30. Você Vai Me Destruir

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Faísca.

Substantivo feminino que significa fragmento luminoso que se desprende de um corpo em brasa ou resultante do atrito de dois corpos; chispa, fagulha, centelha.

É como um breve luminar, algo que incitasse o mínimo para produzir uma explosão atmosférica. Incendiar tudo por dentro como uma ventania forte que arrebenta todos os vidros da casa ao passar. É simplesmente física. Atração contínua de produzir e produzir, sem conseguir se afastar até que essa faísca se transformasse em uma combustão.

Em outras palavras, podemos pôr a faísca como tensão. O que incitaria no calor de dois corpos loucos para queimarem.

Loucos para incendiarem juntos.

LOUIS WILLIAM TOMLINSON - P.O.V

O céu estava tão estrelado que eu me perguntei em como poderia viver uma vida em que não o observasse como um completo obcecado.

Uma manta felpuda de tricô me abraçava e um chocolate quente esquentava minhas mãos naquele frio misturado com a maresia, criando uma das cenas poéticas mais lindas que eu já presenciei.

Eu, o mar e as estrelas.

E claro, o tapado do Harry.

— Louis — chamou o alfa ao me ver fazendo corpo mole em cima da caminhonete, fingindo que ele não estava arrumando tudo sozinho. — Você não vem ajudar?

Ignorei, focando no som do carro que tocava Beatles baixinho.

— Louis! — exclamou indignado.

Ri baixinho, recebendo aquele olhar de quem queria me matar no sono.

— Vem cá, Eduardo Stilos. Olha essa visão.

— Temos que voltar ainda hoje. Me ajuda a organizar isso.

Ele era muito chato.

— Vem. Senta comigo — pedi calmamente, abrindo um espaço na minha manta. — As estrelas estão lindas hoje.

— Você fumou o quê?

Revirei os olhos, observando o alfa que suspirou resignado e deixou a cadeira na areia, caminhando até o carro e sentando no capô ao meu lado. Ofereci minha xícara de chocolate quente e ele aceitou, fazendo uma careta ao descer o líquido.

— Tem rum nisso aqui? — gargalhei, assentindo. — Que horror.

Contrariando a fala, ele bebericou um grande gole depois. Os lábios vermelhos foram molhados pela língua pecaminosa, circulando daquele jeito hipnotizante.

Depois do laço, algumas coisas que poderiam passar despercebidas pelo Louis de antes, se tornaram mais claras. A forma em que o silêncio dele dizia mais que as palavras que soltavam de sua boca, e com certeza, como ele respondia pelos olhos.

Era a forma de Harry se expressar. Pelos verdes intensos que se assemelhavam ao mar em dias de chuva.

— Onde comprou? — perguntou ao me ter focado demais em seus lábios, meio constrangido.

— Na barraquinha ali do lado.

— Barriquinha de rua, Louis? Vamos competir para ver quem vomita primeiro.

Viúva Negra | L.SOnde as histórias ganham vida. Descobre agora