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Os meninos resolveram fazer uma festa na casa ao lado, eles me convidaram mas eu não aceitei. Já fazem três dias que eu e Tom brigamos, eu mal consigo olhar em seu rosto.

São quatro e quarenta da madrugada e som som alto da casa ao lado não me deixa dormir, preciso ter uma boa noite de sono se não eu fico completamente maluca. Me levantei da cama e coloquei um vestido daqueles de ficar em casa, peguei meu chinelo e desci as escadas devagar.

Assim que abri a porta de casa o som ficou mais alto, quando entrei no local ainda tinha bastante gente. Andei até achar um rosto conhecido e em seguida dei de cara com Bill, ele estava muito bêbado e por algum motivo desconhecido, estava sem a calça, ficando apenas de blusa e cueca.

- Ana e bebê! - Ele diz empolgado

- Bill, você não acha que já está na hora de acabar com essa festa ? - Pergunto tirando a garrafa de cerveja de suas mãos - Eu preciso dormir

- Ah está certo, vou falar com o Gustav e com o Georg - Ele começa a andar mas cai em seguida e assim fica

- Idiota - Falo sorrindo - Ei, ajudem ele aqui por favor - Peço para alguns meninos que estavam sentados no sofá e eles vem até mim. Pegam Bill colocam ele ''sentado'' na poltrona do canto.

Começo a andar para ver se acho os meninos e percebo que a casa está completamente arruinada, tem até uma pichação na parede, ai esses vândalos. Ao chegar na parte externa da casa vejo Georg, Gustav e Tom. Os G estavam falando algo e parecia ser bem sério enquanto Tom estava sentado encostado na cadeira, ele estava completamente fora de órbita e mexia em seu nariz sem parar.

- Gente, tudo bem ? - Pergunto me aproximando deles, os três me olham confusos

- O que faz aqui? - Perguntou Georg

- Essa musica está muito alta, não consigo dormir - Falo olhando para Tom que estava mais esquisito que o normal

- Eu vou lá desligar - Georg se levanta

- E eu vou mandar o povo embora - Gustav também se vai, me deixando sozinha com ele

- Seu nariz ta sangrando - Falo o olhando, me sento ao seu lado e toco em seu rosto e um sorriso sai de seus labios, ele sorria mas não parecia. Ele se afasta e limpa o nariz, Tom balançava a perna sem parar e então quando finalmente olhei para o banco vi um pequeno saco com um pó branco.

- Porque está fazendo isso ? Desde quando você cheira isso ? - Pergunto muito preocupada e ele me olha sem alguma expressão, seu nariz voltou a sangrar novamente.

- Me desculpa - Escuto sua voz depois de três dias, ela saiu estranha como se quisesse chorar - Eu não estou bem - Diz e começa a ter ânsia de vomito, Tom estava pálido, suava bastante e também tremia.

Ele abaixou como se quisesse vomitar mas não conseguiu, então, me inclinei e enfiei o dedo em sua garganta. Em questão de segundos ele põe tudo para fora.

- Me desculpe, Ana - Ele diz ao se levantar - Me desculpe, por favor - Tom agora chora como se fosse um bebe, ele estava colocando todo o seu sentimento para fora e por mais que eu esteja com raiva dele, não aguento e o abraço.

- Tudo bem ? - Georg aparece nos olhando um pouco confuso

- Leve ele para o quarto, ele não está bem - Falo e Georg puxa o amigo e arrasta ele para dentro

- Isso é loucura - Falo comigo mesma

Não posso acreditar que isso está acontecendo.

Andei até o segundo andar da casa, indo em direção ao quarto dele e o vejo deitado na cama, sozinho.

Destinados | Tom kaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora