•☆.•*'¨'*••♥ Cap.100 ♥••*'¨'*•.☆•

28 4 0
                                        


Nevra

Depois que eu finalmente consegui obter a caderneta da Cris, não tive tempo de procurar o tal poema que mostrava como chegar no esconderijo do Gelinho. Principalmente com a chegada do irmão dela, que me fez ficar bem ocupado com os preparativos daquela viagem.

Depois que eles partiram até o retorno de Absol, foi toda a historia inventada para explicar o sumiço da Cris, do Valkyon e da Erika de Eel. Para Cris, espalhamos que ela ficou doente (e muitos foram os que quiseram vê-la...), e o Valkyon e a Erika, dissemos que eles foram juntos para Memória, onde fui ordenado a ir pessoalmente explicar tudo pro pessoal de lá para evitar discordâncias (foi minha punição por não ter ficado para ver a partida de todos após Lance se apresentar a eles). E ainda tinha uma outra pilha de papéis acumulados da minha guarda para resolver que me custou uns dois dias para terminar (Karenn e Chrome estavam com outros afazeres e não puderam me ajudar...).

Quando finalmente adquiri um momento livre (já que durante a viagem à Memória eu esqueci a caderneta da Cris no meu quarto), comecei a dar uma olhada em todos os poemas da Cris. E haviam muitos! Gastei uma noite inteira lendo tudo e relendo alguns. Ela escreveu muitos com a palavra "dragão", mas somente um tinha o termo "morada do dragão" (definitivamente era ele).

Esperei pelo dia seguinte para não levantar suspeitas sobre a minha busca. Deixei pra averiguar os túneis a noite mesmo, indo para a entrada da cerejeira sem ser notado (que outro "florir eterno" existe em Eel?). Lá embaixo, consegui interpretar os dois versos seguintes sem problemas, mas ao chegar no quarto, levei um tempo para conseguir achar um coração naquela bifurcação. Andei e andei, e não encontrava nada que se assemelhasse a uma lança. E eu nem sei mais aonde eu ia acabar indo daquele jeito (a Cris disse que o caminho não demora naquele questionamento, então, cadê?). Parei de avançar naquele túnel e comecei a reavaliar o poema.

– BU! – quase que esfaqueio a Karenn – Noooossa irmãozinho... O que está aprontando para ter ficado tão nervoso e distraído desse jeito?

– Coisa minha. E o que é que você está fazendo aqui embaixo? A esta hora?

– Esqueceu que hoje é a minha vez de fazer ronda nos túneis?! Assim você me magoa o coração... – disse ela com a mão sobre o mesmo.

– Como se isso fosse o suficiente... – comecei a perceber – para lhe magoar... – (como é que eu não pensei nisso antes!) – o coração... – acabei tanto um tapa na minha testa (a Lys me enganou outra vez...).

– Qual o seu problema Nevra?

– Nada. Apenas fui passado pra trás! – falei já correndo de volta para aquela bifurcação.

(Sério, porque que é que a Cris não entrou na minha Guarda!?).


Lance

Eu pensei que o mercado de Eel fosse cheio, mas isso porque eu nunca conheci uma cidade verdadeiramente grande! Só no segundo lugar em que a gente foi é que encontrávamos espaço para andar sem ficarmos amontoados. Até os transportes que utilizamos nos espremia. Isso sem falar do olhar de cobiça que algumas mulheres (e às vezes homens) jogavam pra cima de mim, e imagino que do Valkyon e das mulheres também.

Depois de passarmos em três lojas diferentes, após nos separarmos no terceiro local de compras, um "zé ninguém", como a Cris diz às vezes, teve a ousadia de tentar levar a bolsa da minha Ladina ao se esbarrar correndo contra nós dois, logo após ela guardar o celular. O agarrei pelo pescoço antes que ele tivesse a chance de se afastar de nós.

Eldarya - Uma Aventura InesperadaWhere stories live. Discover now