35_ Orgulhoso, banal, inútil e insensível.

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Eliza Claire

... quando senti dedos subirem pela minha coxa.

Ele se colocou entre as minhas pernas, fazendo as nossas coxas se tocarem, e fez questão de subir ainda mais a sua mão, até que ela estivesse escondida na minha saia.

Prendi a respiração e subi o olhar até os olhos do Theo que já me estudavam com atenção.

Cada vez que os nossos olhares se encontravam, ele parecia me admirar, e eu acharia isso estranho se não fosse tão frequente e quase um hábito do Theo.

A sua outra mão rapidamente encontrou o caminho da minha cintura e entrou pela minha camiseta, de um jeito que ele conseguisse tocar a minha pele enviando arrepios por todo o meu corpo.

Não consegui prender a respiração por muito tempo e logo o meu peito começou a subir e descer na velocidade da minha siririca flash.

O Theo percebendo, sorriu e aproximou o seu rosto do meu, enquanto a sua mão na minha perna estava chegando perto da minha intimidade.

A outra mão, na cintura, tocou a parte de baixo das minhas costas e continuou os movimentos circulares preguiçosos com carinho.

- Theo. - Eu chamei quase no automático suspirando.

Talvez eu tivesse razão, os elevadores podem ficar sem oxigênio, porque nesse exato momento, eu mal consigo respirar.

Para o nosso azar, estávamos presos em um dos pisos mais baixos do hotel e a temperatura era quase do diabo, o que não ajudava nada para o que eu estava sentindo no meio das minhas pernas.

Senti a mão do Theo finalmente alcançar a minha bunda e apertar a mesma pela lateral.

Ele tentava explorar cada pequena parte do meu corpo, como se ela fosse ainda mais fascinante que o centímetro anterior que ele tocou. Os seus olhos permaneciam em mim sempre, se divertindo com a minha expressão tentando me controlar.

O Theo aproximou o seu rosto do meu, me fazendo sentir o seu cabelo na minha testa e a sua respiração na minha boca. O perfume do Theo dançou o seu caminho até as minhas narinas e eu abri a boca levemente quando o ele subiu a minha saia ainda mais.

Um suspiro escapou da minha boca e o Theo sorriu de lado.

Me perdi na covinha que apareceu no seu rosto, acompanhado por uma bochecha avermelhada, como se aquilo pudesse me acalmar e me ajudar a controlar o que eu estava sentindo, mas, na verdade, fez o completo oposto.

O Theo já estava com a sua boca no meu pescoço, se aproximando da minha orelha.

- Me conte o que você quer de mim, querida. - Ele sussurrou com a voz arrastada no meu ouvido, como se ele também estivesse lutando para se controlar. - Eu darei tudo que você desejar. Tudo.

- Se afaste. - Ordenei sentindo a respiração pesada dele contra o meu pescoço.

O Theo retirou as suas mãos de mim, me deixando apenas com o fantasma do que era o seu toque carinhoso e cauteloso contra a minha pele.

De repente, quando o corpo dele se afastou totalmente de mim, eu fui atingida por uma onda de frio e realidade, que era o contrário do que eu ainda sentia no meio das minhas pernas.

Eu me levantei ao mesmo tempo que o Theo, tendo um pouco de dificuldade em ficar de pé e precisando me apoiar na parede do elevador em que eu estava.

- Você não pode fazer isso. - Falei quando consegui encarar os olhos dele.

Apesar do contato visual ser a atividade favorita do Theo comigo, eu tinha dificuldade em conseguir manter o que ele tanto desejava, para o próprio bem da minha sanidade e autocontrole.

O IntercâmbioOnde as histórias ganham vida. Descobre agora