Capítulo 21

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Essa bêbada me mordeu. Sim, ela literalmente ME MORDEU. Quem diabos morde alguém? Que merda!

Pego um short qualquer dela e uma blusa, assim como sua toalha e apenas vou até o banheiro, abro a porta sem encarar o que está lá dentro e apenas jogo de qualquer forma suas roupas.

Pelo grito irado que a mesma deu, com certeza a essa altura do campeonato a água com certeza ja ajudou a aliviar um pouco os efeitos do álcool. Olho em meu telefone o clima e essa noite está fazendo 13°, com certeza a agua deve estar um inferno de gelada.

Passasse alguns minutos antes de a mesma sair do banheiro. A casa já está totalmente iluminada, ainda continuo sentado e agora encaro olhos verdes furiosos. Não consigo ver nenhum rastro de álcool na mesma, o que é extremamente bom.

Acompanho com os olhos e em silêncio a garota ir até a lavanderia jogar sua roupa em uma das máquinas, antes de voltar e me fuzilar com os olhos.

-O que diabos você estava pensando quando me colocou naquela água fria aquela hora? Seu... ARRG.-Se não fosse pela mordida latejante em um dos meus peitos eu com certeza poderia sorrir.

-Hoje é sábado.-Digo estreitando os olhos. Seus olhos se arregalam ainda mais antes da mesma soltar uma profunda lufada de ar.-Não precisava de uma bebada em casa, mas sim de uma mulher, ou melhor, uma menina sóbria.

-E você acha certo isso de me jogar em uma banheira e tacar água gelada em mim? Que droga! Eu estava indo dormir!

-Ainda estamos conversando como Adan e Brenda e não chefe e funcionária certo?-Pergunto vendo a mesma logo em seguida acenar com a cabeça.-Ok ótimo. Eu respeitei a droga do fato de que você estava em um lugar de procedência extremamente duvidosa, também respeitei o fato de que você estava se pegando com um qualquer que você nunca viu na vida e bebendo várias bebidas, porque entendo que a vida é sua e que eu não tenho que me meter em nada que você faça dela.-Começo encarando seus olhos, um sentimento de ira se apossa de mim enquanto lembro dessas malditas horas, mas respiro fundo e continuo.-Mas, a partir do momento que você chega em casa e pior, começa a agir da forma que agiu, aí sim já é um problema meu.-Digo irritado.-Você me tocou sem que eu desse a porra de uma permissão e pior, me mordeu!-Digo de forma dura para a mesma que ainda mantém um olhar irado.

-E você começou a brigar comigo! Antes e depois de... Eu ter te mordido.-Diz com uma voz vacilante.

-E você acha que o fato de eu ter brigado com você era convite para você me tocar e me morder? Vivemos brigando e não é por causa disso que eu te toco dessa forma.-Digo me levantando e indo até a mesma.-Gostaria que eu apertasse seus seios e fizesse comentários estranhos antes de te dar uma imensa mordida? Aposto que não. Então porque achou que eu gostaria disso?

-Ok ok eu fui idiota, desculpa por isso e pela... Mordida.-diz fazendo uma careta, a mesma que faço toda vez que vejo isso.-Agora que já está tudo conversado, vou ir arrumar meu cab-

-Não acabou, ainda não discutimos sobre a sua incrível capacidade de se meter em situações como essa. Você tem noção que poderia ter virado apenas a droga de uma estatística? Esse lugar é mais perigoso do que você imagina!

-Particularmente eu não achei. Não teve nenhum tiroteio, nenhum arrastão, nenhum vendedor vendendo uma pulseira de 1,99 por 15 reais. O que eu vi foram pessoas felizes bebendo e se divertindo.-Respiro profundamente para que eu não perca o mínimo de paciência que me resta. Como pode essa menina me irritar tanto.

-Não consigo conversar com você sem perder o mínimo de paciência que ainda tenho.

-Então é só não conversar.-Diz dando de ombros.-Vou para o quarto.-Diz tirando a toalha e soltando seus longos e emaranhados cabelos.-Eu deveria te obrigar a você mesmo secar o meu cabelo, vou passar pelo menos uma hora secando ele.-Diz reclamando enquanto vai em direção ao quarto.

Brenda on...

