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- Você pegou tudo? - O pai de Amber, Mickey, perguntou a sua filha.

- Sim, pai - Falou sem animação alguma por estar entrando em uma faculdade distante de casa. - Eu realmente preciso ficar aqui?

- Me desculpe, ursinha. - Mickey segurou no volante. O típico apelido usado por toda a família quando citam a Freeman, 'Ursinha'.

- Tudo bem - Bateu a porta do carro, sem resistir. - Apenas diga a minha mãe que irei sentir saudades.

- Você sabe que ela não veio por conta dos negócios. - Ele disse apreensivo. - Sabe, não é?

- Sim! - Amber suspirou, agarrando nas alças. - De qualquer forma, aguardo a visita de vocês.

- Tire essa cara de desânimo. Vamos lá, fique feliz, sua prima vai estar próxima a você agora. - Tentou dizer algo positivo para ela. - Eu prometo que estará se acostumando com a faculdade.

- Obrigada, pai. - Falou, deixando as palavras saírem arrastadas. - Vejo o senhor e a mãe daqui algumas semanas.

- Eu te amo, não se esqueça disso!

- Eu te amo também.

Amber observou o carro sumir da rua lentamente, junto com o seu pai no banco do motorista.

- Ui, você realmente veio! - Amber escutou uma voz atrás dela. Seu coração quase saiu pela boca, dando um pulo para trás.

Avistou a sua prima, Anika Kayoko. As duas nunca tiveram uma boa relação, não se viam bastante por diversos problemas familiares.

- Como você surgiu aqui do nada? Cruzes, garota! - Amber posicionou a mão no peito.

- Foi mal... - Anika olhou as malas. - Eu posso te mostrar a faculdade. Meu tio disse que estava vindo, mas não botei tanta esperança.

- Sim, aqui estou eu - Amber não se esforçou em mostrar um pingo de felicidade.

- Pelo visto, sei que não foi por decisão sua.

- Não - Amber cruzou os braços. - Eu ganhei uma bolsa de estudos aqui após passar na prova, minhas notas são impecáveis e isso influenciou bastante.

- Entendi - Anika segurou em uma das malas. - Eu te ajudo a levar para o seu dormitório.

- Obrigada - Amber agradeceu, sem desenvolver a conversa.

As parentes caminharam em um silêncio pelo campus, passando pelas gramas verdes e bem cuidadas daquele local.

- Você soube da história daqui? Quero dizer, o que rolou uns anos atrás.

- Que história? - Amber levantou a curiosidade. - Tipo, de coisas paranormais?

- Não, estou falando sobre o assassinato que ocorreu. - Anika levou o seu tom de voz para frio. - Um garoto foi brutalmente assassinado perto de um dos lagos.

- E descobriram quem foi o assassino que fez isso? - Amber continuou cada vez mais interessada sobre.

- Não, a polícia tentou colher pistas, mas não levaram a lugar algum. Deixaram o caso de lado, entretanto, é um mistério que ainda fica na boca do povo.

no body, no crime (tamber)Onde histórias criam vida. Descubra agora