𝟎𝟎𝟏.

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𝗧𝗔𝗘𝗛𝗬𝗨𝗡𝗚       ╰> 𝘱𝘰𝘪𝘯𝘵 𝘰𝘧 𝘷𝘪𝘦𝘸

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𝗧𝗔𝗘𝗛𝗬𝗨𝗡𝗚
       ╰> 𝘱𝘰𝘪𝘯𝘵 𝘰𝘧 𝘷𝘪𝘦𝘸

No começo, achei que tinha um bumbo tocando na minha cabeça

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No começo, achei que tinha um bumbo tocando na minha cabeça. Meu cérebro batia no crânio, tentando sair depois daquelas dez doses ou mais de uísque que entornei ontem à noite. Mas aí me dei conta de que alguém, correndo pelo meu apartamento, é que estava fazendo aquele barulho todo. Ela tava lá.

Lembrei, horrorizado, que era domingo. Eu podia dizer mil vezes pra essa menina não aparecer mais, ser grosso, estar numa situação completamente nojenta e pervertida quando ela entrasse aqui. E, mesmo assim, ela ainda apareceria todo domingo de manhã pra me arrastar até a casa dos meus pais para o brunch.

Ouvi um gemido baixinho vindo do outro lado da cama e lembrei que não tinha voltado do bar sozinho. Não que minha memória tivesse registrado o nome da mina, que cara ela tinha ou se curtiu acabar a noite comigo.

Passei a mão no rosto e sacudi as cobertas com as pernas quando a porta do quarto abriu de supetão. Nunca devia ter dado a chave pra essa pirralha. Nem me dei ao trabalho de me cobrir: ela estava acostumada a dar de cara comigo pelado e de ressaca. Por que hoje ia ser diferente? A outra mina, que estava na minha cama, rolou pro lado, apertou os olhos quando viu quetinha mais alguém ali e disse:

— Você falou que era solteiro...

Os pelos da minha nuca arrepiaram com aquele tom de acusação. Uma mulher que vai pra casa de um total estranho ter uma noite de sexo sem compromisso não tem o direito de julgar os outros, ainda mais se está pelada na minha cama, com a cara toda amassada.

— Me dá vinte minutos — Eu disse, passando a mão no meu cabelo bagunçado e olhando pra morena encostada na porta do quarto.

Ela levantou a sobrancelha e falou:

— Te dou dez.

Eu também teria levantado a sobrancelha, porque não gostei do tom nem da atitude, mas minha cabeça tava me matando. Além do mais, teria sido um desperdício de movimento, porque ela era muito mais do que imune a qualquer merda que eu fizesse.

𝐍a 𝐒ua 𝐏eleOnde histórias criam vida. Descubra agora