— Eu te amo tanto, homem! - falo bem boiola, rindo.
— Também te amo, garota. - responde no mesmo tom - Quer comer algo?
— Não posso. - faço beiço.
— Por que?
— Tenho exame pra fazer daqui a pouco, não posso comer até às 10 horas.
— Exame de que? - ele pergunta.
— Hemograma ou bioquímico, não sei. - dou de ombros e volto a minha postura normal - Pode me ajudar a levantar?
— Vai pra onde? - ele fica sério.
— Tomar um banho, só. - dito isso, ele colocou meu braço em volta de seus ombros lentamente e eu coloquei minhas pernas para fora da cama e me dando impulso para fora.
Quando eu fico em pé, me solto dele e dou passos lentos em direção ao banheiro.
— Quer ajuda? - ele pergunta.
— Acho que não é preciso, mas obrigada.
— E se você escorregar e cair?
— Per, qualquer coisa eu grito e você entra, não vou trancar a porta. - tento tranquilizar ele - Acho que só vou precisar de ajuda pra fazer um curativo novo depois.
— Eu vou chamar uma enfermeira.
— Per! - o chamo, mas ele já está na porta do quarto chamando uma enfermeira.
Ele perguntou se seria necessário a ajuda de alguém pra realizar essa tarefa e diminuir riscos, mas a enfermeira disse que eu poderia tomar meu banho normalmente, porém com os curativos ainda para evitar que o shampoo ou sabonete entrasse em contato com as feridas, pois poderia causar uma irritação no local.
Entrei no banheiro e tirei a camisola hospitalar e a calcinha, em seguida indo para baixo do chuveiro e ligando o mesmo. Me senti aliviada depois desse banho, fazia dias que não tomava um decente, muito menos lavava o cabelo. Me sinto outra pessoa.
Ao sair, sequei meu corpo com uma toalha que estava estendida em um suporte na parede e me vesti novamente. Quando sai, a enfermeira ja estava separando os materiais para fazer o curativo novo.
Quando me deito na cama, ela levanta a camisola e começa pela ferida da barriga e, quando termina, faz o novo curativo no peito.
Per observa cada mínimo movimento dela, como se estivesse aprendendo o passo a passo do que fazer exatamente.
— Prontinho. - a enfermeira diz com um sorriso gentil.
— Obrigada, moça. - digo e ela se retira do quarto - Viu? Estou em condições de tomar banho sozinha! - me gabo para ele.
— Prevenção nunca é demais. - ele da de ombros.
— Ok, ok... - prefiro nem discutir - Aí, pode me fazer um favor?
— Depende, o que você quer? - ela arquea uma de suas sobrancelhas.
— Quando você for meu acompanhante de novo, pode trazer a minha guitarra?
— Mané guitarra no hospital, negativo! - ele coloca a mão na cara e suspira - Você tem que descansar, Sn. Faz nem 3 dias que foi baleada e quase morreu, e agora quer ficar dando banda na cama?
— É ué, a guitarra não vai me matar. - encaro a ponta da cama e depois conto a encarar Per - É só pra não me acomodar demais, prometo que só vou tocar 1 hora por dia.
— Tá bom, tá bom, depois de amanhã eu trago.
Em seguida outra enfermeira entra no quarto e faz a coleta de sangue. Converso com Per até o almoço e o sono começa a bater.
— Tá com sono? - ele pergunta enquanto bocejo, com os olhos lacrimejantes.
— Sim, se importa de eu dormir um pouco? - me deito na cama e me aconchego.
— Claro que não, durma o quanto quiser, ok? - ele se inclina pra frente, sentado na poltrona, e me dá um beijo na testa.
Sorrio e fecho os olhos.
YOU ARE READING
Moony Ghoul | Per Eriksson (Sodo) x Leitora
FanfictionS/n Scarborough, uma garota quieta e que inicialmente é um pouco misteriosa, decide finalmente ir a um ensaio da banda Ghost para conhecer melhor o pessoal, após tanta insistência de sua mãe e dos próprios membros. O que ela não esperava, é que a p...