Capítulo 7

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— Onde está minha mãe? — perguntei, Nickolas havia entrado no quarto depois de horas.

— Precisamos conversar princesa. — sua expressão era indecifrável.

— O que aconteceu? — sentei-me na cama, ainda segurando a boneca em minhas mãos

— Sua mãe está com certos...problemas, ela não irá ficar aqui por muito tempo. — ele se sentou na cama, ao meu lado.

— Ela vai morrer? — perguntei alarmada.

— Não, não, não! — se apressou em dizer — ela vai ficar bem, só não pode voltar pra casa por um tempo.

— O que ela fez tio Nick? — olhei em seus olhos.

— Só mexeu com pessoas erradas. Mas tudo irá se resolver.

— E se essas pessoas vierem aqui procurar por ela?

— Não vão. Não se preocupe princesa, tudo ficará bem, nada vai acontecer com você. — ele acariciou meu rosto, que encaixava perfeitamente bem na palma de sua mão.

— Eu vou ficar sozinha? — odiava ficar sozinha.

— Não, eu vou ficar com você. — falou suavemente.

  Então me aproximei de seu corpo e pousei minha cabeça em seu peito. Seus braços caíram ao meu redor, me apertando em um abraço carinhoso.

***

—Uma festa? — Viv veio na minha casa depois de contar a ela o que havia acontecido.

  Nick disse para não contar à ninguém, mas Vivian é minha melhor amiga, confio nela de olhos fechados.

— Sim,  Cat! Jayden me pediu especificamente para lhe convidar. Vai ser na casa dele, grande parte do time de basquete vai estar lá e sabe o que isso significa? — balancei a cabeça negativamente — bebida, caras gatos e amassos.

— Tudo o que não gosto. — ainda estava com minha nova boneca na mão, eu a carregava por toda a casa.

— Mas dessa vez você irá gostar, eu prometo. Não vai acontecer nada demais, é só uma festa de ensino médio, o que de ruim pode acontecer?

— Posso pensar em 50 formas de dar errado. — resmunguei, aconchegando-me no banco da varanda.

  O jardim de minha casa era grande, considerando o tamanho da casa não se esperaria menos. A grama era verde, o aroma de flores deixava o ambiente gostoso. Havia uma única árvore enorme, com um balanço preso em seus galhos carregados de lembranças.

— Mas não vai. Confie em mim.

  Eu a olhei, seus olhos repetiam um "por favor" incansável.

— Tudo bem!

— Ótimo! Hoje à noite às 21h quero você pronta, venho te buscar.

— Que tipo de festa começa às 21h?

— Uma cheia de adolescentes transbordando hormônios.
 
  Viv e eu comemos sorvete e conversamos na varanda até o sol se pôr e nos proporcionar uma vida linda de um céu rosa e lilás. Ela foi embora depois de um tempo e me deu tempo para me arrumar.

  No meu quarto, ignorei toda a bagunça dos brinquedos usados recentemente e fui diretamente ai armário para escolher uma roupa.

  Peguei um vestido azul e coloquei-o junto com uma tiara com detalhes prata e brincos de bolinha.

  Às 21h Viv chegou com o carro de seu pai.

  Desci as escadas da casa e encontrei Nick sentado no sofá assistindo à um programa de televisão bobo, segurando um copo de whisky.

— Aonde vai? — Perguntou quando viu eu pegar minha bolsa branca que estava jogada em uma poltrona.

— Sair com a Vivian.

— À esta hora? — ele soltou o copo na mesinha de centro.

—E tem hora para sair?

— Claro que sim, se você tem dezessete anos.

—Nunca te contei minha idade, como sabe que tenho dezessete e não dezoito? Ou mais.

— Porquê te vi na escola quando fui deixar o Thomas, não estaria lá se tivesse mais de dezoito.

— Então o nome dele é Thomas?

— Não mude de assunto.

— Tem razão. Preciso ir. — peguei as chaves da casa e botei na bolsa.

— Você não vai sair à essa hora.

— Você não vai me impedir.

  Ele se levantou do sofá, com uma confiança inabalável que fez eu tremer até os ossos.

— Quer pagar pra ver? — falou, caminhando em minha direção. Ele estava com aquele mesmo sorrisinho no rosto.

— Você não manda em mim. Não é meu pai. — enfrentei.

— Está vendo sua mãe aqui? Então se eu sou o único adulto na casa, eu mando, então princesa, — ele acariciou meu queixo — vai se acostumando a me chamar de papai(daddy) .

  Afastei meu queixo de sua mão em um movimento brusco.

— Nunca vou te chamar assim.

— Veremos, baby, veremos. — ele sorriu, depois pôs as duas mãos em ambos os bolsos. — Agora vá avisar à sua amiga que você não vai.

— Tudo bem, daddy.

  Com minha bolsa em meu ombro, fui até o carro de Vivian. Tranquilamente abri a porta e me sentei.

— Desculpe a demora, agora vamos.

  ***




IMPORTANTE🚨

Vocês já devem ter percebido que agora eu adicionei um pouco de "suspense" à fic não é?
  Inicialmente a idéia do trabalho do Nickolas seria uma pegada mais CEO e afins, mas eu decidi colocar um pouco de perigo na vida dos nossos queridos personagens, então é muito importante o feedback de vocês quanto a isso.
  Gostaria que me falassem o que acham desta pequena modificação.
  Tanto como CEO quanto como "pessoa perigosa" ambos os "trabalhos" serão explorados na história e melhores desenvolvidos.
  Então vocês que irão decidir que vibe o Nickolas vai ter, CEO ou chefe da máfia?

  Obrigada por acompanharem a história, amo todos você! ❤

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