Imagines Mix: Vol. 2

Loving You Is a Losing Game (The Punisher)

-Leitora!Murdock X Frank Castle (Amizade...colorida?)
-Leitora X Matt Murdock (Amizade/família/platônico)

|Simplesmente porque esse homem se infiltrou na minha mente e eu, como a pessoa sensata que sou, me vejo na obrigação civil de cadelar. Au au.|

----------//---------

Você observava o céu alaranjado que marcava o início da matina do outro lado da janela. Normalmente, aquela não era sua atividade favorita de se fazer, assistir o nascer do dia antes de qualquer pessoa comum, mas quando você se encontrava perdida por certos lençóis, seu corpo queimando contra a pele de um certo alguém, você não podia simplesmente resistir tal tentação fútil, banal do dia-a-dia; você apenas tinha de aproveitar cada mísero segundo, uma tentativa de se convencer da realidade caso tudo aquilo fosse apenas um sonho.

Seus olhos não pesavam, e nenhum sinal de sono percorria por suas veias; afinal, como você poderia pensar em dormir quando, de modo tão sútil e, ao mesmo tempo, tão possessivo, Castle acariciava a pele nua de suas costas, traçando desenhos incompreensíveis contra a mesma?

Parecia errado, você sabia disto. Para toda Nova York, ele era um homem temido, perigoso, o tão dito Justiceiro que ainda era assunto de todos os sussurros até dos bueiros mais escondidos pela cidade, além de ter sido cliente de seu irmão não fazia muito tempo; o quê uma mulher como você queria fazer com Frank Castle, com tantos contras e poucos prós? Era praticamente um suicídio social e da sua carreira, que sequer havia se iniciado. Ainda assim, nenhuma possível ameaça ou o quê quer que fosse parecia poder lhe afastar da cama do mesmo, ou de seus lençóis e toques quase que gentis e brutos demais ao mesmo tempo, por mais que o homem tanto tentasse.

A verdade era que você estava viciada; viciada em como Frank lhe tratava, viciada em como você poderia cuidar do mesmo nos poucos momentos em que vocês estavam juntos, viciada em como suas peles sempre pareciam mais quentes juntas, viciada num relacionamento que não existia e que seria proibido em todos os sensos. Aquela era a sua realidade e o seu maior erro, por mais que sua mente não quisesse pensar em tal situação.

No início, você e Frank haviam feito uma promessa para si mesmos: nada de ressentimentos, nem relações concretas. Vocês sabiam o quê queriam exatamente um do outro, por que piorar ou complicar mais as coisas? E somente no começo as coisas pareceram funcionar da maneira adequada. Vocês se encontravam na calada da noite, quando toda a cidade já havia dormido, apenas para passar a madrugada inteira de pé, sem sequer pensar em nada além do êxtase que fluia por ambas as suas veias misturada com luxúria intensa, nada mais importava, todos os lados saíam ganhando.

O problema, no entanto, não demorou para começar por você. Sua mente sempre lhe lembrava de sua promessa, do acordo que você havia feito de boa fé para com o antigo fuzileiro, apenas para que você se sentisse ainda mais culpada por sentir algo que, de certo modo, você não tinha como controlar; Frank tinha sido o primeiro homem a te tratar bem em um "relacionamento", sempre levando suas vontades em consideração e nunca lhe deixando sem estar, no mínimo, mais do que satisfeita com seus feitos, era impossível para você não sentir algo por um gesto tão simples e tão grandioso ao mesmo tempo.

Contudo, você sabia que nada nunca poderia acontecer. Você era (Y/N) Murdock, ele era Frank Castle; você tinha seus problemas? Frank tinha esqueletos em seu armário. Suas almas não pareciam completamente compatíveis, e por mais que você se deliciasse com a ideia de andar ao lado do homem em plena luz do dia, sem vergonha ou medo, você sabia que ele nunca permitiria isso.

De modo sútil, você se tornou uma nova pessoa importante para Castle, uma pessoa que ele sempre pensaria em todos os momentos inoportunos; por isso, ele não podia ceder aos seus desejos mais carnais e sentimentais. Ele já havia perdido um amor, já havia perdido pessoas queridas demais para permitir que você se arriscasse apenas pelo belprazer de o chamar de "seu", ele não podia sequer pensar em tal possibilidade.