Capítulo 15

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Seokjin saiu da semi-sonolência quando a porta se abriu com um leve ruído. Abriu os olhos e deu com um rosto rosado, sorridente, enfiado pelo vão.

— Bom dia, sir. Desculpe incomodar, mas milorde disse que está quase na hora da cerimônia... — Terminou de abrir a porta, entrou e foi colocar a bandeja com o café da manhã sobre a mesinha de cabeceira. — Trouxe alguma coisa para o senhor comer, depois ajudo-o a se vestir.

O jovem esforçou-se para entender. Lembrava-se da longa viagem com o conde... não, ele queria que o chamasse simplesmente de Namjoon... na carruagem. Ele falara sobre o casamento e os planos para as próximas semanas. 

Olhou para baixo. Como chegara até a cama e como vestira aquela roupa de dormir? Forçou a memória e teve a vaga lembrança de flutuar entre paredes muito altas, enquanto olhos fixos o seguiam. O toque de mãos delicadas, murmúrios, depois mais nada.

De repente, lembrando-se do criado que aguardava ordens, fez a primeira pergunta que lhe veio à cabeça:

— Como é seu nome?

— Park Jimin, sir — respondeu o rapaz, o rostinho iluminando-se diante do interesse do amo. — Vou ser seu criado de quarto — acrescentou, orgulhoso.

Seokjin sorriu, sentindo-se melhor à ideia de ter um jovem com aquele ar alegre e feliz para atendê-lo. Nunca havia tido um criado, mas sabia que alguns criados de quarto podiam ser verdadeiros dragões.

— Que bom! É um prazer conhecê-lo, Jimin. Espero que possamos ser bons amigos. — o ômega de fios negros, sorrindo, estendeu a mão para o outro jovem. — Me chamo Seokjin. 

O loiro encarou a mão que lhe foi estendida e pareceu refletir por um momento sobre o que fazer. Por fim, segurou-a e sorriu.

— Espero poder servi-lo à altura, sir. — disse, educadamente.

Seokjin analisou o rosto do rapaz, estava levemente corado. Havia feito algo de errado? 

— Desculpe-me, nunca tive um criado antes — confessou, num impulso, decidido a ser sincero. Sempre achara a franqueza a melhor arma e sabia que jamais conseguiria fingir ser o que não era.

— Fique sossegado, sir — o criado sorriu, não estranhando aquela afirmação. — Milorde nos informou sobre sua guardiã...

Inclinou-se para ajeitar os travesseiros às costas do patrão, sem reparar no olhar intrigado dele. O que Namjoon teria dito? 

Depois, o criado colocou a bandeja de prata em seu colo.

— Está bem assim, sir? — perguntou, amável.

— Está sim, obrigado... — sorriu, contente. — E pode me chamar de Jin.

— Acho que talvez não seja adequado, sir.

— Por favor, pelo menos quando estivermos a sós, chame-me apenas de Jin. Sir é tão... formal.

— Como desejar, sir... Quer dizer, Jin. — o pequeno ômega sorriu, corando brevemente. — Vou preparar o banho do senhor.

Ao ficar sozinho, Seokjin enfim pôde sentir que Black estava de volta. O lobo parecia ainda um pouco sonolento e confuso, mas pelo menos estava ali. Por um momento, Seokjin recriminou-se por ter tomado os inibidores, não pensou que aquilo poderia fazer tanto mal. E se passasse por alguma situação de perigo e precisasse de seu lobo? Como faria? 

"Que lugar é este, Jinnie?" Black perguntou e Seokjin finalmente repassou todos os últimos acontecimentos ao seu lobo. "Eu não posso dormir um pouco e você já aceita se casar com alguém, meu pequeno? O que seria de você sem mim?". 

O ômega do Conde | NamjinOnde as histórias ganham vida. Descobre agora