35. Lobo em Pele de Cordeiro

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Oi! Leiam isso aqui, por favor:

Muitos ficaram na dúvida na questão do Louis ter quase se suicidado e logo em seguida responder com sexo, mas lembrem-se que ele no começo há o aviso de gatilho de adrenalina e experiência quase-morte.

Leiam com "Mount Everest - Labrinth"

Não esqueçam de votar e comentar, pls.
Alerta de gatilho a violência física e tortura.

Tenham uma boa leitura, y'all.



"Por isso que você é assim meio louco. Não teve amor. Todo mundo precisa ser amado. Isso arruinou com você."

Charles Bukowski.

LOUIS WILLIAM TOMLINSON - P.O.V

Sábado, dia da Luta de Iniciação

Não consegui pregar os olhos, nem mesmo quando Harry abriu os braços em um convite de uma conchinha aconchegante.

Eu não conseguia sequer parar de pensar. Meu cérebro funcionava a 220 por hora, e mesmo que eu tentasse, ele me levava até o dia de hoje e todo o foco que eu teria que ter.

Machucar alguém era fácil para mim quando a pessoa entrava no meu senso de moralidade. Torturar, matar, roubar, manipular ou até mesmo me entregar da forma mais profana sexualmente não era um empecilho para mim. Se tornava um problema quando, infelizmente, eu me recordava que existia aquela singela parte da minha humanidade que não tinha sido arruinada e não enxergava necessidade de machucar minha melhor caçadora à toa.

A parte que prezava pela família que nunca teve, mesmo que fosse torta e não de fato amorosa como outras.

Me sentia flutuando, e toda vez que eu ficava sem ar, Harry se aconchegava e beijava meus ombros. Ele fez isso até cair no sono, o barulho de apito que seu nariz fazia me deixando soltar uma risadinha.

Outro problema vinha sendo ele e esse maldito elo. Não sabia o que pensar sobre a forma que ele me fazia sentir e muito menos me sentia apaixonado por ele. Quer dizer, nunca me apaixonei antes para saber de fato.

O limite entre o que era laço e o que era meu.

Quando deu cinco horas da manhã, me senti frustrado e levantei da cama, pegando um cigarro e me escorando na janela do quarto que batia de frente para o jardim. Não me fiz de rogado ao perambular totalmente nu e me senti extremamente satisfeito ao ver as marcas no meu corpo.

O espelho em frente a cama reluzia os roxos, chupões e as marcas de mordidas fortes. Minha pele destoava em tons amarelados, arroxeados e alguns verdes. Minha boca estava totalmente maltratada pelos dentes e quando eu acendi o cigarro, colocando-o entre os lábios, o movimento fez minha pele esticar e doer.

Traguei fortemente, sentindo a fumaça descer pela minha traqueia e incendiar meu pulmão, acalmando totalmente e nublando meus sentimentos com o vapor e a nicotina. Sentei no pequeno parapeito que tinha na janela, cruzando minhas pernas e fumando enquanto o sol nascia.

Era lindo e esplendoroso o modo como o laranja pincelava aquele azul escuro, como se estivesse empurrando a escuridão com seu brilho imensurável. Chegava a ser poético se você encarasse todo aquele jardim colorido com flores de tudo quanto é cor da mansão Tomlinson e o sol nascendo ao fundo enquanto a maior escuridão encarava essa cena com inveja.

Traguei mais uma vez, encostando minha cabeça no batente da janela.

— Poderia virar uma pintura de tão lindo — sussurrou uma voz rouca, que antes me assustaria e pegaria de surpresa, porém eu me acostumei.

Viúva Negra | L.SOnde as histórias ganham vida. Descobre agora