Capítulo 6

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DIANA CAMBERRA.

Já era segunda-feira, o final de semana passou de maneira arrastada. O homem da boate não sai dos meus vagos pensamentos, já que não lembrava muito sobre ele. Hoje eu começaria a trabalhar, não estava tão animada assim. Afinal, hoje é segunda-feira!

Desci enormes escadas de mármore com cuidado, eu uso um cropped branco simples, uma calça social bege e um blazer da mesma cor; nos pés um salto simples na cor branca. Meus cabelos estão em um rabo de cavalo alto, não fiz nenhuma maquiagem, somente passei um bom na cor vinho.

Ao chegar na sala de refeições, encontrei minha família toda à mesa; minha prima, Brenda, e seus pais, minha irmã, que está com o uniforme da sua nova escola e meus pais.

— Bom dia. – os cumprimentei.

Me sento com cuidado e recebo alguns olhares avaliativos da minha tia, Débora. Eu e ela nunca fomos próximas, na realidade, ela nunca gostou da minha aproximação com Brenda.

O café da manhã seguiu silencioso até demais, até que meu primo, Matheus entrou no local. Eu e Matheus sempre tivemos uma sintonia legal, eu era louca por ele quando mais nova. Nas reuniões familiares ele deixava bem claro o quanto me admirava, todos acham 'normal' por ele ser meu primo, mas Brenda e eu sabemos que não era bem assim.

— Bom dia, família linda. – caminha até nós, depositando um beijo na testa da mãe e da irmã, Brenda. – Que surpresa vê-la aqui, borboleta.

Borboleta era da forma que ele me chamava, já que todo ano no meu aniversário eu pedia para ele me levar ao recanto de borboletas. Sempre foi meu animal favorito, acho lindo como elas evoluem e voam atrás dos seus sonhos.

— Oi, Mat. – abro um meio sorriso, ele se aproxima depositando um beijo na minha testa.

— Devo admitir, você anda mais linda ainda.

— Você também. – nossos olhares estão fixos, me sinto constrangida com suas Íris azuis me encarando.

— E eu? Não ganho elogio? – direciono meu olhar até minha irmã, que tem um lindo bico nos lábios e braços cruzados.

— Você é a mais linda dessa família, pequena Jessye. – ele a pega no colo, beijando seu rosto enquanto ela gargalha.

— Jess. – ela fala, fazendo Mat arquear uma sobrancelha em confusão. – É apenas, Jess.

Desde que minha irmã se entendeu por gente, ela gosta que a chamem pelo apelido que nossa avó - materna - a chamava. Hoje em dia, ela não aceita mais ser chamada por Jessye.

— Jess. – ele repete. – A cada segundo, você fica mais incrível. Pequena, Jess.

[...]

Minha cabeça dói, tenho tantas papeladas para reorganizar. Ainda são 10:20, mas a forma que estou cansada é incrível! Tenho uma hora de almoço, que começa daqui três horas. A minha apresentação na empresa foi boa, algumas pessoas não acharam necessário parar seus trabalhos para me recepcionar, já outros fizeram questão de me acolher e se apresentar.

— Posso entrar? – ouço uma pergunta, vindo depois de uma batida na porta.

— Claro.

A porta é aberta e vejo um homem alto, seus olhos são castanhos, seus cabelos lisos para o lado. Ele é bem bonito e charmoso, caminha de forma elegante até minha mesa e se senta na cadeira.

— Vim em apresentar, sou o Pedro. – estende sua mão, seguro prontamente e abro um leve sorriso.

— Diana. – digo, já com nossas mãos separadas.

O Libertino - Os Medina 03Onde histórias criam vida. Descubra agora