chama verde.

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o amor queima, arde, dói
são chamas que nos envolvem, dançam conosco
e no começo não sentimos dor, toda aquela melodia suave e mística nos chama
mas com o passar do tempo, a dança fica mais quente, a música mais eloquente, não queremos saber de mais ninguém fora a gente
o fogo fica mais ardente, essa sensação viciante consome nossa mente
a chama que tanto nos chamava nos queima, faz nossa pele flambar ao som melódico do apaixonar
mas a flama agora ardia, doía, e queimou até que não sobrasse nada
só sobraram cinzas no que antes fora uma chama, mas estranhamente não era vermelha, era verde, e nesta festa não se ouvia mais aquele melódico cantar
mas apesar de só terem restado cinzas
apesar de eu ter me queimado no processo
de ter sentido dor em excesso
de não ter restado nada de mim
eu repetiria tudo aquilo novamente sem nem pra trás olhar
então isso e se apaixonar?

[é sobre a sensação de se queimar e pôr a mão no fogo novamente pelo calor, ignorando a dor do processo]

O verbo me fez poetaOnde histórias criam vida. Descubra agora