O bebê

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Dias se passaram naquele quarto isolado, onde a única interação de Cassie era com as refeições que lhe eram entregues. Surpreendentemente, ela tinha a opção de escolher o que comer, embora sua vontade de comer fosse escassa. No entanto, sabia que o bebê dependia desses nutrientes, então fazia um esforço para se alimentar.

Em um dia qualquer, Dean apareceu para buscá-la, dizendo que um médico faria exames nela. Cassie recusou-se, mas Dean a levou à força e a amarrou em uma maca. Cassie estava visivelmente desconfortável e ansiosa.

Cassie: Por favor, não faça isso. Não quero...

O médico se aproximou e começou a aplicar o gel para o ultrassom, ao mesmo tempo em que Dean e Sam observavam com expressões frias e imperturbáveis.

O médico apontou para a tela do ultrassom, revelando a imagem do bebê em seu ventre. Cassie não pôde deixar de abrir um pequeno sorriso em meio ao medo, ao ver seu filho se mexendo.

Dean: Qual é o sexo do bebê? Seria bom se fosse um menino.

O médico tentou determinar o sexo, mas o bebê estava de costas, tornando impossível identificá-lo naquele momento. Sam também perguntou de quantos meses Cassie estava.

Médico: Parece que você está com quase cinco meses de gestação.

Cassie foi conduzida de volta ao seu quarto solitário depois do exame médico. Enquanto estava sozinha, suas memórias voltaram a Tom acariciando sua barriga, e ela sorriu ao relembrar deles tentando encontrar um nome para o bebê.

A cena estava sombria e perturbadora quando os gêmeos, Tom e Bill, surgiram desorientados em uma sala escura e machucados. Suas feridas eram visíveis, e a confusão pairava sobre eles.

Tom, no entanto, estava em um estado de desequilíbrio alarmante. Ele começou a murmurar palavras desconexas, chamando pelo nome de Dean e revelando um surto psicótico que beirava a esquizofrenia. Sua voz tremia enquanto ele falava.

Tom: — Dean... quer brincar? Vamos jogar um jogo... neste jogo, eu vou matar os Winchesters.

A escuridão que envolvia Bill parecia amplificar as vozes na sua cabeça, tornando-as mais audíveis e perturbadoras. Sua expressão se transformou, revelando uma mistura de angústia e satisfação enquanto ele murmurava:

Bill: Seria tão divertido... o quanto podemos torturá-los...

A condição mental dos gêmeos estava rapidamente deteriorando.

A atmosfera na sala ficou ainda mais sombria quando Sam e Dean entraram, acompanhados por outros homens. Eles seguraram Tom e Bill, mantendo os gêmeos sob controle.

Dean, com seu tom perturbadoramente calmo, fez um anúncio. — Só vim avisar que o bebê está bem. Mais tarde, vou me divertir um pouco com Cassie, e vocês dois vão... assistir.

A crueldade nas palavras de Dean era arrepiante, enquanto ele deixava claro que planejava infligir ainda mais sofrimento a Cassie. Sam, por sua vez, emitiu um comentário macabro.

Sam: Cassie fica ainda mais bonita quando está com medo.

As memórias angustiantes da vez em que Cassie foi torturada na frente dos gêmeos, por Tate, voltaram à mente de Tom e Bill. Aquela lembrança era como uma ferida aberta em suas almas, deixando-os ainda mais atormentados.

Os gêmeos foram levados à força para uma sala e amarrados em cadeiras. Dean agarrou Cassie pelo braço e a pôs sentada em seu colo, beijando o pescoço dela com uma atitude repugnante. Cassie, em sua vulnerabilidade e desespero, não conseguiu conter a ânsia que aquela ação provocou.

Dean, com um sorriso perverso, se aproximou de Cassie e tentou beijá-la à força.

Cassie: Parem com isso!

Sam, com um olhar sombrio, também se aproximou, passando as mãos pelo corpo de Cassie de forma invasiva e inapropriada. Ela sentiu-se completamente vulnerável.

Cassie: Vocês são doentes! Me soltem!

Sam: Doentes, Cassie? Você, Tom e Bill não são exatamente os modelos de santidade, considerando o que fizeram aos inocentes.

Naquela sala sombria, o ambiente estava impregnado de hostilidade e crueldade. Cassie, presa e vulnerável, continuava a ser alvo dos Winchester, que não poupavam esforços para aterrorizá-la.

Dean, com um sorriso sádico, dirigiu-se a Cassie e, com força, desferiu tapas dolorosos em seu rosto, ao mesmo tempo em que apertava suas coxas com brutalidade. Cassie resistia da melhor maneira que podia, com coragem, mas a dor e o terror estavam começando a corroer sua determinação.

Cassie: Parem com isso! Não vão conseguir me quebrar!

No entanto, uma dor intensa começou a se manifestar em sua barriga. Ela levou a mão ao local e começou a grunhir de agonia, enquanto tentava suportar a dor lancinante. Dean, com seu cinismo característico, zombou dela.

Dean: Você acha que pode nos enganar com isso?

Mas a dor de Cassie era real e avassaladora, e não demorou muito para que algo ainda mais aterrorizante acontecesse.

Sangue começou a escorrer pelas pernas de Cassie, manchando o chão e ampliando o horror da situação. O silêncio na sala foi quebrado apenas pelo gemido de dor de Cassie e pela expressão de choque no rosto dos presentes.

Naquela sala sombria e angustiante, a agonia estava no seu ápice. Cassie estava ajoelhada no chão, lágrimas inundando seu rosto, implorando com desespero.

Cassie: Por favor, por favor, não deixem meu filho morrer...

Tom e Bill estavam mergulhados em um desespero avassalador. Gritavam o nome de Cassie e suplicavam com corações partidos pela vida de ambos, enquanto suas vozes ecoavam pela sala, uma sinfonia de puro desespero.

O choque e a perplexidade tomaram conta de Dean e Sam, que finalmente pareciam ter compreendido a extensão dos horrores que haviam infligido. Em um olhar compartilhado, eles fizeram um sinal para seus capangas, e, num instante, partiram da sala apressadamente.

Dean, antes de desaparecer, proferiu palavras que todos ouviram.

Dean: Não adianta mais. Ela e o bebê vão morrer.

A agonia na sala continuava enquanto Tom e Bill lutavam desesperadamente para se livrar das cordas que os mantinham aprisionados. Suas mãos estavam cravadas nas amarras, os olhos cheios de determinação.

Tom, com a voz cheia de desespero, tentava chamar a atenção de Cassie, que estava em choque.

Tom: Cassie, olhe para mim! Você não pode desistir!

Bill: Você precisa aguentar firme, Cassie, por nós e pelo bebê.

Cassie, ainda em estado de choque, passava a mão no interior das coxas, olhando para o sangue que estava ali. O silêncio na sala era ensurdecedor, quebrado apenas pelo som dos gêmeos lutando contra suas amarras.

Cassie: O bebê... ele vai morrer, ele não pode morrer...

***
Hellou, voltei. Já querem me matar?

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