•☆.•*'¨'*••♥ Cap.5 ♥••*'¨'*•.☆•

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Erika estava em um espaço vazio muito amplo e branco. – Onde estou? – ela se perguntou. Começou a sentir uma maana estranha, era calma e tranquilizante, mas ainda assim, incomum. Ela seguiu aquela maana até encontrar sua fonte, uma pessoa. Por causa das roupas que vestia não conseguiu ver se era ele ou ela, mas estava ajoelhada, rezando. À frente da pessoa havia uma espécie de cristal branco flutuando que brilhava diante da oração daquela pessoa. Ela poderia se questionar qual seria o significado daquela visão até ter os pensamentos interrompidos por uma voz dizendo: "[White]Aguentem mais um pouco." Quando ela se voltou para a fonte da voz que ouviu vindo detrás dela tomou um susto! Eram duas mulheres muito próximas com o Oráculo. Uma tinha a pele bem branca e suas asas e cabelos eram rosa mesclado com loiro e lilás,

O susto não foi tudo o que a fez acordar de seu estranho sonho, uma correria vinda dos corredores também ajudou. Ela ergueu-se de sua cama-flor para descobrir o que estava conectado.

Era o quinto dia de buscas pelo estranho visitante que, segundo Valkyon, ainda estava vivo. Quando Erika chegou à sala das portas, quase soltou um grito pelo que via. Nevra e alguns de seus "homens" estavam todos feridos sendo atendidos às pressas por Ewelein e os outros enfermeiros, indo ajudá-los também.

– Mas o que foi que aconteceu com vocês?!? – foi Miiko quem gritou a pergunta.

– Contaminados. Ai! – era Nevra que responde entre dores – Cinco deles. Nós só participamos lidar com dois, – disse ele mostrando os dois fragmentos recuperados – os outros três fugiram. Ai, Ewelein!

Ewelein só deu um pedido de desculpas e contínuo o atendimento.

– Peraí, você está me dizendo que há três perdidos soltos por aí, é isso mesmo? – perguntou Miiko nervosa com a chama de seu bastão começando a aumentar.

– Infelizmente. – disse uma das garotas que estavam sendo atendidas.

Miiko começou a respirar fundo para não acabar surtando, e era claro que Nevra era o mais irritado pela situação já que falhara em seu dever de manter Eel segura.

Erika apenas chegou de mansinho na Miiko e lhe disse: – Preciso falar com você.


                                                                         ***


Logo cedo Absol me trouxe algo incrível, um cristal branco do tamanho de uma manga média com uma espécie de anjo esculpido em seu interior. A pedra era linda. Resolvi usar ela como referência santa durante minhas orações (podia ter perdido meu terço de hematita, mas o meu terço de prata permaneceu em meu pescoço). Montei um pequeno suporte com pedras para ele sobre a mesa. Não sei por que, mas fiquei com vontade de rezar meu terço mais cedo aquele dia, e pra minha surpresa (que não foi falta) o cristal começou a brilhar. Não parei de rezar até o fim e o cristal só parou de brilhar quando eu terminei.

– Cada vez mais estou convencida que estou em algum tipo de mundo mágico. – queria dizer.

Fui atrás de comer alguma coisa. A comida daquele mundo não era muito boa, já que não me saciava totalmente, pelo menos minha gordura extra estava acompanhada finalmente (sempre me foi uma guerra perder peso por conta da minha gula, principalmente com doces). Se bem que... eu não tenho ideia de como explicar, mas as coisas que cresceram dentro daquela caverna (porque eu plantei as sementes das frutas que haviam comido e... como elas cresceram rápido!!) onde estava morando, pareciam me sustentando muito melhor do que os que foram trazidos por Absol e suas amigas.

Aquele cristal vivo, devia ser a peça final para transformar aquela caverna em uma casa. Não que eu já tenha visto uma morada de fadas, mas era assim que eu me sentia. Com os objetos que me trouxeram e a ajuda das aranhas, pude criar vários "candelabros" e sinos de vento de cristais gerando uma iluminação fascinante na caverna, seja dia ou seja noite (principalmente com a lua cheia). As flores naturais que cresceram pelas laterais e vinhas que cobriam algumas das paredes e colunas davam um colorido e um ar natural delicado muito bonito e por mais "rústico" e simples que eram os móveis que eu criei (agora além da mesa, da rede que serviam de cama e do fogão, também tinha uma poltrona e alguns bancos, alguns almofadões que serviam de puff e um armário que improvisava com teias, galhos e cortinas para minhas roupas e acessórios, e até armas brancas) aquele agora era um lugar bem aconchegante. A "latrina" ainda era na floresta, mas meus banhos eram de canequinho em um local reservado dentro da caverna (tá louco que vou me arriscar a ter alguém me espionando) deixando pra lavar o meu cabelo na cascata que, apesar de pequena, ainda se assemelhava a um chuveiro, um chuveiro gelado.

Eldarya - Uma Aventura InesperadaWo Geschichten leben. Entdecke jetzt