Capítulo 9

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DIANA CAMBERRA.
duas semanas depois.

— Diana.

Ouço a voz da minha mãe me chamar, queria somente correr e fingir que não ouvi, mas não seria educado, não é?

Me viro na direção da sala de refeições, encontro minha mãe com um vestido tubinho branco e com seus cabelos perfeitamente preços em um coque alto. Dona Anastácia é uma senhora muito bonita e elegante, sempre diziam que se eu puxasse sua beleza estaria feita.

— Sim, Anastácia Camberra?

— Já vai? – assinto. – Sem comer nada antes?

— Estou de dieta. – minto.

— Entendo. – ergue uma sobrancelha – Você pode passar no laboratório e pegar os exames que fizemos semana passada?

Todo ano fazemos um exame de sangue, assim evita sermos pego desprevenidos por uma diabete, HIV ou até alguma doença.

— Claro, assim que eu sair da empresa vou lá.

— Obrigada. – quando me viro para sair ela me chama novamente. – Ah, não se esqueça que amanhã tem a prova do seu vestido.

— Sabe que não precisa, não sabe? Tenho milhares de vestidos no closet, posso ir com qualquer um deles.

— Mas não vai. Daqui duas semanas é o leilão, precisamos estar bem apresentáveis. – ela segura na minha mão, me olha como se estivesse implorando. – Por favor..

Suspiro derrotada. Não gosto de decepcionar minha família, por isso sempre me empenhei para agradá-los o máximo possível. Minha mãe sempre gostou de andar bem arrumada, e assim eu e Jess também andassemos.

— Tá bom, só me diga o horário.

— Obrigada. – beija minha testa. – Afinal, está mais bonita. Vejo que sua pele está mais brilhosa, oque usa?

— Nada. Acho que é genética.

— Certamente. Mas agora vá, não quero atrasa-la mais.

— Tenha um bom dia. – grito, passando pela porta e indo até a garagem.

Hoje o dia será longo.

[...]

São 18h39 e meus pés estão inchados e super doloridos. Acabei de sair do expediente agora e ainda tenho que passar na clínica para pegar os exames, mesmo contra minha vontade é melhor ir.

Últimamente eu tenho tanto trabalho que não consigo pensar mais no homem da boate, que recentemente descobri se chamar Philip. Queria poder ter o número dele, assim pelo menos conversariamos por mensagem, mesmo eu não sabendo se ele quer ou não falar comigo. Somos dois adultos e presumo que ele queira falar sobre o tivemos naquela noite, mesmo que seja para falar que não terá nada.

Nunca tive um relacionamento na minha vida, fiz sexo somente uma vez na minha vida com um cara da minha faculdade. Philip foi o segundo homem na minha vida, mesmo que eu não me recorde muito.

— Boa noite. – olho para a atendente, que sorri envergonhada ao me reconhecer. – Vim buscar uma bateria de exames, está no nome Camberra.

— Oh! Sim. Só um minuto.

Ela se levanta e some entrando em uma porta atrás de si. Começo a olhar mais o local e ele é bem claro e com bastante plantas, vejo uma pilha de revistas e decido pegar uma até a mulher voltar.

Mamãe de primeira viagem, como se cuidar?

Não é querendo ser preconceituosa, mas deixei a revista no mesmo lugar que a encontrei. Mesmo que eu saiba que não sou mãe, tô passando longe de gravidez, já basta minha irmã que é como se fosse minha filha.

Vou até o bebedouro e encho minha garrafinha de água, volto até a recepção bebendo minha água e vejo que a mulher já voltou com um envelope em mãos.

— Aqui está. – coloca o envelope no balcão. – Assine aqui.

Assino e pego o envelope e faço meu percurso para fora da clinica. Encontro meu carro estacionado e destraco ele com o controle em mãos, abro a porta e coloco o envelope no banco do carona e ligo o carro.

Dirijo calmamente pelas ruas da Austrália, que pelo horário está mais calma que o habitual. Não demoro à chegar em minha casa, estaciono ao lado do carro de Brenda. Faço meu percurso para dentro da casa e subo as escadas com o envelope em mãos, pelo horário só verei alguém amanhã pela manhã, já que foram em um jantar importante de um ministro.

Entro no meu quarto e deixo o envelope em cima da cama e vou até o banheiro. Após terminar meu delicioso banho quente e lavar meus cabelos, volto para o quarto e sento-me na cama ligando a televisão em seguida. Decido ver um filme e pedir uma pizza, disco o número e depois de dois toques atendem.

Minutos depois, o pedido chegou e subi as escadas praticamente correndo e dei play no filme. Ouço a porta do meu quarto ser aberta e a feição de Brenda aparece na minha frente, ela está sorridente e posso confundi-la com o corringa.

— O que aconteceu?

— Uma coisa maravilhosa. – senta-se ma minha frente e me olha sorridente. – Encontrei o homem do mercado.

— Finalmente. – resmungo, comendo outro pedaço de pizza. – E quem é ele?

Brenda pula da cama e passa freneticamente a mão pelos cabelos antes que voltar a sua fala..

— Ele é Vicent Medina.

— Hm. – digo sem muito interesse.

— Hm? Isso é incrível! Ele é um Medina.

— E você é um Camberra, interessante.

— Imagina. – abre os braços e olha para o teto. – Uma Camberra com um Medina, isso vai ser a notícia do século. Pode até superar o casamento de Analese e Salvatore Savóia.

— Isso já aconteceu há anos, ainda lembram disso?

— Prontamente. – ela resmunga, sentando-se na cama novamente. – Irei na empresa dele amanhã, alegando que quero comprar um carro. Irei dizer que sou uma Camberra e como ele virá no leilão, chamarei para vir comigo.

— Você é esperta.

— Muito. – arregala levemente os olhos. – Chegou os exames? Quero ver como está a quantidade de açúcar no meu sangue.

— Sim. – Me estico e pego o envelope, encontro o seu exame e dou à ela. Aproveito e pego o meu também, mesmo que eu saiba que está tudo bem.

— Nossa. 92% de açúcar no sangue. – ela faz um careta.

— O ideal.

Começo a avaliar meu exame, tudo normal igual o meu último. Até que quando eu olho a última folha está escrito, 6.000 mUI / ml, hCG, reagente.

Olho para Brenda de forma apavorada, isso não entra na minha cabeça de forma alguma. Como assim estou grávida? Isso só pode ser algum engano, não é possível.

— O que foi? Seu colesterol está alto?

— Eu estou grávida.

— Eu estou grávida

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O Libertino - Os Medina 03Onde histórias criam vida. Descubra agora