★𝑪𝑨𝑷𝑰́𝑻𝑼𝑳𝑶 𝑫𝑬𝒁★

412 44 9
                                    

꧁𝙵𝚊𝚖𝚒𝚕𝚕𝚢 𝙻𝚒𝚗𝚎꧂

Beatrice havia acordado mais cedo naquele dia. Ela se arrumou sem fazer barulho, saiu do quarto e pegou um arco e suas adagas. Fez uma trança nos cabelos e colocou uma capa preta com capuz.

Ninguém havia acordado e ela aproveitou para sair rapidamente do acampamento sem que ninguém notasse. Ela seguiu em direção a cidade se esgueirando pelas árvores da floresta.

Ela ouvia barulhos de conflitos cada vez que se aproximava da cidade. Beatrice se escondeu atrás de uma das árvores e observava o caos que aquele lugar havia se tornado.

Tinham guardas espalhados por todos os cantos, panfletos de procura-se com o rosto de Claire espalhados, crianças machucadas e homens brigando.

Pelo que parecia Morgana estava virando uns contra outros, colocando Claire como uma criminosa e os guardas vigiavam tudo.

Beatrice colocou uma jaqueta de couro para cobrir a marca de seu pulso e tirou o capuz. Ela se afastou das árvores e caminhou em direção a um rapaz que estava encostado em uma parede sozinho.

- Com licença, - disse fingindo um sotaque - me chamo Amber, vim de Clearlakes. Você poderia me dizer quem é essa garota? - Perguntou mostrando o cartaz de Claire.

- Ela era a Princesa herdeira daqui, mas ela matou se pai e fugiu. A Rainha Morgana está a procurando para ela ter o que merece.

- Ela matou o próprio pai?

- Sim. Arthur não era o melhor Rei que já tivemos, longe disso, mas dizem que ela o matou para assumir logo o trono e não aguentou a culpa, então fugiu.

- Ah, tomara que a encontrem logo - Disse ainda com o sotaque e um sorriso. - Obrigada.

Ela se virou para sair, mas então voltou em direção ao rapaz.

- Como é seu nome mesmo? - perguntou.

- Roan - respondeu com um sorriso simpático e então ela se afastou novamente.

Morgana havia virado o reino contra Claire. Ela estava manipulando todos, todos eram suas marionetes e ela brincava com as cordinhas.

Beatrice colocou o capuz novamente e adentrou uma parte da floresta cujo o caminho ela conhecia bem.

Depois de uma caminhada ela chegou em uma casa grande abandonada. As ervas daninhas cobriam o lugar, a pintura estava velha, as janelas caídas e umas partes do teto caiam.

Ela caminhou pelo jardim envelhecido com as plantas mortas e pulou uma das janelas quebradas.

No chão ela ainda via marcas de sangue de onde ela havia jogado o corpo sem vida do seu tio, onde ficava a televisão tinha um porta retrato dos seus tios juntos se beijando e ela o jogou no chão.

Mas não era aquilo que ela procurava. Ela subiu as escadas que ringiam e andou até a última porta do corredor. Hesitante, colocou a mão na maçaneta e abriu a porta.

Ela não se sentiu bem por um momento. Aquele quarto carregava muitas lembranças, a maioria delas ruim. Ela lembrava do seu tio a abusando em cima daquela cama enquanto sua irmã era obrigada a observar tudo. Ambas eram crianças e não mereciam passar por aquilo.

Desde que fugiu dessa casa, não sabia o paradeiro de sua irmã, mas precisava achá-la.

Ela abriu as gavetas e olhou por todos os cantos, mas não conseguiu achar nada, apenas o colar de sol que seu pai havia feito para elas. O de Beatrice era uma lua e o de Emma um sol, eles se completavam.

A Herdeira Perdida (Em Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora