CAPÍTULO IV

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Nem digo mais nada pq eu já estou até com medo de vocês me caçarem mesmo 👀🙊🤭 só curtam a att nenês!! E muito muito obrigada pelo apoio e compreensão de todos 💜 amo vocês!!!

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Hoseok respirou fundo para acalmar seus nervos. Era tolice estar assim, afinal, era perfeitamente normal que um alfa alimentasse seu ômega. Na verdade, só mostrava seu amor e dedicação ao seu companheiro, o que fez seu lobo se enfeitar de felicidade. O que não previu foi como isso o fez se sentir todo nebuloso e confuso por dentro, como se sua cabeça estivesse cheia de algodão.

Ele balançou a cabeça, não querendo pensar mais sobre isso, já que só fez sua cabeça se sentir pior. Quase como o seu estômago, agora cheio até a borda. Hoseok puxou sua camisola para longe do seu corpo para revelar sua barriga, ligeiramente inchada com a quantidade de comida que tinha comido no jantar. O ômega suspirou, mordendo o lábio enquanto se perguntava o que sua mãe diria se tivesse tal visão.

Talvez a mulher o chamasse de gordo, ou melhor, de vaca, como o chamara antes quando ele tinha comido muitos doces na festa do Solstício de Verão, quando tinha oito anos. Com esse pensamento, Hoseok pressionou uma mão firme em sua barriga, pensando de repente que é assim que ficaria se estivesse grávido de um filhote. Ele engoliu em seco. Como seria segurar um filhote na barriga? E uma vez que o filhote nascesse, ele seria um bom eomma? Ele poderia criar um filhote digno de ser chamado de herdeiro do Chefe Alfa?

A ideia o deixou terrivelmente ansioso então ele rapidamente deixou a camisola cair de volta m seu corpo antes de se afastar completamente do espelho. Filhotes. Filhotes. Filhotes. Isso é tudo que conseguia pensar. O ômega bateu o pé em frustração enquanto tirava a margarida de seu cabelo, preparando-se para deitar e esperar pelo alfa em sua cama.

Hoseok estava prestes a deixá-la em uma mesa próxima antes de parar para estudar os belos detalhes novamente. Gentilmente, ele pressionou uma pétala entre o dedo médio e o indicador. Tão suave e delicado. Seu coração aqueceu com a memória de quando Yoongi deu a ele. Era estranho, mas ele gostou mais do que todos os outros presentes que o alfa tinha o dado antes.

Quando os criados o levaram para o banho quente e fumegante, um deles tirou a flor de seu cabelo, dizendo que era melhor jogar 'esta erva fora', imediatamente criando pânico nele e o fazendo se virar rapidamente, fazendo com que uma grande onda de água se espalhasse pela lateral da banheira.

"Ah, por favor, não jogue fora!" ele disse, desespero pintando seus olhos.

Os betas o olharam assustados, fazendo-o se sentir um pouco envergonhado.

"E-eu quero dizer...o Chefe Alfa me deu e eu sempre gostaria de manter seus presentes."

Sua sentença se extinguiu como uma chama moribunda quando o constrangimento tomou conta dele. Hoseok sentiu como se tivesse feito papel de bobo e estava prestes a descartar toda a ideia de ficar com a flor antes que um dos beta desse um passo à frente.

" Está tudo bem, Chefe Ômega."  ele disse. "Nós fomos rápidos demais para julgar o peso desta flor aos seus olhos. Devo colocá-la aqui?" o Beta colocou a flor em uma mesinha cheia de sabonetes e sentindo um peso ser retirado de seus ombros, o ômega assentiu, relaxando novamente no banho.

"Obrigado." ele disse. Uma ideia surgiu em sua mente e enquanto ainda tinha coragem ele pensou em dizê-la. "Eu também gostaria de usá-lo no meu cabelo o jantar."

" Se é isso que agrada ao Chefe Ômega, então será feito."

Hoseok estava triste porque a flor não ficaria fresca e bonita por muito tempo. Ele queria que continuasse como estava agora para que sempre se lembrasse de sua tarde com Yoongi exatamente como aconteceu. Nunca borrando ou sendo reescrito em sua cabeça com o passar dos dias. Não, ele queria se lembrar de tudo como tinha sido. A brisa fresca da cachoeira, a frescura da água, e dos lábios do alfa nos dele enquanto eles estavam encharcados.

De quando os braços de Yoongi vieram ao redor de sua cintura e de como eles não estavam lá para prendê-lo. Em vez de preso, Hoseok se sentiu protegido entre eles — seguro. Ele sentiu que sempre se sentiria seguro nos braços do alfa e acreditava nisso com todas as fibras de seu ser e ainda assim, sentiu que haveria momentos - como no jantar – em que ficaria apavorado.

Hoseok desejou que esses momentos nunca viessem, no entanto. Ele não queria ter medo do seu companheiro. Por que sua mãe colocou essa noção em sua cabeça? Ele deu um suspiro exasperado, decidindo não pensar mais nisso, pois não tinha de fato, resposta para isso. Em vez disso, levou a margarida ao nariz para cheirar e beijar uma última vez antes de abrir um livro e pressioná-lo entre as páginas.

O ômega então puxou as cobertas na sua cama compartilhada e se deitou, sentindo-se infinitamente mais cansado do que momentos antes, então beliscou seu braço para não adormecer. Os desenhos no teto de tábuas de madeira chamaram sua atenção e Hoseok decidiu que iria contá-las até que seu companheiro chegasse.

[...]

Yoongi antecipou que o ômega estaria na cama, mas não antecipou que ele estaria contando números, murmurando para si mesmo, enquanto tentava manter os olhos abertos.

Pela fresta da porta, ele observou enquanto Hoseok contava em voz alta, piscando antes de inevitavelmente pender sua cabeça para o lado, adormecendo por alguns momentos. Então o ômega acordava em um salto, balançando a cabeça para limpá-lo do sono, recomeçando a contar. O alfa o achou incrivelmente fofo, mas eventualmente, começou a se sentir um pouco culpado vendo-o lutar contra o sono e sofrer em sua tentativa de manter-se acordado.

Ouvindo alguém entrar no quarto, Hoseok pulou antes de ver quem era.

— Alfa, — ele suspirou, alisando sua camisola. — Você me assustou.

Um prêmio fértil (Yoonseok/Sope)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora