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Lua🌙

A Tainá queria fazer companhia na noite anterior mas eu acabei recusando, tava afim de ficar sozinha.

Deitei no sofá com a intenção de assistir mas acabei pegando no sono e só abrindo os olhos no dia seguinte.

A primeira coisa que eu fiz foi pegar o celular e mandar uma mensagem para o Lucas perguntando se era mesmo o aniversário do Coringa.

Quando ele respondeu falando que sim, mesmo chateada eu mandei um áudio tentando deixar o orgulho de lado.

Mensagem on.

Eu: Feliz aniversário amor, saiba que mesmo com os seus surtinhos de ciúmes e proteção extrema eu te amo. Quero que você seja muito feliz, principalmente comigo independente de qualquer situação. (áudio🔊)

Eu: Continue sendo esse pai maravilhoso que você é e vai ser para o nosso filho❤ (08:30)

Eu: Inclusive quero resolver o nosso problema pq acho que foi mais uma infantilidade, eu errei e você também. Assumo completamente a minha parte, por mais que não tenha nenhuma outra intenção de ambos lados. (08:31)

Mensagem off.

Fiquei quase uma hora esperando a resposta, fui fazendo as coisas sem tirar os olhos do celular, e mesmo assim ele acabou não respondendo. Mesmo depois de ter ficado online duas vezes, e na terceira ter olhado e me deixado no vácuo.

Por pouco eu não apaguei a mensagem e mandei um áudio xingando ele de todos os nomes possíveis. Tive que respirar fundo tentando esquecer o papel de trouxa que eu tinha feito pra voltar a fazer as minhas coisas sem ficar olhando o celular a todo momento.

Mas também não nego que qualquer notificação que chegava eu ia correndo olhar achando que era ele, e no final sempre me decepcionava porque não era.

Fiquei mais relexada quando recebi a notificação do aplicativo de gravidez falando que faltava uma semana pra entrar no quinto mês. Tava passando tão rápido e eu tava toda perdida ainda naquilo tudo.

Quando eu parava pra pensar realmente eu me dava conta de que não era fácil, porém é uma situação que eu com toda certeza do mundo não trocaria por nada. Mesmo atrapalhada com basicamente tudo eu sabia que no final ia valer a pena.

Confesso que eu tava me sentindo culpada e irresponsável achando que não iria conseguir dar conta. Cheguei a chorar por alguns minutos e fiquei muito mais alíviada depois daquilo, tava tudo bem em se sentir incapaz de fazer certas coisas.

Se sentir incapaz não significava que eu realmente era incapaz de conseguir!

Comi e depois que descansei fui tomar banho e sentei no sofá para assistir, ainda fiz o papel de olhar o celular na esperança de uma mensagem do Coringa mais uma vez, porém não tinha nada.

E o ódio maior era que ele tava online.

Respondi a Tainá que tinha me perguntado como eu tava e larguei o celular olhando para o filme que tinha começado.

Quando tava no meio bem pertinho de acabar a Tainá me ligou falando que tava rolando a maior festa lá no Morro em comemoração ao aniversário do Coringa. O som tava tão alto que nem dava pra escutar quase nada do que ela tava falando.

E foi ali que eu descobri o motivo dele não ter me respondido, tinha coisas mais importantes pra fazer..

Olhei o relógio percebendo que era quase seis horas e tive uma vontade enorme de ir lá, porém acabei lembrando que eu tinha uma criança na barriga e aquilo não era mais pra mim.

Mas acabei mudando de ideia quando parece que alguma coisa colocou na minha cabeça falando que gravidez não é doença, depois de olhar um vídeo no status do Lucas aonde o Diogo aparecia todo gostoso com maior cara de filho da puta, sem a aliança no dedo, mas sim empendurada na corretinha.

Mandei uma mensagem para a Tainá perguntando aonde ela estava e ela respondeu falando que tava na frente de casa olhando a vida dos outros. Combinei que era pra ela se arrumar porque eu tava indo e ela concordou desligando a ligação.

Como eu já tinha tomado banho só fui trocar a roupa e terminar de me ajeitar, abri o guarda-roupa que eu tinha arrumado horas antes e comecei a remexer tudo.

Testei alguns shorts porém acabou não entrando, por tanto fui olhar alguns vestidos já que eu não queria ficar com a sensação que o meu bebê estava apertado.

Vesti uns três até encontrar um do meu gosto, era preto coladinho com alça bem fininha. Eu me sentia muito linda naquele vestido, daquela vez tinha uma participação especial, no caso o bebê.

Não era tão curto, porém pegava mais para o curto do que para o grande.

Sentei na frente da penteadeira para arrumar o cabelo e logo em seguida a maquiagem. Eu não tava fazendo nada demais, apenas o que ele quase pediu.

Se era meter raiva que ele queria, tava chegando a minha vez.

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No MorroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora