12. O som das conchas.

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— O que você está fazendo? — Chan perguntou ao ver o namorado agachado na areia

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— O que você está fazendo? — Chan perguntou ao ver o namorado agachado na areia.

— Estou procurando conchas. — Seungcheol sorriu, animado — Essa parte da praia tem um monte.

— Mas estão todas vazias. — A sereia entortou a boca, se lembrando das diversas conchas belíssimas que vira no seu tempo no oceano — E desgastadas.

— Eu sei, mas eu ainda as acho lindas. — O humano pegou uma concha alaranjada enfiada na areia, a lavando na água salgada em seguida — Olha! Imagine a viagem que essa belezinha deve ter feito até chegar aqui na praia!

— Você é engraçado. — Chan riu e se agachou ao lado do namorado, depositando um singelo beijo na bochecha alheia.

— Por quê?

— Seu jeito de ver as coisas é bonitinho. Criativo, até. Você sempre vê além do que lhe é dado.

— Ah... — Seungcheol coçou a nuca, envergonhado — Mas qual seria a graça de manter a mente parada num ponto só? Ainda mais quando se trata do mar!

— É, você tem razão. — Chan se ergueu, se espreguiçando — Pois então, trate de encontrar uma concha bem bonita pra mim.

— Ah, eu vou! — Seungcheol levantou-se, determinado. Chan riu.

— Boa sorte, eu sou bem exigente.

— Boa sorte, eu sou bem exigente

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Chan respirou fundo.

A luz da lua beijava sua pele, iluminando cada pedaço de seu rosto. Era madrugada, estava frio, mas a temperatura não o incomodava, na verdade, lhe era reconfortante. Uma brisa suave balançou seus cabelos, fazendo com que o garoto abrisse os olhos. Nunca pensou que colocaria os pés naquele lugar algum dia. Só de passar perto dali era o bastante para fazer seu corpo todo tremer.

No entanto, a vista daquele penhasco era maravilhosa. Chan conseguia ver toda cidade dali, juntamente com o imenso oceano, o qual parecia não ter fim. A grama verde fazia cócegas em seus pés descalços, e o farfalhar das árvores era tranquilizador. A sereia olhou para baixo e seus olhos encheram-se de lágrimas. Ali, bem ali, fora onde Seungcheol passara seus últimos momentos de vida. Chan sempre se pegava pensando em Seungcheol, no que se passava em sua mente quando ele se jogou dali, o porquê dele ter feito o que fez. Por muito tempo, a sereia se culpou pela morte do humano. Houve dias em que Chan não conseguia dormir, com medo dos olhos inundados de lágrimas de Seungcheol aparecerem em seus sonhos. Houve dias em que Chan acordava no meio da noite gritando, chorando, enquanto uma dor excruciante rasgava seu peito.

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