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12 de Fevereiro de 2016

Era uma sexta feira, eu estava morrendo de ansiedade pois depois do colégio eu iria para a praia com a Mari. As outras meninas já estavam lá desde o dia anterior, mas nós tínhamos aula e acabamos ficando para irmos com Carolina e seu marido.

Mari e Boo haviam ido para a mesma universidade e eu fui para outra, isso me deixava triste, mas tentava não parecer ciumenta ou coisa do gênero. Quando finalmente minha aula acabou, fui para minha casa depressa, cheguei e fiz minhas malas, fui até a casa de Mari, Carol passaria nos buscar umas 15hrs então eu estava muito ansiosa.

Quando chegamos na praia já era final do dia, as meninas estava, todas na piscina e acabaram nos jogando com roupa e tudo. Eu tenho certeza que aquela viagem marcou cada uma de nós. Esses momentos me faziam pensar que nossa amizade nunca seria desfeita. Tata e Carla eram mais amigas, Flay era mais unida a elas. Já Ivy era muito próxima a mim, que era extremamente próxima a Mari, que era grudada em Julia e Sabrina. Todas éramos amigas, mas todas tínhamos um porto seguro. A viagem era uma comemoração ao aniversário de Julia. Aquele final de semana foi vivido com tanta intensidade que quando chegou na hora de ir embora meu coração despedaçava de tristeza, tudo que vivemos juntas naquele ano me marcou de maneira devastadora.

Depois dessa viagem, já tínhamos outra marcada, a viagem dos bombons, chegamos a arrecadas 15 mil reais em nossas vendas, que obvio que tiveram que aumentar os produtos, ou seja, além de bombons, vendíamos coxinhas, empadão e sopa, tudo isso em 4 meses para a bendita viagem. E essa viagem marcaria nossas vidas para sempre.

Dia da viagem - 20 de Abril de 2016.

Acho que não é um fator tão importante, mas eu cheguei a me batizar na igreja, quando fui ficando mais firme e descobri tudo de bom que aquilo me proporcionava resolvi me firmar e até me batizar. Além de nos meninas, os meninos da nossa idade também foram na viagem. Tudo foi muito marcante na minha vida depois desse dia, principalmente o que viria a seguir. Carol já era uma mãe para mim, ou seja Ivy e Flay me tratavam como irmãs. Ivy e eu estávamos extremamente próximas, dormimos juntas todos os dias, ficamos grudadas em absolutamente todos os segundos, desde a van que nos levou para o outro estado, até cada momento da conferência. No ultimo dia, haveria um show que estávamos esperando muito, sempre sonhávamos em estar lá, as oito, juntas, havíamos nos arrumado e quando chegamos no estádio do Mineirão, nossos corações batiam em ritmos descompassados e sim, posso falar que o coração das minhas amigas batiam tão forte quanto o meu, pois aquele era um sonho conjunto.

Naquele dia recebemos uma palavra sobre crescimento, e recebemos. A partir dali estávamos dispostas a não sermos mais oito. Fomos embora do show, que foi incrível e tenho milhares de histórias incríveis sobre esses dias, mas nada relevante. Quando chegamos todos estavam a nossa espera para as novidades, chegamos todos empolgados e falando diversas coisas. Nessa altura do campeonato eu já havia deixado minha sexualidade na ultima gaveta da minha vida.

Alguns dias se passaram e finalmente teríamos nossa primeira célula depois da viagem. Eu estava no ministério de dança, então tinha ensaio a tarde. Depois do ensaio Mariana e eu, juntamente com Guilherme e Prior estávamos na rua da igreja jogando bola, até que a bola foi parar em cima da canchinha do colégio. Pegamos uma escada na igreja e tentamos subir para pegar, mas sem sucesso, Mari tentou, eu tentei, Guilherme tentou e Prior também, mas quem acabou pegando a bola foi um garoto que passou na rua e ficou com dó dos idiotas trepando pelo muro. Quando finalmente pegamos a bola achamos que seria uma boa ideia entrar no colégio, e assim fizemos, invadimos o espaço e só nos demos conta da merda quando a policia veio atrás de nos, isso mesmo a policia.

Eu nunca havia corrido tanto na minha vida, eu corri com toda a minha força, assim como nossos amigos correram, até que finalmente despistamos os policiais. Só que infelizmente quando estávamos voltando para a igreja, percebemos que os policiais ainda estavam lá, então corremos para a casa do nosso amigo Lucas, ficamos lá até a hora da célula. Pasme, eu digo a vocês, foi um susto enorme para nós, já que éramos em 8 meninas e 6 meninos. Quando adentramos o salão maior da igreja, tinham, sei lá, uns 32 adolescentes. Me sentei ao lado de uma garota, seu cabelo era liso, escuro, cumprido e tinha um sorriso lindo, meu coração ficou meio acelerado.

A mãe Carol (assim que passei a chamá-la) perguntou o que havia acontecido para nosso atraso, então boa contadora de histórias que eu sou comecei a contar sobre a história da bola e os policiais. A menina ao meu lado dava risadas abafadas mas que eu achava fofo. Quando Carol perguntou o nome de todas aquelas pessoas, finalmente a menina se apresentou, seu nome era Bianca, ela era tímida, tinha 15 anos, e eu 17,não sei se mencionei. Bianca para minha surpresa era amiga da minha irmã Flay (irmã de consideração pois devido aos fatos me tornei filha adotiva de carol, ela me amava como filha e era assim que se designava a mim, mas óbvio que eu ainda tinha minha mãe).

Cheguei em casa e fui tomar um banho, quando sai do banho havia uma solicitação no facebook e para minha "surpresa", Bianca Andrade enviou uma solicitação de amizade. Aceitei e fiquei aguardado algo acontecer.

Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Mar 24, 2022 ⏰

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Com amor, RabiaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora