Capítulo 13

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Como prometido, um novo capítulo de presente! Esse ficou mais curtinho, mas prometo caprichar nos próximos. 

Então, por favor, comentem, deixem suas estrelinhas, compartilhem com as amigas. Tudo isso ajuda muito a autora 🙏🏾🙏🏾🙏🏾


Não dormi muito à noite, como era de se esperar. A longa caminhada não surtiu muito efeito. Mesmo exausta, não consegui relaxar o suficiente para conciliar o sono.

Fiquei repassando as palavras dele na minha cabeça, uma vez, e outra e outra... Meu cérebro estava a ponto de entrar em pane.

Brandon falou de ciúmes, possessão... mas vi em suas palavras, que, além de possivelmente pensar que sou uma aproveitadora, ele não confia em mim. Reforçou o quanto se arrependeu, mas... Inferno! Grande parte de mim queria ceder e me entregar àquele homem como antes. No entanto, eu preciso pensar um pouco em mim, ter respeito pelo que sou, tentar não me desvalorizar e não me fazer dano novamente. Nesse momento, eu queria ter alguém com quem conversar... Já pensei em falar com Laura, mas fico com receio. Ainda não sei ao certo se ela é de confiança, já que nossa amizade é recente e não a conheço tão profundamente.

Ele disse que vai me dar um tempo. Eu preciso usá-lo com sabedoria. Pesar todos os prós e contras... já tenho ciencia de que existem mais contras do que prós... Que futuro essa relação teria, afinal? Não sou mais assim tão jovem a ponto de me ficar com alguém somente por sexo. Esse pensamento me bateu forte.

Na manhã seguinte, me arrumo sem o mínimo ânimo para ir trabalhar. Tive de pesar um pouco mais na maquiagem para disfarçar as sombras sob meus olhos. Deixei os cabelos soltos hoje. Eles serão minha barreira contra olhares curiosos para minha cara de enterro, que sei que não serei capaz de esconder.

Visto um outro conjunto de terninho e saia lápis que comprei, dessa vez azul marinho e coloco uma blusa de seda branca para contrastar um pouco. Comprei para ficar bonita para Brandon... Mas, não será por causa da situação atual que deixarei de usá-los! Calço-me e pego a bolsa nova que me foi outro mimo. Paro por um instante, antes de avançar para a porta de saída e suspiro. O tempo para poder usufruir de me presentear com algumas coisinhas parece ter passado bem rápido. Rio com escárnio:

— Eu sou mesmo muito sortuda! Uma piada! — e saio para enfrentar o que para mim será um inferno: passar o dia todo vendo aquele homem, sabendo que no final não estarei numa cama com ele...

Quando chego ao escritório, assim que saio do elevador e avisto minha mesa, diminuo o passo. Vejo que há um pequeno ramalhete de rosas vermelhas sobre minha mesa. Há um bilhete. Eu o pego:

"Ansioso pelo seu perdão.

Seu. B"

Disfarçadamente, olho para o andar de cima. Brandon já está lá. Beberica algo numa caneca de porcelana que acredito ser o seu café forte e sem açúcar. Ele está parado diante do vidro que dá para onde ficam os funcionários. Os olhos cravados em mim. Eu conheço aquele olhar. Ele carrega luxúria e uma ponta de ansiedade, talvez?

Ele veste uma calça preta, uma camisa imaculadamente branca, a gravata e despiu o terno. Os cabelos meticulosamente penteados. É como ele começa o dia. Bem aliado, mas, com o passar das horas, os dedos correm pelos fios escuros e sedosos, deixando-os com ar mais displicente. Deus, eu amo os cabelos dele! O ar fica preso em meus pulmões por um instante e desvio o olhar. Mesmo distante, mesmo que eu esteja muito magoada com ele, esse homem ainda mexe demais comigo. Mas não posso deixar isso me desarmar.

Tão discreta quanto posso, rasgo o cartão e o jogo na lata do lixo, junto com o ramalhete. E sei que ele está assistindo a tudo. Foda-se!

— Wow! — Laura se aproxima, observando o arranjo de flores no cesto. — Alguém fez muita merda, não?

Suíte 220 - A Obsessão do CEOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora