VI

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Clary Assis

Ai meu Deus!

Não acredito que eu topei conhecer a família do Kile, ainda mais hoje que eu não estou me sentindo bem. Minha cabeça está um caos, estou com um pouco de febre e ainda com sono e com frio. Resumindo, estou uma porcaria.

Não queria dar a impressão para a família dele que eu estava doente, pois, isso os faria ficar preocupados com alguém que eles nem conhecem realmente. Já estava sendo difícil para mim, entrar naquela mentira, porém, eu acabei me colocando nela, pois não consegui continuar com a história que o Kile contava a mãe. Porém, ela me pediu de uma forma tão doce, tão carinhosa que pela primeira vez na vida me senti realmente amada.

Assim que chegamos à sala, havia cinco pessoas conversando distraidamente e umas três crianças desenhando no chão em frente à Izzy. De repente todos começam gritar e quando eu dou por mim, tem um labrador caramelo enorme em cima de mim, me lambendo.

— Meu Deus Kile, tira esse cachorro daqui . — Grita Izzy nervosa.

— Meu Deus! Quem soltou o Hans? Ele não gosta de visitas. — Diz um senhor com os cabelos grisalhos, muito parecido com o Kile.

Olho para o cachorro e ele continua me lambendo, passo a mão na cabeça dele e ele me lambe mais ainda.

— Pessoal calma, o Hans gostou da Clary. — Diz Kile, passando a mão no cachorro. -Né amigão, se apaixonou pela ruivinha?

— É melhor tirar esse bicho daqui, eu não confio nele. — Izzy diz, indo em direção às três crianças que agora estão perto do Jacob, que eu suspeito serem os seus filhos.

Agora Hans vai se abaixando e com esse movimento  arranha a minha barriga.

— Ai Hans, assim você me machuca. — Tiro as patas do cachorro da minha barriga e me agacho para falar com ele.

—  Oi, meninão! O que você andou aprontando para ninguém te querer perto das visitas?

Kile se agacha e passa a mão na cabeça do Hans.

— Bem, achava que ele não gostava de visitas, mas eu penso que ele não gosta mesmo é da Izzy. — Diz Kile sorrindo para mim.

— Como assim? Ele a ataca? — Pergunto curiosa.

— É que quando Izzy vinha para cá, ele sempre rosnava para ela e a partir de agora que ela ficou grávida, ele já tentou duas vezes mordê-la. — Kile diz e levanta a cabeça e sorri para uma moça que se aproxima.

Ele me ajuda a levantar e quando dou por mim, estou sendo abraçada bem forte.

— Mãe, assim a Clary vai morrer sufocada. — Resmunga Stephanie sentada na poltrona.

— Cala a boca Stephanie — Repreende a senhora que está me abraçando com a voz abafada, que eu não tenho dúvidas que seja a Cassandra.

Ela se afasta olha para mim e sorri. Seus olhos estão brilhando por culpa das lágrimas que não foram derramadas, ela me abraça novamente e quando me solta, põe às duas mãos em minha barriga.

— Ai meu Deus, que maravilha. Estava sonhando com esse momento, de sentir o meu netinho. — Ela se abaixa e beija a minha barriga.

Meu Deus eu não sei o que fazer, minhas mãos estão suando. Kile percebe e pega minha mão dando um aperto para me acalmar, olho para ele e sorrio.

— Clary, quero te apresentar a minha mãe, Cassandra Neves e o meu pai, Eduardo Neves. — Diz Kile, vejo o senhor que parece muito com o Kile se aproximando e quando chegar perto beija a minha testa.

ALUGA - SE UMA NOIVA (EM REVISÃO DISPONÍVEL PARA LEITURA ATÉ 30/09)Onde histórias criam vida. Descubra agora