Fujo o mais rápido possível dali. Ainda não acredito que fiz o que fiz e pior, gostei. Os peitos dele eram tão macios que eu com certeza passaria toda a minha vida apertando com prazer mas senhor, porquê diabos eu o mordi?

Tento fugir de todos esses questionamentos, assim como a imagem daquela bela mordida em seu peito que com certeza vai deixar uma marca de semanas. Pego o ventilador, assim como ligo o ar condicionado e também pego o meu secador e o ligo. Vai ficar um frio do cão, mas com certeza vai secar meu cabelo.

Meus dentes batem um no outro com velocidade enquanto viro a cabeça de outro lado. O secador está de um lado, o ventilador a minha frente em alta velocidade e o ar condicionado no mais frio possível. Xingo o filho da puta de todos os nomes possíveis enquanto choramingo por meu cabelo ainda não ter secado. Ele com certeza vai ficar uma verdadeira juba quando secar, sem definição alguma.

Depois de um tempo, o mesmo chega até o quarto, se encolhendo provavelmente de frio. Eu não duvido nada que a temperatura no quarto está em negativo a essa altura do campeonato.

Adan on...

Cruzo os braços de frio ao entrar no quarto. O ar condicionado está soltando um ar tremendamente gelado, o ventilador imenso está no último volume e a mesma mantém o secador a ajudando ao seu lado também. Vou para minhas malas e pego uma camisa de frio.

Enquanto a estou vestindo, tudo é desligado, e quando me viro fico estático no local. Engulo em seco quando vejo seus longos e rebeldes cabelos em seu rosto, em uma beleza rebelde e inesperada. Engulo em seco, um pouco intimidado por sua beleza.

A mesma me encara confusa antes de passar algum óleo na ponta de seu cabelo. Ela ali, completamente alheia a tudo ao seu redor, não faz ideia no quão bonita está agora. Porra, pode parecer completamente inadequado mas meus olhos me traem ao irem até os seus pequenos seios, que estão enrijecidos por causa do frio. Sinto meu corpo esquentar e minha boca salivar, maneiras de como eu poderia facilmente devolver essa maldita mordida me assombram e me aterrorizam de uma forma que não deveriam.

-Que foi? Olha como se quisesse me comer.-Diz a mesma depois de jogar seus imensos cabelos para o lado. Respiro fundo sentindo principalmente o seu cítrico cheio. Sempre que o sinto penso com certeza em um campo vasto e cheiroso, completamente refrescante e excelente de se estar. Não é nada doce,  como a maioria dos produtos que a grande parte das mulheres usam.

-Só estou refletindo sobre quando você irá tirar todos esses produtos para que eu possa me deitar.-A mesma estreita seus claros e verdes olhos para a minha direção, desacreditada do que eu acabei de dizer.

-Você e eu não vamos dormir na mesma cama, sem chances. Não há nenhuma, repito, nenhuma possibilidade de dormirmos na mesma cama. Que tal ser cavalheiro o suficiente pra poder deixar essa cama pra mim.-Bufo divertido, ela as vezes consegue ser tão engraçadinha.

-Sou cavalheiro com quem merece com que eu seja. Com certeza quem deixa esse tipo de mordida no meu peito, não merece nenhum tipo de cavalheirismo.-Desvio os olhos ao ver mais cachos rebeldes caindo por seu rosto. O fato de eu estar a tanto tempo sem uma mulher não me ajuda. Sim eu poderia dormir no sofá, ele é grande o suficiente pra me abrigar, porém isso feriria o meu orgulho, coisa que já está ferida demais.

-Eu não vou deixar você dormir comigo.-Respiro fundo tentando ser o mais paciente possível. Não consigo entender o porquê estou sendo tão molenga com essa menina. Porra eu não sou assim. No primeiro A mais alto que um dos meus empregados dissessem era rua. Então porque diabos com essa menina é diferente? Porque caralhos eu continuo a deixando fazer o que bem entender?

-A cama não é sua, assim como o quarto. Se quiser dormir no sofá, vai então você.-Digo dando de ombros para a mesma que bufa irritada antes de se levantar da cama, pegar um cobertor e ir em direção a porta. Fácil assim, consegui a cama para mim.


A babá Where stories live. Discover now