30. Consumação de Espécies PTII.

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Se não é selvagem, não faz parte do meu culto.

#MorceguinhoCerejinha

A noite era uma criança, se comparada à sensação que eu sentia de estar em alta velocidade, percorrendo – ao lado de meus amigos, uma bruxa e uma mafiosa, um caminho que não me é deliberado saber de qual se trata.

Tudo que me era proporcionado, além da vista que eu tinha da janela, eram os murmúrios por parte de Jin e Jennie, ambos trocavam uma conversa sobre os recentes acontecimentos, além de Hoseok estar reclamando que o colete à prova de balas o sufocava e, possivelmente, era mais fácil que ele morresse por isso ao invés de servir de alimento para qualquer vampiro solto por aí.

— Vocês acham que a mansão está cheia de vampiros há essa hora? — Vante questiona. Ele observava a mesma janela que eu uma vez que estávamos ao lado um do outro. — Eu não consigo parar de pensar nisso. — Conclui.

No banco, eu deslizo minha mão para tocar a do rapaz, ele entrelaça junto a minha como uma maneira de acalentarmos um ao outro. Volteio meu olhar da janela para o assento à rente, que é ocupado por Aurora e Perrie. Nesse ínterim, a bruxa está introduzindo mais cartuxos às armas enquanto Edwards dirige loucamente pela avenida nula de movimento.

— É uma possibilidade. — Ela responde, aumentando a velocidade. — Se eles ainda não nos farejaram, o que eu acho que não.

Back To Black tocava na rádio da vã conforme Perrie pisava fundo no acelerador.

Oh, Deus. Que maluquice...

— Não, ainda não. — Aurora refuta, virando-se em nossa direção. Ela nos entrega às armas já carregadas. Eu repasso as que não eram minhas, auxiliando a bruxa. Por último, recebo a metralhadora. Essa fica comigo. — O feitiço nos deixará fora de risco por uma hora, uma hora e meia, no máximo duas. Momentaneamente, vocês não precisam se preocupar.

— Para onde estamos indo? — Rosé questiona, raspando o dígito pelo cano da arma, vislumbrando-a.

— Sendo honesta, eu não faço ideia. — Perrie replica, conduzindo a vã pela rua deserta e pouco iluminada.

Remexo-me no banco quando Jin – que ocupava o assento atrás de mim, me atropela para ficar mais próximo de poder ser escutado pela loira. Faço uma careta, encolhendo-me para deixar a metralhadora no chão do automóvel.

— Não deveríamos procurar pelos meninos? — O mais velho indaga, soando óbvio.

Bem, deveríamos. Não deixo de pensar, no entanto, foco no que Perrie decidirá.

— Estão prontos para obter a pior das reações, por parte deles, com a nossa presença nessa Consumação? — Pelo retrovisor, ela franze o cenho, detectando nossos olhares receosos, a mafiosa prossegue: — Vamos aguardar por um pouco mais de tempo. Eu não quero correr riscos.

Quando Jin se afasta, voltando ao seu banco, eu encosto-me ao meu, suspirando fundo com a ideia de morrer. Quer dizer, eu não morreria agora, não nesse momento, não hoje. Não nesse ano. Todavia, é assustador pensar que Zorak está liderando um exército de vampiros, e que ele aproveitou essa Consumação para buscar por vingança, somente isso explica a casa de Olavo, o líder de um clã, sendo invadida por vampiros medianos. É lógico que eles tentaram nos atacar em nome de me levar a quem lhes tem comandado.

É uma droga ser a causa disso tudo. Deveria ser somente um caos anual.

— Dândi faz ideia do que pode estar acontecendo? — Pergunto quando o rosto do mafioso surge em minha mente.

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