Em uma outra vida, eu serei o teu garoto | taekook [🕊️]

10. Que seja eterno enquanto dure

Oi, meu amor! Me desculpa pela demora. Espero que aprecie a leitura 💜

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19 de agosto de 1790.

Querido Diário,

Dois dias atrás eu e Jeongguk nos entregamos ao pecado inevitável. Ou, em outras palavras, ao nosso amor.

Quando abro os olhos de manhã e me lembro daquela tarde na casa da colina, meus lábios se curvam num sorriso amplo e penso: "Se acordei e tudo continua sendo real, talvez eu realmente não esteja sonhando".

Parece tolo, eu sei, todavia eu não conseguia sequer imaginar que me entregar ao Jeongguk seria tão delicioso. Antes, minha mente estava envolta de espinhos e eu pensava que uma catástrofe aconteceria se meus lábios tocassem os dele, mas nada aconteceu.

Ou tudo aconteceu.

Minha vida tem mais sentido agora. Minh'alma enfim encontrou o caminho de volta para casa.

Bom, não sei o que será de mim quando a morte me abraçar. Céu ou Inferno? Não sei. Cheguei à conclusão de que não importa o quem vem depois. O nosso tempo é agora.

E agora não quero pensar em outra coisa que não seja a sensação gostosa de nossas carnes e almas juntas, numa orgia sublime, nostalgia pura.

Ao deflorarmos na cama, Jeongguk fizera minha mente florir e, de alguma forma, é como se os espinhos não existissem mais. Se existem, já não me ferem como antes.

Quero ser feliz, Diário. Mereço isso, não achas?

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20 de agosto de 1790.

Querido Diário,

"Então tu e Jeongguk fizeram as pazes, hm?", foi o que Mayumi disse primeiro ao entrar em meu quarto. Eu estava terminando de me arrumar para ir com ele à casa da colina, para pintarmos as paredes da construção.

Pensei numa frase a qual jamais escaparia de meus lábios: Não, nós fizemos amor...

Então, sorri. Terminei de calçar minhas botas e me pus de pé.

"Não houve nenhuma desavença entre mim e ele. Apenas quis dar mais privacidade a vós, irmãzinha", toquei o ombro dela e fui mirar-me no espelho. Jeongguk estava prestes a chegar na mansão dos Son.

"Entendo...", pelo espelho, vi ela baixar os olhos para o chão. Tinha os bracinhos atrás das costas, numa pose meiga. No entanto, parecia pensativa. "Vós já se conhecíeis antes?"

"Como assim?", voltei-me para ela. "Fora tu quem nos apresentaste no baile aquele dia, não se lembras?"

"Sim, lembro, mas achei...", inflou as bochechas e soltou o ar em seguida. "Esqueças."