Cris
No que eu me virei para encarar a Emiery, depois que ela resolveu dar o ar de sua graça para nós, eu fiquei em choque. Mas o que foi que aconteceu com essa criatura??? (Qual o problema, Ladina? - Tem alguma coisa de errado com ela, é como se eu estivesse encarando o Leiftan! Só que de uma forma bem mais assustadora. - Há mesmo um mistério a ser resolvido nessas terras...).
– Err... Emiery, tem certeza de que está realmente bem agora?
– Mas é claro, Cris querida. Porque eu mentiria? – não conseguia parar de observa-la.
Assim como o Leiftan, ela tinha uma corrente presa ao pescoço, porém, a dela era negra; dava várias voltas ao redor dela de tão grande; e as correntes pareciam ter alguma "aura" sombria (em quem está presa a outra ponta??). Ela só conversou com a gente por uns cinco minutos, indo cuidar de seus afazeres em seguida, com o Võrgutav a acompanhando.
– Me diz, Anya,... – cochichava com ela – ...acaso a Emiery pareceu... diferente, para você?
– Quando a conhecemos eu não tinha sinestesia, e não a vi mais depois que a desenvolvi durante a Púrpura, por isso não tenho como responder do jeito que deseja saber, Cris. Talvez meu pai o possa. Mas uma coisa eu lhe garanto! A aura dela não é de um tipo agradável.
– Hum... Tudo bem, Anya. Obrigada.
– O que acham de darmos uma olhada na cidade agora?
– Pode ser, Réalta, mas... Ezarel vai ficar ou vai se arriscar passeando com a gente?
– Eu vou ficar, Paladina. Aqui ninguém tem desculpas para querer a minha cabeça e conseguir sair impune. Mas não se demorem na cidade! Não é porque conseguimos chegar em Lund'Mulhingar inteiros, que quer dizer que não existe perigo aqui dentro.
– Ezarel está certo. – respondia uma das trigêmeas.
– Nós três somos o suficiente para lhe mostrar ou explicar o que quiser da cidade. – respondia a segunda – E o companheiro de vocês pode continuar cuidando das costas de Ezarel.
– E imagino que os seus guardiões não deixarão de nos acompanhar. – terminava a terceira. Tanto o Lance quanto o Absol se mostraram bem mais calmos com a ausência do príncipe elfo.
– Eu posso acompanhar vocês também?
– Não vejo nenhum problema, senhorita Anya. – respondeu a "segunda" trigêmea.
Já fora do palácio, chegava até a esquecer a... situação de Emiery, com o admirar da beleza da cidade élfica.
– Porque o palácio é a única construção em pedra branca? – começava com as minhas dúvidas, após sentarmos em uma praça para comermos sanduíches como almoço.
– A cor da pedra usada em cada construção identifica a função dela. Rosa para comércios de itens femininos, verde para boticários e casas de curandeiros, azul para casas de banho ou lavanderias, amarelo para comércios alimentícios, entre outros. O branco é usado para identificar construções governamentais, no caso, o palácio, uma vez que tudo que está relacionado a este assunto tem um aposento próprio lá. – respondia uma delas.
– Todos os nobres de Lund'Mulhingar moram no palácio ou há alguns na cidade? Costuma haver grande diferença entre as residências?
– As casas usam cinza, para os nobres, ou roxo, para os plebeus, como identificação. Geralmente os únicos nobres que moram no palácio são os que pertencem à família real, junto de alguns dos funcionários mais importantes. Como o Ondabrar, que é chefe da equipe de 'Pesquisas Alquímicas de Combate' e 'Primeiro Conselheiro' de sua majestade. – respondeu outra das trigêmeas.
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Eldarya - Uma Aventura Inesperada
FantasyTodo fã de fantasia já teve ter sonhado ao menos uma vez viajar para um mundo mágico. Viver aventuras, descobrir poderes e realizar atos que fariam grande diferença naquele mundo... Mas, e quando isso acontece? Que tipos de sorrisos e lágrimas seria...
