MARCANDO O TRABALHO

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SEM REVISÃO

DIEGO

- Espera um pouco, deixa ver se entendi bem, o Erick, o fodão da escola, mudou de sala, sentou ao seu lado e vocês vão fazer um trabalho juntos? É isso mesmo? - Nathy perguntou depois que contei tudo a ela, estávamos nos falando por vídeo chamada. Revirei os olhos.

- Foi isso que acabei de falar. - Disse mal humorado. Nathy riu nervosamente.

- Só tenho uma coisa a dizer amigo, você está fodido, literalmente. Ele provavelmente já tem certeza que foi você que estragou o uniforme dele e os fez perder aquele jogo, acredite não vai ficar barato. - Nathy falou pensativa e aquilo me desesperou para um caramba.

- Eu acredito que não, se bem que ele me questionou sobre isso de novo. - Disse pensativo e arregalei os olhos. - Nathy, será que ele já sabe? Nós estamos lascados. - Falei entrando em um leve desespero. Minha amiga negou com a cabeça.

- Eu não, você estar lascado. - Falou e eu a olhei indignado.

- Você também participou miserável. Estamos no mesmo barco, Titanic o nome. - Disse me jogando na minha cama e Nathy fez o mesmo.

- No caso eu sou a Rose, a sobrevivente, e você o Jack, o falecido. - Nathy disse rindo logo em seguida e encarei a tela do celular com seriedade.

- Não tem graça sua lesada. - Disse e Nathy continuou a rir. Não sei onde ela está vendo graça na situação. Eu estava a xingando quando uma notificação chegou no meu celular, uma mensagem de um número desconhecido. Franzi o cenho e desliguei na cara de Nathy, porque já estava puto e fui ver a mensagem.

"Oi, princesa."

Prendi a respiração no mesmo instante.

A mensagem deixava óbvio quem havia a enviado, meu coração bateu mais forte em nervosismo e apreensão, mas uma pergunta veio em minha mente. Como ele conseguiu meu número? Ou com quem?

"Como conseguiu meu número?" Mandei, na ignorância mesmo, Erick não merece meu respeito.

Não demorou muito para que ele respondesse. " Tenho meus meios princesa. Nunca duvide das minhas capacidades." No final da mensagem havia um emoji de uma carinha com um único olhinho piscando. Respirei fundo negando com a cabeça e foi impossível não revirar os olhos. O ego desse cara é maior que ele próprio e olha que ele tem 1,83 de altura.

Não façam essa cara de besta, todo mundo sabe a altura do Erick na escola e é óbvio de se ver.

"O que você quer?" Perguntei depois de alguns segundos, na verdade minutos. Ele visualizou no mesmo instante e começou a digitar segundos depois.

"Quero você princesa." Mandou com um emoji envergonhado no final da mensagem. Aquela mensagem me fez encarar a tela do celular com os olhos cerrados e sérios. Erick e suas idiotices. Imagino que ele esteja sorrindo aquele sorriso sacana nesse momento.

"Idiota, não sei como ainda espero algo diferente vindo de você. Sendo bloqueado em 3...2..." Mandei irritado e logo obtive uma resposta.

"Espera." Mandou e tive que esperar, porque sou curioso. " Precisamos marcar para fazer o trabalho. Na minha casa ou na sua?"

Pensei por pouco segundos, estava ali diante de mim a oportunidade perfeita para saber mais um pouco sobre o Erick. Senti um sorriso sapeca nascer em meus lábios.

"Na sua." Respondi simplesmente. Como das outras vezes ele não demorou para responder.

"Tudo bem, depois passo o endereço para você." Mandou com aquele mesmo emoji de carinha com um único olhinho piscando. Fiz uma careta olhando para aquele emoji. Nunca achei que poderia sentir ranço de um emoji como agora.

"Okay." Enviei para ele que visualizou e não esperei mais nada dele. Fechei o aplicativo e lembrei de Nathy. Aquela vaca ousou rir da minha, quero dizer, nossa desgraça, mas Erick não iria saber, não mesmo. E tenho certeza disso.

Abri o aplicativo de mensagem novamente e abri as conversas com minha amiga. "Nathy, preciso de um favor seu." Mandei depois que vi que ela estava online.

A vida é muito engraçada não é mesmo? Antes, digo, algumas horas atrás não tinha nenhum tipo de contato amigável com Erick, mas agora, vou até a sua casa. Não é engraçado? A sorte está ao meu lado e cada vez meus planos podem ser postos em prática, mas para isso...

"Claro Jack, pode falar." Nathy respondeu depois de um tempo. Revirei os olhos com o apelido.

"Sabe me informar se, têm vagas no seu clube de líderes de torcida?" Mandei.

"Para meninos sim, mas por quê?" Mandou com emoji pensativo.

"Preciso que consiga uma audição para mim." 

Nathy ficou sem me responder por minutos, cheguei até pensar que ela havia me ignorado. Porém, logo a minha amiga me liga por vídeo chamada.

- Espera, eu acho que li a mensagem errada, e olha que li várias vezes. Como assim você quer uma audição para líder de torcida? Você 'tá normal? Bebeu alguma coisa? - Disse me olhando como se fosse um extraterrestre. Neguei com a cabeça.

- É claro que estou normal, e não, não bebi nada. - Falei.

Nathy cerrou os olhos para mim do outro lado da tela.

- Okay. Pode me falar tudo senhorzinho. O que você tá aprontando? - Perguntou e fiz uma cara de desacreditado.

- Nathy, eu só quero algo diferente mulher!

- Ah claro Diego, como se eu não te conhecesse o suficiente para saber que você odeia dançar. - Disse ela em um tom sério.

- Eu não odeio dançar, eu odeio a dança chata e repetitiva que vocês fazem toda vez. - Falei e Nathy me olhou ameaçadora. - O quê? É a verdade ué! - Disse dando de ombros. Nathy começou a me xingar e falar tanta coisa sobre a dança delas serem boas, digo, a única dança que elas fazem porque elas só dançavam uma única coreografia. Revirei os olhos e neguei com a cabeça.

- Nathy! - Gritei. - Vai ou não conseguir essa merda para mim? - Perguntei e a minha amiga me olhou de olhos cerrados.

- Vou seu lesado, só porque eu sei do seu talento pra coisa. - Falou piscando provocadora, neguei com a cabeça.

- Cala a boca. - Disse e desliguei na cara dela mesmo, porque agimos assim um com o outro. Enfim, a amizade verdadeira.

O primeiro passo já foi e agora só falta por tudo em prática. Quer dizer, tenho que passar naquela audição primeiro.

Antes De TudoNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