Gwyneth abriu os olhos pesados lentamente, cerrando-os ao notar o pequeno feixe de luz que escapava da janela e atingia seu rosto. A mão pesada de Azriel em seu abdômen impedia um pouco seus movimentos, fazendo com que ela continuasse grudada contra seu peitoral, o rosto do encantador enterrado em seu pescoço.
Acabaram perdendo a hora e dormindo ali mesmo no chão da sala. As cobertas e as almofadas espalhadas pelo tapete, o lençol jogado cobrindo seus corpos ainda nus, e as taças e a garrafa de vinho ainda jogadas em cima da mesa de centro, que fora arrastada até a lareira na parede para que pudessem ter mais espaço para deitarem na sala.
Gwyn tentou mover a cabeça para observar o cômodo, tentando enxergar se o local estava muito bagunçado, mas a mão de Azriel se firmou em seu estômago a trazendo para mais perto e a impedindo de se mexer. A sacerdotisa desceu os olhos até o próprio abdômen, notando os dedos do encantador se movendo vagarosamente pela sua pele.
— Azriel...
Gwyneth o chamou baixinho, mas tudo que recebeu como resposta foi um resmungo grave. A valquíria escutou o barulho das asas farfalhando, como se estivessem se estendendo, e antes que pudesse ameaçar se mover para enxergar, uma delas os cobriram, envolvendo os corpos dos dois em uma espécie de casulo.
Ela riu fraco, percebendo que Azriel estava meio dormindo, meio acordado. A sacerdotisa se mexeu novamente, e dessa vez a resposta que teve foi um passar de nariz pelo seu pescoço, de forma lenta e preguiçosa. A mão do Mestre-Espião continuou movendo os dedos aos poucos pela pele de sua barriga.
— Az...
— Hm? — murmurou, a voz soando mais arrastada e rouca que o normal.
— Você está me apertando.
— Uhum. — O nariz se arrastou pela extensão do seu pescoço novamente.
— Eu não vou sair daqui, você pode me soltar...
— Não. — A voz soou arrastada e áspera, arrepiando os pelos do braço de Gwyneth.
Parecia um ronronado de um gato que se enrolava em seu corpo de maneira manhosa, pedindo por carinho. A sacerdotisa soltou uma risada nasalada, ainda sentindo os dedos de Azriel brincarem em uma região muito perigosa.
— Já passou da hora de nos levantarmos.
— Não tenho nenhum compromisso, que eu me lembre. — Ele murmurou, se ajeitando atrás dela. — Na verdade me lembro apenas de um...
E quando Gwyn estava pronta para entreabrir os lábios e respondê-lo, Azriel beijou a área do seu pescoço, as asas voltando a se fechar atrás de suas costas. Ela fechou os olhos com o arrepio que desceu pela sua coluna, sentindo os dedos do encantador descerem para seu baixo-ventre rodeando aquela área. A sacerdotisa respirou fundo quando o sentiu endurecer atrás dela.
— Azriel...
— Sim?
— Nem acordamos direito... — gemeu baixo ao sentir ele a colando ainda mais contra o corpo musculoso, aquele volume se esfregando contra sua bunda e parte das suas costas. — Você não está cansado?
Sentiu sua respiração encurtar, a pressão no meio de suas pernas fazendo com que ela as juntasse ainda mais, tentando aliviar aquele desejo de alguma forma. Deuses, não devia ser mais do que nove horas da manhã... Como era possível acordarem daquela forma?
— Cansar? De você? — A rouquidão daquela voz soou perto demais de seus ouvidos, fazendo com que ela estremecesse completamente. Azriel riu fraco, mordendo a ponta de sua orelha de leve. — Passaria o dia inteiro enterrado em você se eu pudesse, Gwyneth. De todas as formas possíveis. Com meu pau, meus dedos, minha cara... Deixaria você escolher qual te agrada mais.
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SOUND OF SHADOWS | GWYNRIEL
FanficCom Prythian vivendo a beira de mais uma guerra, as Cortes se preparavam para o que poderia acontecer agora que Briallyn estava morta e Koshei acumulava força e poder. Em llyria uma movimentação causada pelas Valquírias faz com que os acampamentos s...
