Sentimentos

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O pulsar do meu corpo não é anormal, ou ao menos, não deveria ser. Mas eu senti-lo com tanta intensidade quando estou com você faz com que eu me pergunte.

E esse arrepiar nos meus pés? É normal?

E essa respiração pesada? É normal?

E quanto a todas as vezes que eu quase senti choques em minha pele ao me encontrar com você?

Seu toque mata, oh, e você tem mãos tão docemente gentis. E ainda assim me faz viver. Isso deveria ser normal? Querer viver, só por ter você?

Mas como eu ousaria não viver? Sua presença traz amor.

Você é luz, carinho, felicidade.

Seu cabelo é original.

Sua voz é confortante.

Sua falta me traz agonia.

Naquela vez, quando você se afastou por um tempo, me vi em uma bolha de amargor. E em seu retorno, vi você com aquele maldito colar de lembranças que você fez pra mim ao invés de aproveitar sua viagem, ah, aquilo quase me matou. E então, eu sabia o que era estranho, e sabia que não era tão anormal assim. Naquele dia eu percebi que estava te amando.

E você já deve saber que eu não ousaria deixar de viver sabendo que alguém como você existe pra mim.

Por que eu ja sabia, pela sua música, pela sua voz, pelos seus presentes e poemas, que você me ama.

Meu coração bombeia o sangue, mas eu sinto que ele só o faz por você. Mas eu só posso afirmar isso porque sei que o seu também o faz por mim.

Nós não precisamos do toque. E nunca fomos como grandes ímãs puxados por atração.

Somos só eu e você, envolto por sentimentos, por palavras, por afeto, por nós.

Prometo usar seu colar por toda a vida. Se eu morrer primeiro, peço que me enterre com ele. E se você morrer antes de mim, lerei poemas em sua lápide.

E se passarão séculos, mas esses sentimentos nunca morrerão.

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