CAPÍTULO 14

11.2K 1.2K 72
                                    

CORALINA

Choro agarrada ao Alex, que apenas me acaricia devagar e cuidadoso. Quando vi o alfa acordar, tudo que queria era me envolver em seu corpo e dizer que ele seria meu, porém, não sabia que ainda existia tanta mágoa dentro de mim, e obriguei ele a sentir ao menos um pouco da minha dor, no dia da sua rejeição. Não é fácil magoá-lo, porque eu sinto seus sentimentos sofridos e desesperados, e isso é desanimador, porém, não vou deixar que ele ache que pode mudar de opinião igual muda de roupa, como se tudo estivesse em ordem.

— Você fez certo, tudo bem, bebê. — Soluço esfregando meu rosto no seu pescoço. — Ele está bem. Só está se recompondo para assumir essa posição de seu companheiro, e honrar.

— Ele sofreu tanto detido na clínica, e depois envenenado. — Fungo, não gostando de magoar o bendito alfa.

— E você cuidou dele e ajudou a resgatar. — Me fez olhá-lo, e me sinto mais calma. — Você é nossa coelhinha perfeita. Quando perdoar meu irmão, tem que ser verdadeiramente do fundo do seu coração, sem mágoas para serem reparadas no futuro. — Assinto, encolhida no seu colo.

Não ter entrado no calor do cio quando ele acordou teve suas vantagens, porque a excitação comum do meu corpo eu posso ignorar, mas, do cio seria mais que doloroso, e acabaria aceitando facilmente o alfa, e não haveria um cuidado e acordo para que o acontecido no dia da nossa reclamação deixasse uma marca profunda, causando uma rachadura em nossa ligação.

O companheirismo não é um amor à primeira vista, é o encontro do par perfeito e das almas gêmeas, porém, se não demos a opção de construímos um amor e um respeito, continuará apenas uma ligação de alma, e os humanos teriam um relacionamento físico e sem sentimentos mútuos. Nossa ligação oferece tudo para construirmos o amor. Como se tivéssemos todo o material para construir uma casa, porém, quem quer trabalhar na construção é nós mesmo, sabendo usar os materiais e solidificando algo perfeito para nós.

Agora, Gregory tem a opção de desistir do vínculo e levará uma vida razoavelmente bem, até construir uma nova relação com outra pessoa, por amor e não companheirismo. Seríamos amigos próximos, para que nossas feras se manterem tranquilas e unidas e seguiríamos nossas vidas, porém, não consigo imaginar isso acontecendo, e me sinto aborrecida por isso. Gosto do Gregory, não como um amigo, e sim como alguém que viveria ao nosso lado todos os dias, construindo uma família e compartilhando nossas vidas juntos.

— Eu queria dar um socam nele. — Léo já entra comentando, e acabo sorrindo. — A sorte dele é que nossa coelhinha é bem convivente, e não permitiu isso, ou seria certeiro. Bom, ele ainda não está livre, se ele vacilar, vai levar. — Me abraçou, seu braço envolvendo a mim e ao irmão.

— Não gosto de agressões. — Resmungo acariciando seu cabelo curto militar, seus olhos bonitos me encarando com carinho.

— Eu sei. Mas, ama um tapa na sua bunda gostosa. — Insinua safado, subindo suas mãos por minhas coxas.

— Fácil gostar. — Admito sentindo minha pele arrepiada pela eletricidade do seu toque.

— Eu não chupei sua boceta hoje. — Respirou chateado, enfiando seu rosto por debaixo da minha blusa, e apenas abro minhas pernas oferecida.

Depois que sai do calor do cio, tivemos muitas e boas rodadas de sexo calmo e gostoso, dando a oportunidade de curtir melhor o corpo um do outro, não mais como loucos e desesperados por fecundação. O cuidado e o amor dos meus companheiros, me fizeram se acalmar em relação aos filhotes, e sei que quando vier, virá, e quero muito que o meu terceiro companheiro esteja junto a nós, me satisfazendo e futuramente cuidando de mim e das nossas crias.

A COMPANHEIRA DOS ALFAS |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora