A stripper

Existem finais felizes?

P.O.V Maraisa:

*Bem que dizem, que a vida é uma só. Bem que dizem, que a incerteza da vida, é gigantesca.*

*Sempre me ensinaram, que uma decisão, pode mudar toda a sua vida. E talvez, somente se eu tivesse dito um simples: "Não". Não estaríamos aqui.*

*Talvez eu quisesse ter dito "Não". Talvez eu quisesse ter sido forte para não passar por tudo isso.*

*Um simples erro, pode mudar toda a sua vida. Se ao menos eu tivesse negado aquele pedido, ele não teria morrido. Talvez se eu não tivesse me apaixonado por ela, ela não teria sofrido daquela maneira.*

*Se tudo aconteceu, foi por culpa minha. Eu destruí a vida de todos. Se eu não tivesse saído do puteiro, nada disso estaria acontecendo.*

*Eu não faria ela sofrer, nem veria o meu menino aos prantos pela pessoa que ele ama, ter morrido. Letícia morreu por minha causa, não era ela que ele queria, era eu, eu quem deveria estar morta.*

*João morreu porque eu não soube dizer um "Não". Escolhas erradas, atraem finais pesados.*

*Eu estava em transe, tudo ao meu redor estava desmoronando, e eu não conseguia me mover, nem falar.*

Marília: Amor. Maraisa, nós precisamos ir embora. - Olha em meus olhos, tentando me tirar dali. - A polícia já chegou, e vai cuidar de tudo, tá bom? - Me abraça.

- Ele morreu, eu o matei. - Levanto o olhar, olhando em seus olhos.

Marília: Não meu amor. Foi a Letícia, não foi você. - Acaricia o meu rosto.

- Se eu não tivesse aceitado, ele estaria vivo agora. - Como aquilo me doía.

Marília: Eu tenho certeza que ele teria arrumado uma maneira de morrer, não foi você quem o matou meu amor. - Tenta me acalmar.

- A Letícia. Eu não a amava, mas não queria a matar. - Choro. - Olha como ele está sofrendo por minha causa Marília. - Vejo o sofrimento do meu filho, e aquilo me matou por dentro.

Marília: Quem atirou nela foi eu meu amor. Se acalma. Vai ficar tudo bem. - Sela os nossos lábios.

- Não não. Policial, por favor, me escute, isso não foi culpa de ninguém aqui, foi culpa. - Sim, eu iria me culpar, eu não poderia deixar Marília ser presa, eu não faria isso com ela.

*Eu não poderia a deixar ser presa, se tem algum culpado na história, era eu, eu era a destruidora de tudo aquilo. Eu iria me entregar, não iria destruir a vida da minha esposa daquela forma.*

Marília: Senhor minha esposa está nervosa! Me desculpe. Tenho certeza que ela ficará bem! - Segura em meu braço, me impedindo de me entregar de um crime que eu não havia cometido.

Gustavo: Não, vocês não podem a levar. Por favor. Ela está viva, não façam isso com ela. - Gustavo chorava, ao ver a ex noiva ser levada embora. Ela nunca mais, iria voltar para os seus braços.

*Eu corri para abraçar o meu menino, o coração dele, batia acelerado. Seu rosto estava inchado, de tanto chorar.*

Polícial: Alguém quer se despedir desse aqui? - Pergunta, e eu concordo.

- Eu, eu quero. - Engulo o choro, e todos ficam sem entender.

Marília: Maraisa? Amor? - Pergunta, assustada.

- Eu sei o que estou fazendo meu amor. E eu preciso disso. - Suspiro.

*Marília abraçou Gustavo, e eu fui até onde estava o corpo de João. Meu estômago embrulhou, senti vontade de vomitar, mas me segurei.*