Capítulo dezesseis

312 43 11
                                    


Logo que Jeongguk e Taehyung chegaram na estação principal, eles tiveram que vender os seus cavalos para um senhor que precisava viajar com a sua esposa para a cidade natal. Foi então que diante da situação, eles tiveram a ideia de vender os cavalos por um preço mínimo e acessível para o casal, apenas para que o Major, e ninguém, pudesse ir atrás dos seus rastros que deveriam ser apagados do faroeste.

Quem tomou a frente para entregar as passagens para o bilheteiro foi Jeongguk, pegando as mochilas que Taehyung carregava nas costas e deixando-o levar Sunwoo no colo para que ficasse confortável, sem se cansar com as mochilas pesadas. Assim que as passagens foram validadas, eles foram liberados para embarcar, e como estavam com pressa, subiram no trem e seguiram até o banco em que dividiriam a viagem inteira.

Teriam uma longa viagem pela frente, pois desceriam na última parada do trem, local onde Jeongguk morava na sua infância, para depois pegar a estradinha da fronteira até a estação de uma outra cidade e pegar mais um trem, pois Jeongguk já havia planejado tudo com pessoas de boa confiança.

Acomodados nos seus assentos, Taehyung fez questão de colocar Sunwoo sentado no meio deles e em segurança para não cair, sorrindo ao ver o filho brincando com o ursinho de pelúcia e balbuciando palavras incompreensíveis para os dois mais velhos que não entendiam nada, mas acenavam e respondiam com sons ou gestos. Jeongguk foi quem colocou as mochilas no bagageiro acima deles, se acomodando ao lado do filho e acariciando os cabelinhos dele, recebendo toda a atenção do bebê.

— A viagem vai ser longa, então se quiser revisar comigo para cuidar do Sunwoo, está tudo bem. — sussurrou Jeongguk, passando o braço na frente do filho e segurando a mão do mais velho que estava apoiada na própria coxa que se balançava de modo ansioso. — Vai ficar tudo bem, Tae. Eu já havia pensado em tudo isso. E eu planejei tudo para nós três, ok?

— Jeongguk, mas e se nos acharem? — perguntou Taehyung, apertando levemente a mão do ex-xerife e mordendo o lábio inferior, demonstrando certo receio e medo.

— Confie em mim, amor. Eu já estava me preparando para algo desse tipo, conversei com as minhas irmãs e nós vamos para a cidade onde elas moram por enquanto. — comentou Jeon, mantendo o timbre de voz calmo e acariciando o dorso da mão do mais velho, sabendo que ele precisa sentir esse tipo de certeza e segurança para acalmar. — Nós temos o Sunwoo para cuidar, lembra? Ele precisa dos pais presentes na vidinha dele, não queremos vê-lo sofrer, certo? Então confie em mim, tudo vai ficar bem.

— Certo. Eu não prometo, mas vou tentar ficar mais calmo.l e confiar em você. — concordou o mais velho, olhando para o filho que não estava entendendo nada, mas parecia se divertir por estar dentro de um trem pela primeira vez. — Parece que ele gosta de trem.

— Deve estar no DNA. — brincou Jeongguk, recebendo um aperto firme na mão e resmungando baixo. — Estou brincando, meu Tigrinho.

— Brincando… puff, conte-me outra. — resmungou Taehyung, revirando os olhos e deitando a cabeça contra o vidro da janela. — E por que “meu Tigrinho”?

— Você já viu a sua personalidade? O seu jeito de se comportar e depois fazer o seu ataque? É impressionante como você sempre parece inabalável, mesmo que aí dentro do seu peito exista um coração um coração frágil e que precisa ser cuidado com amor. — comentou Jeon, dando de ombros e olhando para o mais velho com admiração. — Eu te acho forte demais, principalmente por tudo o que já sofreu e teve que passar, você ainda continua de pé e de cabeça erguida. Eu te admiro por isso, porque você é colo um tigre, mas quando se abre verdadeiramente, mostra o seu coração de gatinho que só precisa ser bem cuidado.

Taehyung sorriu com a resposta, virando a cabeça para encarar Jeongguk nos olhos e suspirou, pois era a primeira vez que alguém pudesse dar um apelido carinhoso e ao mesmo tempo movido a admiração.

The Wanted  [ Taekook ]Où les histoires vivent. Découvrez maintenant