rodear , gritava me chamando e chacoalhando meus ombros. Meus olhos abriram , Victor estava tomado por uma fúria intensa que era possível perceber pelo seu olhar. Sua atenção foi toda para o Max , seu braço direito levantou e socou com toda força o rosto do Maxuel , e socava cada vez mais até o outro pensar em revidar.

As mãos fortes e grandes do Victor segurou o pescoço do outro até o ar começar a faltar, seus olhos estavam vermelhos e cheios d'água. Carolina gritou e fez Victor sair do seu transe , chutou pela última vez o meio das pernas do seu ex amigo e saiu do quarto. Carol e eu levantamos da cama , Anna levou a garota para seu quarto e Deborá me ajudou. Eduard foi ao parque com sua filha, deixando apenas eu no comando dos dois possuídos.

A porta do quarto ao lado bateu forte , os sentimentos do Victor já estavam conturbados e sensíveis pela Bárbara , agora vendo que eu e sua irmã fomos alvo ficou transtornado. Ele estava chorando , suas veias passando pelo seu braço estavam tão altas quase explodindo. Tanto eu , como Carolina nunca vimos ele desse jeito.

Algum tempo mais tarde, voltamos ao quarto e Max ainda estava desacordado , amarramos suas mãos e pés como Victor pediu.
Carol: você se machucou? -- neguei.
Carol: me desculpa , eu não sabia que ele poderia fazer algo contra mim. Muito menos para alguém que nos ama. -- ela ainda não sabe , Victor não me autorizou a contar sobre o plano. Sentamos na cama do Victor esperando ele sair do banheiro depois de horas , ficou com medo do que ele pode fazer e me chamou para lhe acompanhar. Aos poucos contei tudo a ela , tudo que descobrimos na viagem. Não acreditou de início, depois se desmanchou em lágrimas.
A porta se abriu ,  seu rosto molhado e vermelho apareceu , Carolina correu e abraçou seu peito nu por um longo tempo.

Nunca foi sorteOnde histórias criam vida. Descubra agora