•☆.•*'¨'*••♥ Cap.30 ♥••*'¨'*•.☆•

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Cris

Eu realmente queria entender mais sobre aquela concha e sobre as evigêneias, a conversa que tive com as meninas até altas horas me ajudou a entender um pouco mais sobre as sereias (em especial, a minha falta de apetite) e também um pouco preocupada quando chegasse a hora de voltar ao normal. Não tive sono como elas e fiquei a noite inteira observando as estrelas que quase conseguiam iluminar a noite com a ajuda das aguas. Atraía pequenas "cordas d'água" para me manter úmida enquanto Anya dormia dentro de um barril com agua no porão, sob a vigília de Absol a meu pedido (ela realmente ficou apavorada depois de quase virar refeição por causa de uma de suas transformações).

Perdida em memórias e imaginações dos últimos eventos, fui surpreendida com uma aurora magnifica. Senti uma vontade enorme de tocar a concha que ainda mantinha em minhas mãos (o baú Huang Hua guardou junto de minha mochila) e não demorou para Nevra aparecer.

Aquele "Don Juan"... Não demorou em lamentar por não me ter feito companhia à noite, mas acho que a nossa troca de palavras acabou o calando. Ele ainda continuou do meu lado, em silêncio, até o sol iluminar o bastante para sumir com todas as demais estrelas. Ainda ouvia os seus passos pela proa com direção para dentro, quando um grupo de evigêneias, femininas e masculinas, se ergueram da agua em meio à trombas d'água, cercando o nosso barco.

Fiquei sem reação. Estava encantada e confusa com todos eles (Feng Zifu e Huang Hua não disseram que as evigêneias estavam extintas?) todos estavam usando joias de pérolas, conchas e corais. Alguns portavam tridentes e o que poderia vir a ser considerada uma armadura marinha. A mulher no centro deles era magnifica! Suas asas e escamas eram brancas com um reluzir perolado muito delicado, e suas joias me faziam acreditar que ela era uma rainha. Ouvi um enorme número de passos atrás de mim.

– Το κόσμημα της θάλασσας! – disse a "rainha" com os olhos brilhando sobre a minha concha – Βρέθηκε τελικά!

– É o quê? – falei envolvendo a concha em meus braços.

A mulher pareceu perceber que eu não havia entendido bulhufas do que ela falou e chamou por um evigêneia homem (qual é o termo correto para sereias do sexo masculino mesmo? Sereio? Tritão? Sereia macho?) que começou a falar na minha língua com um sotaque estranho.

– Saudações cara irmã. – ainda não senti confiança... – Meu nome é Kyrius, e somos evigêneias como você.

– Não sou uma de verdade. – falei – Só acabei me transformando por acaso em uma com uma poção de Syronomajie. – ele arregalou os olhos – O que querem exatamente?

O sereio(?) repassou o que falei aos outros e todos tiveram a mesma reação que ele. Senti uma mão sobre meu ombro e vi que era Huang Hua.

– Quem são? – cochichou ela.

– Não tenho ideia. – respondi em mesmo volume.

– Minha cara... – Kyrius voltou a falar-me.

– Cris. Meu nome é Cris.

– Sostá, cara Cris... Acaso tem consciência do que segura em suas mãos?

– Não...

– E suponho que você seja uma dragoa com a bênção de Anfitrite. – até Huang Hua ficou boquiaberta com essa.

– Na verdade... Estamos à caminho de nos encontrarmos com o espírito de um dragão para confirmamos as minhas antecedências, pois sou faeliana. – e ele espantou-se de novo, assim como os seus companheiros ao traduzir minhas palavras (aquilo acaso era grego?).

Eldarya - Uma Aventura InesperadaWhere stories live. Discover now