No outro dia.
Saio do banheiro com a toalha em volta do meu corpo e já sigo até a minha bolsa, passo os meus produtos corporais, visto um biquíni de oncinha, uma saia branca de crochê com uma pequena abertura na perna e o meu chinelo havaianas bandeirinha branca.
Passo perfume, desodorante e já trato de passar os meus produtos corporais, deixo o meu cabelo solto nas costas mesmo já que ele está molhado, mas enfim.
TT: pode ir descendo lá amor, eu levo essa toalha aí para o banheiro- fala se mexendo na cama.
Eu: certeza?- pergunto e ele confirma com a cabeça me molhando.
Pego o meu celular no carregador e já trato de descer para encontrar o pessoal, resolvemos passar esses três dias juntos, todos nós, já que na segunda-feira a noite os rapazes vão embora e voltam só Deus sabe quando, isso se eles voltarem.
Então tiramos sexta, sábado e domingo para ficarmos aqui, passarmos esse momento juntos, criarmos mais memórias juntos... Que tolice, eu estou falando como se o meu marido fosse morrer, Deus me livre de perder esse homem, eu acho que eu fico louca, acho que vou a ruína sem ele.
Eu: bom dia, bom dia, bom dia e bom dia- falo entrando na cozinha e já vou cumprimentando cada um com um beijinho no rosto.
Bia: bom dia meu amor- fala me olhando sorrindo e já puxa uma cadeira para eu me sentar na mesa- eu já fiz o seu café da manhã meu bem, coma tudo- fala colocando um prato na minha frente junto com uma caneca de café, e deposita um beijo na minha cabeça.
Eu: obrigada meu amor- falo toda felizinha, sim, a minha sogra me trata como a filha dela.
No meu prato tem nada menos e nada mais do dois mistos quentes, alguns pãezinhos de queijo, um pedaço de bolo bem chocolatudo e algumas frutas, morando, manga, kiwi e uvas.
Começo a tomar o meu café da manhã bem tranquila, enquanto converso com todos na mesa, eu amo tudo isso aqui, eu adoro casa cheia, e nesse momento isso é tudo o que eu estou precisando para esvaziar a minha cabeça.
Bia: café meu outro amor?- pergunta já pegando a garrafa de café para encher o copo da Cíntia.
Cíntia: eu não posso tomar café- fala e o BR até se arruma na cadeira.
Eu: como assim dona Cíntia? Você é viciada em café- falo tomando um gole do meu café.
Cíntia: só porquê o seu afilhado está na minha barriga, Carol, nada com o que devemos nos preocupar- fala e eu até me engasgo na mesma hora.
Eu: como assim dona Cíntia?- pergunta e eu apenas dou de ombros.
Cíntia: eu estou grávida, exatos três meses- fala e o meu marido que ia entrando na cozinha, até parou de andar, ficando empacado no mesmo lugar.
TT: quem está grávida?- pergunta confuso.
Cíntia: a sua cunhada favorita- fala animada e eu olho para o meu marido chocada, passada na manteiga.
TT: caralho- fala e me olha da mesma forma.
Eu: parabéns ao casal, que essa criança traga muita luz e muita felicidade na vida de vocês- falo me levantando e já nos abraçamos para parabenizar os dois.
[...]
Sigo deitada na espreguiçadeira, os olhos fechados tomando sol, uma blusa do meu marido cobrindo o meu rosto, o sol queimando a minha pele, o óleo corporal auxiliando o bronzeamento no meu corpo, isso é tudo o que eu estou precisando nesse momento.
Bia: como você está meu amor? Enjoadinha de novo?- pergunta alisando o meu braço de leve.
Eu: hoje eu estou bem, melhor impossível, nunca estive melhor em toda a minha vida- falo e ela da risada.
Bia: sabe Carol, eu já me senti- fala e eu tiro a blusa do meu rosto, tombo a cabeça para o lado e já a olho atenta.
Eu: e era o que, virose?- pergunto e ela só dá risada.
Bia: você está casada com a minha virose- fala e eu já sento na espreguiçadeira em um pulo, não, não, não.
Eu: você está viajando Bianca, eu não estou grávida, eu não posso estar grávida- falo e ela me olha atenta.
Bia: qual é o seu medo de carregar uma criança na barriga hein?- pergunta e eu nego com a cabeça.
Eu: não pode ser, não pode ser, não, não, não- falo esfregando o meu rosto.
Bia: Carolina?- me chama preocupada se sentando na espreguiçadeira dela, de frente para mim.
Eu: eu sofri muito na minha vida, eu já vi muitas coisas na minha vida, eu já sofri muitas coisas na minha vida, eu não quero ter filhos para eles sofrerem o mesmo que eu- falo e ela nega com a cabeça.
Carol: se um dia vocês dois acabarem tendo um filho juntos, essa criança não vai sofrer nem um terço do que você sofreu- fala e eu apenas esfrego o rosto
O Thiago aparece na área externa na mesma hora, só de bermuda, com um prato em uma mão e na outra uma latinha de cerveja, ele olha em volta me procurando e assim que vê a minha cara, já veio na nossa direção com uma cara de preocupado.
TT: o que aconteceu? Você está passando mal de novo? Aconteceu alguma coisa?- pergunta e eu nego com a cabeça.
Bia: eu estou achando que ela está grávida- fala e o meu marido se engasga com o vento.
TT: não, sem chances de isso acontecer, não tem como isso acontecer de maneira nenhuma- fala deixando o prato que ele segurava na espreguiçadeira do me outro lado, em cima da espreguiçadeira vazia.
Eu: foi o que eu falei para ela amor, eu não posso estar grávida, não tem nenhum bebê aqui dentro da minha barriga, sem chances nenhuma- falo nervosa.
Olho para o prato que o meu marido trouxe vendo alguns sanduíches, provavelmente ele fez esse prato para mim, me levanto da espreguiçadeira pegando o prato e pego a minha saia também na espreguiçadeira.
Eu: eu não estou grávida- falo e saio andando para dentro de casa.
Eu não estou grávida!
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Liberdade
Teen FictionO meu coração está acelerado, a minha respiração está falha, o medo me corroendo, os meus gritos de ajuda ignorados, será que ninguém está me ouvindo? Eu estou implorando por ajuda, estou implorando por socorro, estou implorando por liberdade... É c...