Roxo

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: ̗̀➛ É roxo o amor, de amoras não, de dor.

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Sunoo nem se sentia mais impressionado em como o carro do mais velho parecia absurdamente caro, na verdade, o que não parecia caro vindo daquele homem? O Kim se perguntava. Os dois estavam agora dentro do automóvel do mais velho, para a surpresa do menor, Jay estava dirigindo devagar e respeitando todas as placas de sinalização e os semáforos. Sunoo não sabia o porquê, mas ele pintava a imagem do homem maior como alguém que iria em alta velocidade e ultrapassava todas as regras de trânsito, ou talvez o Park estava sendo lento apenas no propósito de fazer essa viajem durar mais?

O menino menor se sentia na jaula do tigre, o espaço era preenchido pelo cheiro de Jay mais forte do que nunca, o que deixava a cabeça do Kim zonza. Sunoo evitava com todas as forças que seus olhos não olhassem para Jay, o pobre coração fraco do menino não aguentaria ter um homem pelo qual tinha uma atração inegável tão perto assim de si. Para piorar a situação do menino que já era azarado, Jay parecia uma maldição atraente dirigindo calmamente com as mangas das roupa dobradas, as veias dos braços amostra e o relógio valioso no pulso, tirando a mandíbula que parecia trinta vezes mais afiada nessa posição, isso tudo só podia ser uma tortura psicológica no qual o Kim foi obrigado a ser submetido.

- Você está quieto demais. - Jay indagou interrompendo os pensamentos frenéticos de Sunoo.

O menino que estava desatento, pula um pouco da cadeira no susto pela voz baixa do Park.

- Eu me distrai um pouco... - Sunoo diz evitando o olhar de Jay a todo custo.

- Espero que seja pensando em mim. - O mais velho retruca sorrindo de uma forma brincalhona enquanto segurava o volante com leveza.

Sunoo queria abrir a porta e se atirar imediatamente do carro em movimento, logicamente que ele se sentia terrivelmente compelido a negar com todas as forças a confiança descarada que o Park tinha, mas a maior raiva do garoto menor, era que esse Dom Juan do Paraguai tinha toda a razão! Isso só tornava as coisas ainda mais cômicas e drásticas pra vida do pobre Sunoo.

O menino só queria se fundir em um só com esse banco macio do carro, talvez sua vida seria mais fácil? Talvez ele sofresse menos, o menino indagava dramaticamente em pensamentos.

Jay que não obteve nenhuma resposta por parte do menino menor, já se sentia terrivelmente impaciente com aquele silêncio, ele pedia forças para não cometer a loucura de estacionar em alguma esquina e tomar a boca do Kim na sua e reivindicar tudo que queria do menino novamente para ter a atenção total dele sobre si. Que porra de feitiço esse garoto havia posto nele? Qual foi o ritual?

Pensando que ele deveria satisfazer pelo menos um pouco da sua vontade, Jay tira uma mão do volante e a leva até a nuca do Kim, ele passava os dedos lentamente no pedaço de pele enquanto dava puxões macios nos fios de cabelo platinado do garoto que ficavam na nuca. O mais velho sentiu o menino menor ficar tenso sobre os seus dedos, mas isso só encorajou o Park a continuar.

Por um minuto Sunoo o olhou, e Jay também desviou os olhos até ele. Naquele momento ambos não sabiam qual dos dois estava mais sem fôlego com a eletricidade do momento, Sunoo sentia todo o desejo do mais velho através dos olhos escuros e das mãos quentes em si. Jay se perdia no mar de caramelo que eram os olhos do menino menor, e que olhos! O Park pensou, se ele fosse sugado por eles, ele talvez agradeceria sem nem pestanejar.

Bêbado Atordoado Onde histórias criam vida. Descubra agora