40_ Pau sabor especial banana?

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Eliza Claire

Quando o Theo sorri, um dos cantos da sua boca vai levemente para baixo, e por mais pequeno que o sorriso seja, a sua sempre covinha aparece.

- Quando a gente começou a conversar, você sugeriu que eu perguntasse sobre as suas experiências sexuais. - Lembrei ainda observando o pequeno sorriso no rosto dele.

- Eu apenas te dei opções. - O Theo revirou os olhos e eu sorri estreitando o olhar. - E você escolheu a pior das opções pra falar sobre.

- Por quê? - Perguntei me virando pra encarar o Theo melhor na cama.

- Eu acho que é bem óbvio o porquê dela ser a pior opção. - Ele me olhou confuso.

- Não, por que você sugeriu experiências sexuais? - Sorri mordendo o meu lábio inferior e o Theo me olhou pelo canto do olho.

Assisti o seu corpo se virar para ficar de frente com o meu também.

- Eu sugeri experiências sexuais porque eu não tenho experiências sexuais. Além de você, claro. - Ele sussurrou. - Seria um bom tópico para evitar a conversa que tivemos.

Eu franzi as sobrancelhas e fiz uma careta confusa considerando que a sua confissão não passasse de uma brincadeira.

O Theo era tipo um símbolo de sexo com pernas e um cérebro minúsculo.

O que ele não tem de cérebro, ele tem de pau.

O tanto de vezes que eu já ouvi garotas e garotos falando sobre transar com ele e até alguns que afirmavam já ter realmente destruído o caminhão do Theo, é alarmante.

Agora, o Theo admitir que é virgem, parece uma piada.

Abri um sorriso gigante e semicerrei os olhos para o Theo com o pensamento de que talvez eu fui a primeira que sentiu os dedos dele na velocidade da luz.

O Theo me encarou assustado e eu tive certeza que nem o meu ex namorado traficante viu tanto a minha Carolzinha quanto o Theo viu dentes meus no sorriso.

E eu estava certa, tendo em conta que o pobre coitado do meu ex foi preso 10 segundos depois de ver a minha Xerolaine.

- Por que não? - Questionei fechando o meu sorriso um pouco com medo de invocar o It.

- É difícil se envolver com alguém quando você vive em um ambiente abusivo e tem marcas disso frequentemente. - Ele contou e eu torci a boca.

- Isso não impediu... aquilo de acontecer no elevador. - Falei pausadamente tendo em conta que era a primeira vez que um de nós mencionou o elevador.

Eu prefiro me jogar da janela do que entrar naquele elevador agora.

- Chamar a nossa pegação de "aquilo" não vai te fazer esquecer ela. - O Theo quase me espancou com a frase. - E além do mais, você não liga pra elas, apesar delas serem horríveis. - Ele fez uma careta de dor. - Você provavelmente até gosta delas, por terem me causado dor.

Eu abri a boca em choque, demonstrando o quanto eu e o meu lado masoquista ficamos ofendidos.

- Eu odeio o passado das suas cicatrizes, mas elas são suas cicatrizes, então eu gosto delas. - Admiti baixinho, torcendo para que o Theo escutasse um gemido da Zoé ou da Soso no andar de baixo, mas que não escutasse o que eu falei.

- Se o elevador não tivesse voltado a funcionar, eu não me importaria que você fosse a minha primeira. Eu até faria questão... - Ele confessou neutro.

Moleque neutro.

- Eu não sei se compensa, mas aquela foi a primeira vez que alguém me tocou aqui nos Estados Unidos. - Fechei os olhos com vergonha, escutando a risada baixa do Theo.

O IntercâmbioOnde as histórias ganham vida. Descobre agora