- CAPÍTULO UM -

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— Ela foi gerada no sonhar, ela pertencer a mim, e eu irei buscá-la.

A voz era um trovão em sua cabeça, não somente pelo tom forte, mas também pelo pesadelo de ter sua filha roubada. Como um tormento todas as noites mopheus invadia seus sonhos para lembrá-la que tudo que ela tinha não a pertencia.
E se seu corpo ainda aguentasse ela lutaria com o próprio rei do sonhar para salvar a sua filha do sonho que poderia se tornar um pesadelo. Mas não podia, a aliança que um dia seu marido lhe entregou no sonhar com um promessa que sempre estaria ali se prendia em seu dedo entre as rugas de sua mão. Ela estava velha e a única esperança que ela podia ter era encontrar com o amor de sua vida após a morte, que ela já sentia a chamando a cada a manhã, como vento gelado que invadia seu quarto e roubava suas lembranças.

— Mãe ! Mãe ! — Lembranças que Thea, sua filha, a única que era ainda potinho de vida na casa velha no final da rua Manchester, tentava novamente trazer para mãe. — Mãe ! — Gritando eufórica pela casa em busca da mãe com um papel nas mãos. E assim, como um tornado expulsando a morte Thea entrou no quarto, abaixando na frente da mãe que estava sentada em cadeira balanço feito de madeira, deixando amostra seus olhos de castanho terra como o do pai — olha, eu recebi a carta ! Eu fui aceita mãe. — que se encheram de lágrimas quando ela mostrou Lyta o papel com símbolo claro em seu fundo de Oxford, a faculdade que sua filha sempre desejou cursar. Porém nem mais disso Lyta lembrava, como o castigo cruel, Lyta não lembrava nem mais dos sonhos de sua própria filha, de modo que ela olhou para Thea com os olhos vago e susurrou :

— Hector... — reconhecendo nos olhos da filha o marido, sendo enganada pela sua própria que ele ainda estava ali. Mas não estava ! O pai que Thea nem mesmo havia conhecido se havia se tornando um pesadelo para ela nos últimos dias, sua mãe que tinha suas lembranças roubadas pelo Alzheimer se lembrava apenas do seu pai. Alguém que sempre foi apenas fantasma na vida de Thea.

Porque sua mãe não lembrava dela ?

A garota pensou sentindo uma faca rasgar seu coração, porém engolindo toda dor que ela sentiu naquele momento, olhou para mãe e disse firme :

— Eu vou curá-la mãe, eu prometo.

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