💛💚Cap 6💚💛

572 43 200
                                    

• Título:

Muito papo e açaí

꧁🇧🇷꧂

💚 Segunda - feira
💛 07:14 PM
🤍 Baixada Fluminense, RJ

꧁🇧🇷Mikey🇧🇷꧂

Acordo sem nem saber onde eu tô ou que horas são, se já é outro dia ou não. Completamente perdido.

— Onde é que eu tô? Será que eu tô na lagoinha?... — rio do meu péssimo humor enquanto coço meus dois olhos com minhas mãos, tentando espantar o sono.

Lembro do que tinha acontecido antes disso; tudo que me passa na memória é o Kenzinho gozando dentro de mim e me impedindo de pegar no sono depois disso.

“Eu sou o famoso ‘goza é dorme’, tá ligado? Kkkkk

Carai... Que dor de cabeça... — me levanto da cama vendo que estava com outras roupas, provavelmente o Kenzinho que havia trocado enquanto eu dormia.

Calço meus chinelos e saio do quarto ouvindo o barulho da TV ligada, com a abertura da novela das sete tocando. Desço as escadas de concreto ainda morgado de sono e uma cara emburrada, vendo meu avô e a Emma assistindo a novela da Globo.

-— Humm... O jantar tá pronto...?

— Tava dormindo até agora?! Desde a hora que eu saí?! — o véio pergunta, segurando o controle da TV em suas mãos.

— Não. Eu acordei, almocei, fui dá um rolê de moto, voltei, transei com o Kenzinho e dormir de novo. — digo, enquanto assisto a novela sem entender nada.

— Mikey! Já disse pra não falar de putaria na frente do vovô, ele não gosta! — Emma briga comigo enquanto lixa suas unhas.

— Já fez a janta? — ignoro completamente o que ela disse, mais preocupado com a comida.

— Cria vergonha nessa tua cara! Tua irmã não é sua empregada, não! — meu vô grita comigo.

— Ai, 'cês tão chato hoje, 'cê louco... — me levanto do sofá no qual eu havia acabado do sentar. — Eu vou lá no Kenzinho.

— Vai sair? Perai, aproveita e leva isso aqui pro cabeludinho da esquina. — ele vai até a mesa da cozinha pegar uma caixa pequena.

“ ‘Cabeludinho da esquina’, era assim que o vovô chamava o otário do Baji.

Meu vô nunca foi bom em lembrar do nome das pessoas, e não é por causa da idade que eu tô ligado.

— Que bagulho é esse? — pergunto a ele.

— Ele perguntou se eu tinha uma maquininha de cortar cabelo porquê a dele lá quebrou, e eu tinha uma aqui; leve pra ele.

— Beleza... — pego a caixa com a maquininha dentro, e vejo que ela estava novinha em folha.

Saio sem pegar minhas chaves, e abro o portão vendo que meu irmão ainda estava na frente de casa — bebendo. Chego por trás dele com a tentativa de lhe dá um chute na cabeça, mas ele consegue agarrar minha perna antes que isso aconteça.

ℂ𝕣𝕚𝕒𝕤 𝕕𝕠 𝕁𝕒𝕡𝕒̃𝕠Onde histórias criam vida. Descubra agora