•☆.•*'¨'*••♥ Cap.84 ♥••*'¨'*•.☆•

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Nevra

Depois que a Miiko saiu levando a Cris de volta para o quarto, Leiftan e eu emparedamos aquele alquimista maluco discretamente em busca de justificativas. Ele nos explicou que seu plano era conseguir convencer a Miiko, se necessário, a ter que tomar conta da Cris durante a sua ressaca, pois ele já havia analisado por meio das amostras e exames que a Ewelein tinha feito, se ela resistiria ou não àquele plano sem noção dele. Ele só não tinha como prever a reação psicológica dela pelo fato de ela nunca beber (bem que ele me comentou que tudo ia depender dela...).

Para aumentar ainda mais as chances de conseguir manter a Cris dentro do laboratório, ele me pediu para que eu "sumisse temporariamente" com alguns medicamentos da enfermaria. Eu também teria que arranjar uma desculpa para separar a Anya da Cris e Leiftan iria se encarregar de levar as bebidas e distrair a Cris para que ele conseguisse colocar a poção na bebida que a faríamos beber.

E assim fizemos (ou quase, pois repassei o que Ezarel me contou à Ewelein que estava quase partindo para estrangulá-lo e me entregou pessoalmente todas as poções em questão, menos uma que ela daria à Cris amanhã). Ezarel só não esperava receber aquela punição da Miiko... _riso_ Ser escravo da Cris e de todos que ela atacou por um dia inteiro? E cada um!? _riso_ Ele vai ser esfolado vivo por pelo menos metade daquela gente. E ele nem precisou pedir nada pra Miiko, ela própria o encarregou de tomar conta da Cris por conta do estado em que ela ficou por culpa dele.

Tudo parecia estar seguindo como o planejado. Leiftan tomou o cuidado de não trazer nada alcoólico e fingiu estar surpreso por eu, invés de Anya, estar com ela e com o Ezarel no laboratório naquele momento. Ela realmente trocou de bebida comigo. Só não esperávamos que ela acabasse percebendo o que fizemos com uma pergunta tão boba que acabou nos sendo uma senhora revelação... (mas quantos segredos essa mulher guarda?!?).


Cris

Aquela dor de cabeça estava me incomodando, Anya e Absol tentavam me distrair enquanto a bendita poção não ficava pronta, foi só depois do almoço (onde Absol levou a comida pro Gelinho através de sua umbracinese e, que outra vez acabei lhe dando um pouco mais do que havia me prometido por consequência do que ele me fez, por causa de ontem a noite) que ela estava apta para consumo, já que quente, segundo Ezarel, só me faria passar mais mal ainda.

Absol sumiu como de costume e depois de uns cinco minutos após tomar aquela poção, me senti sonolenta e Ezarel me sugeriu que eu cochilasse no sofá como ontem, pois a poção teria mais efetividade, o que acabei fazendo, confiando minha segurança à Anya.

Quando acordei, finalmente me sentindo bem, Nevra estava no lugar de Anya.

– Onde está a Anya? – questionei ao mesmo tempo em que verifiquei ter dormido por mais ou menos uma hora.

– Foi mal aí Cris, mas pedi um favorzinho para a sua parceira e lhe assumi o lugar de vigiar esse maluco aqui. – explicava Nevra apontando para o Ezarel que não gostou nenhum pouco de ser chamado de maluco. Acabei rindo disso.

– Mas responde Caçadora, ainda sente algum efeito da ressaca? – me perguntava ele sem tirar os olhos de seu trabalho.

– Me sinto nova em folha. Nunca mais confio em nada que você me ofereça com "bondade"!

– Ao menos consegui me vingar de você pela rasteira, mão gelada e algumas outras coisinhas. – dizia ele com um sorriso de lado.

– Ao preço de virar escravo de cada um que sofreu junto comigo, não é mesmo!? – disse maldosa e o sorriso dele desapareceu e Nevra segurava o próprio riso.

Eldarya - Uma Aventura InesperadaWhere stories live. Discover now