•☆.•*'¨'*••♥ Cap.156 ♥••*'¨'*•.☆•

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Leiftan

A notícia de que o grupo enviado para Yah-navad'y estaria lidando com um metamorfo me deixou bem preocupado. Nós ainda tínhamos que ir para Yaqut e problemas com esse tipo de faery costumam demorar muito para serem resolvidos. No entanto, quando a Miiko disse que a mensagem trazida por Absol informava que eles já haviam terminado de lidar com a situação, fiquei boquiaberto. Não duvido nada que o Nevra tente convencer a Obsidiana de transferir a Cris para a Sombra, considerando a reação dele à noticia.

Fui para o meu quarto e peguei as minhas coisas para viajarmos. Definitivamente o Nevra não estava fazendo questão alguma de esconder o seu choque sobre o metamorfo...

Enquanto Absol nos transportava, ficava imaginando sobre o avanço que a Cris teria conseguido alcançar no controle de seus dons, já planejando como prosseguir com ela dependendo de seu atual nível. A jornada demorou, então pude pensar cuidadosamente no assunto. Só uma coisa me surpreendeu, sendo eu um daemon, um ser "das trevas", deveria ter conseguido efetuar aquela viagem sem qualquer problema, porém... Não consigo entender o motivo agora, mas senti um formigamento surgir em todo o meu corpo um pouco antes de chegarmos, e esse formigamento só sumiu depois de deixar de ser envolto pela umbracinese (o quê isso significa?).

Não tive muito tempo para refletir sobre isso, pois a viagem realmente pesou para a Erika. A última vez que a vi tão fraca daquele jeito, foi enquanto se recuperava do ataque da Naytili. Graças aos deuses que o meu sangue era compatível ao dela... Quando foi que a umbracinese de Absol se tornou tão perigosa assim? No caso de ter sido isso.

Como Absol parecia ter algum tipo de preocupação enquanto aguardávamos o reestabelecer de Erika, acredito que o mal estar dela foi realmente por culpa das sombras (preciso encontrar uma maneira de fazer a Erika mais resistente a poderes sombrios, e de quebra, a Cris também).

Eu esperava que Absol fosse buscar um dos nossos para nos guiar pela vila, e não que ele mesmo fosse fazê-lo. A reação dos centauros era mais que esperada naquela situação, só fiquei surpreso de aparecer alguém que, muito provavelmente, já sabia sobre nós e sobre Absol. O quê será que aconteceu por aqui...

Após recebermos todas as explicações dos últimos eventos, fiquei me questionando se a presença da Cris nessa vila não teria sido uma artimanha do destino. Nós não só estávamos tendo a chance de analisarmos os sonhos de viagem com muito mais clareza, mas como também estávamos descobrindo novos limites das habilidades da Cris. Na hora em que ela nos mostrou os seus sonhos, fiquei impressionado com a riqueza de detalhes presentes neles. Se não fossem pelos sonhos que ela disse ter mostrado contra a vontade, iria imaginar que aquela riqueza era consequência por ser mais uma espécie de visão do quê um sonho em si (e acho melhor pararmos de assustar a Cris com essa historia de Apókries...).

– Guardião problemático? – questionava o líder da vila, encarando o Lance de canto – Problemático em que sentido?

– Um pouco superprotetor e só podendo ser "controlado" mesmo pela sua protegida. – terminava de respondê-lo.

– Hunf! Não causando problemas nessa vila, pode fazer o que bem entender. Sem querer ser grosseiro, mas quando que todos vocês vão embora?

– Papai!...

– Você mesma viu Hipodâmia, quem se mete com a mocinha aí pode se meter em problemas bem piores. Não quero que os inimigos dela e dos demais tragam transtornos para nós. Já temos muito o quê resolver sem isso e acredito que o bônus que estamos lhes dando é bastante justo por tudo o quê nos fizeram.

– Eles poderiam ao menos descansar essa noite antes de partirem.

– Se importam de eu lhes perguntar uma coisa? – Erika se manifestava.

Eldarya - Uma Aventura InesperadaWhere stories live. Discover now