Bêbado Atordoado

Vermelho

: ̗̀➛ O amor é laranja. Eu sou a cor vermelha, você é a cor amarela. Misture a gente e veja no que deu.

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A vida não é fácil, Kim Sunoo um universitário de 20 anos que não tinha nem onde cair morto sabia exatamente o significado dessas palavras. Esse pensamento o antingia enquanto corria para chegar até a universidade a tempo. As vezes era difícil até ter dinheiro pra comprar uma garrafa de água no fim do mês. Se mudar da cidadezinha de onde ele veio para a grande capital Seul, onde tudo era absurdamente caro, não contribuía nenhum pouco com seu bolso.

Sunoo sempre teve um sonho de ser designer de moda, era algo que ele almejava desde criança, seus pais não concordavam muito com a ideia, ao ver deles, trabalhar com moda não pagavam contas e não dava uma vida estável a ninguém.

Quando ele foi aceito na universidade com o curso que ele tanto queria, foi como um sonho e uma das poucas coisas que realmente deram certo na sua vida cheia de azar. O problema, é que a cidade onde ele morava não tinha sequer um curso nessa área. Então Sunoo se viu tendo que raspar até onde não tinha de suas economias e ter que se mudar para a capital pra cursar a tão sonhada universidade.

No dia que chegou em Seul, sua onda de azar veio tão grande que ele se viu pensando que talvez fosse sinal do universo dizendo pra ele dar meia volta e voltar pra casa, que aquele lugar não era pra ele.

Começou pela perda da sua bagagem, ele entrou em desespero quando não conseguiu achar, Sunoo quase teve um surto psicótico no meio do aeroporto quando o disseram que talvez suas malas foram exportadas por engano em outro vôo. Ele queria chorar ali mesmo, seus trapos estavam todos naquelas malas, ele literalmente tinha posto sua vida dentro de um zíper e fechado. Tudo que ele tinha estava lá dentro. Saber da possibilidade de suas coisas terem parado no fim do mundo quase o levou a ter uma crise de ansiedade.

Ele pensou que provavelmente teria que dormir no aeroporto de tanto tempo que passou pra esperar resolverem o problema, mas talvez Deus tenha sentido um pouco de pena dele e pra sua alegria conseguiram achar suas coisas, que por sorte, ainda estavam na Coreia do Sul.

Sunoo achou que finalmente as coisas iam ocorrer bem depois disso tudo, era o que ele pensava, pobre iludido que ele era.

Do lado de fora do aeroporto, procurando em seu celular o endereço da universidade e se havia algum táxi disponível pra levá-lo até lá, ele sentiu uma mão puxando com brusquidão seu celular e sair correndo.

Isso mesmo! Ele mal tinha saído do aeroporto e já tinha sido ASSALTADO! Quais eram as probabilidades disso acontecer de um em um milhão? Sunoo demorou exatamente cinco segundos pra reagir, mais quando o fez, correu e largou as malas preciosas no chão e saiu como se fosse o próprio Usain Bolt atrás do assaltante de celular. Ele era literalmente a pessoa mais sedentária que já tinha conhecido na vida, até subir escadas o deixava sem fôlego. Mas parece que ter seu celular roubado deu um impulso de força que ele nunca sentiu antes pra ir atrás do assaltante.

- LADRÃO! LADRÃO!

Gritava aos quatro ventos na esperança que alguém viesse ajudar, mas as pessoas na rua se afastavam assustadas e outras o olhavam que se ele fosse uma assombração.

Seus pulmões ardiam em busca de fôlego, ele nunca tinha corrido tanto em toda sua vida. Por outro lado o ladrão parecia habituado com corridas, provavelmente de correr da polícia ou algo do tipo, pensou. Quase chorando achando que realmente iria perder o celular, já se preparando pra desistir da corrida interminável, ele vê o homem que o roubou tropeçar em algo no meio da rua e cair de cara com o chão. Num impulso que não sabia que tinha, Sunoo se jogou sobre o homem como uma onça, e deu a vida pra tentar tirar o objeto roubado da mão do assaltante.