16. Aflição de ser água em meio à terra

723 172 202
                                    

Oieee! Aqui está um presentinho de Natal 🥰🎁
Achei que não voltaria aqui esse ano ainda, mas pelo visto os personagens têm pressa hehehe

⚠️AVISO: se em algum momento da leitura você sentir desconforto ou se sentir engatilhado, peço que interrompa a leitura!

⚠️AVISO: se em algum momento da leitura você sentir desconforto ou se sentir engatilhado, peço que interrompa a leitura!

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

23 de setembro de 1790.

Querido Diário,

Na volta do meu trabalho hoje, passei na mansão de Jeongguk e Mayumi para visitá-los. Minha menininha aparenta estar realmente melhor após ter conquistado tua "independência" dos pais. Parece ainda mais mulher, dona de tua própria casa. Fui recebido pelo teu abraço caloroso e estava muito feliz por vê-la, até ouvi-la dizer:

"Esta camisa é tua? Jeongguk tem uma semelhante", comentou e inclinou a cabeça para o lado conforme averiguava minha vestimenta com atenção, deslizando as mãos pelo colarinho.

Estremeci, meu sorriso desvaneceu. Como pude ter sido tão tolo? Sequer me atentei que ela poderia reconhecer a roupa do próprio marido! Comecei a suar frio, engoli em seco.

"A minha é diferente desta", Jeongguk interveio e só assim percebi tua presença no cômodo. "A minha tem um pequeno desenho bordado no peito."

Mentiu e Mayumi aparentou acreditar, meneando em positivo. Agradeci-o com os olhos e o vi esboçar um sorriso de canto. Ele gostou. Gostou de me ver com a roupa que esquecera na nossa casa.

"Poderias ter me avisado que viria, Taetae", Mayumi disse enquanto me servia chá. Já estávamos sentados na mesa para o lanche da tarde. "Se eu soubesse, teria desmarcado minha aula de francês."

"Oh, não se preocupes, não vim para ficar muito tempo. Apenas para vê-los bem rapidinho. Estava com saudades, irmãzinha."

"Também sinto tua falta, todos os dias", ela sorriu e pousou a mão na minha. "Bom, se não se importares, podes me acompanhar até a casa da senhora Lee. Dessa forma, o Guk não precisará fazê-lo."

"Sim, poderei ir direto para a casa de meus pais", ele disse e o mirei com uma expressão indagadora. "Preciso entregar alguns relatórios que meu pai me pediu", explicou.

Ao terminarmos de tomar o pequeno lanche, aguardei Mayumi na porta de entrada. Logo ela surgiu com Jeongguk, tinham os braços entrelaçados.

"Vou acompanhá-los até a metade do caminho", ele disse e o respondi com um sorriso.

Mayumi se soltou do enlace dele e ficou agarradinha a mim conforme tagarelava sobre um monte de coisas. Vez ou outra eu ria de tuas gracinhas, contendo a vontade de apertar as bochechas gordinhas dela. Ah, minha Yumi. Continua tão doce como sempre.

Num dos cruzamentos das estradas, Jeongguk se despediu de nós e desviei os olhos quando Mayumi segurou teu rosto e o beijou na boca. Senti algo arder em meu íntimo, como se minha alma se contorcesse diante da carícia deles. Pelo canto de minha visão, vi Jeongguk me olhar de relance.

Em uma outra vida, eu serei o teu garoto | taekook [🕊️]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora