capítulo 29

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Não sei no que estou pensando, dizendo isso a ele. Talvez eu só queira romper qualquer barreira que esteja entre nós. Pra ser honesta, tudo o que mais desejo, é senti-lo. E que a estrutura corporal dele, áspera e diferente da minha, esteja grudada em mim.

— Então repita o que disse. — o tom de voz dele soava como uma súplica.

— Por favor, não me peça pra repetir. — eu respondi completamente envergonhada.

— Repita.

— Então faça. — eu repeti.

— Sabe quanto tempo esperei por isso? Pêssego?

— Na verdade, não. Há quanto tempo?

— Muito.

— Acho que eu iria gostar disso.

— Pensei que me odiasse.

— Eu odeio. Odeio tudo em você.

Thomas riu de mim. Daquele jeito espetacular. Daquele jeito que me faz querer beijá-lo, até perder o fôlego.

— Eu também te odeio, Milles. Te odeio mais ainda, porque não consigo ficar longe de você.

— Não fique. — sibilei levemente.

Embora eu estivesse completamente nervosa e assustada, era bom conversar desse jeito, com ele. Era uma curiosa mistura de sensações.

— Não pretendo. — Thomas respondeu em um tom, igualmente ao meu. 

— Ótimo. — eu sorri, sentindo as maçãs corarem.

— Você está bem, pêssego? Não parece a mesma garota que me deu uma série de foras e depois pediu que eu sequer chegasse perto de você. — Thomas brincou, com um sorriso travesso.

— Eu mudei de ideia, apesar de ter tido os meus motivos.

— Ah, é? E o que fez você mudar de ideia?

Admito que é emocionante, mas agora não tenho uma resposta para a sua pergunta.

— Sinceramente, eu não sei.  — respondi. — Mas, você acha que agora possamos fazer as pazes e que talvez possamos também ser... amigos?

— Amigos? — Thomas expressou sua inquietação, através de apenas uma palavra. — Acho que você entendeu errado!

— O que?

Thomas balançou a cabeça.

— Eu quero sentir o seu sabor. Quero tirar esse gloss dos seus lábios. Quero que se vingue, por todas as merdas que eu fiz a você. — ele me encarou sério. Seus dedos tocaram suavemente o meu lábio inferior.
— Eu não quero que sejamos amigos...

— E-então, podemos fazer as pazes?

— O que quer dizer com isso?

— Que talvez, possamos nos reconciliar, e esquecer os problemas.

Thomas inclinou seu rosto para mais perto. Com um olhar malicioso, ele sussurra em meu ouvido:

— Vamos deixar os pedidos de desculpas pra depois.

Ele recuou e suas mãos foram diretamente para minhas coxas. Ele as puxou, me fazendo deslizar e ficar no meio da cama. Thomas abriu minhas pernas e ficou de joelhos, entre elas.

— Imagino isso o tempo todo, porque sou viciado em fantasiar você na minha mente. — inclinou o corpo para perto, apoiando- o, com as mãos.

Um suspiro de susto, escapa dos meus lábios. E então, finalmente chegou o momento decisivo. A boca de Thomas se chocou contra a pele do meu pescoço. As mãos dele, desceram para minhas coxas e eu deslizei os dedos em suas costas.
Meu coração tremeu, assim como meu estômago. Inconscientemente, entrelacei as pernas em seu quadril. Parecia que no momento presente, eu não me importava em fazer isso. Porque, era bom estar sentindo o que sinto.

A última noiteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora