1- O sumido voltou

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❝Um contrato de afeto, mas quando o controle some, o amor vira desafeto.❞
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O SUMIDO VOLTOU

No brilho suave, sob uma nuvem de névoa em São Paulo, Sarah e Lino combinaram de marcar um encontro, já que não se viam há uma semana.
A conexão de Sarah e Lino se aprofundava a cada dia que passava, mesmo distantes os amigos se acompanhavam.

Sarah apostou um recanto aconchegante no seu quarto, completo com luzes neon penduradas nas paredes, almofadas espalhadas sobre um cobertor confortável e uma cesta de vime cheia de salgadinhos. Uma brisa fria agitava as árvores próximas do seu apartamento. Um alto-falante Bluetootht estava tocando Legião Urbana.

A rua movimentada, uma sinfonia de carros e motos. Lino enviou uma mensagem perguntando se a mãe da garota estaria lá.

"Tá de brincadeira né?" Respondeu Sarah.

Tempo depois, Lino chegou sorrindo, segurando um buquê de margaridas. A garota se surpreendeu porque não esperava que ele se lembrasse dessas flores.

– E aí. - disse Lino, com um toque de nervosismo na voz. – Suave?"

– Oi. - Sarah respondeu com um sorriso. – Uau, você some e volta, bem atípico. Não sei como não reprovou ano passado... Aliás, lindas flores. - Sarah sorriu simpática.

Lino entregou o buquê.

– Minha melhor amiga merece o melhor.- Piscou – Eu vim aqui pra pegar conteúdo também. - Riu.

– Desde quando virou romântico? Aprendeu com o Kant? Mas obrigada. -  Empurrou o rapaz de brincadeira. – Interesseiro do caramba!"

Ambos colocaram os assuntos em dia, conversaram muito sobre o triunfo dele no freestyle brasileiro, o cara está voando e Sarah só elogiou.
Logo foram o assistir ao filme.

Eles se acomodaram no cobertor, Lino só conseguia admirar Sarah concentrada estudando qual filme escolher.

– Então, o que vamos assistir? - ele perguntou.

Sarah vasculhou seu celular e abriu a aplicativo da Netflix

– Optei por um romance clássico. A gente já maratonou Sintonia mesmo.

Lino assentiu, a tensão entre eles era palpável.

– Gosto de clássicos. Eles têm um charme atemporal.

Quando o filme começou, eles se aproximaram sob um cobertor compartilhado.
Lino ainda teve a audácia de elogiar o cheiro do lençol.
Ela serviu a pipoca.
As mãos deles se roçaram enquanto pegavam a pipoca e, cada toque acidental causava arrepios através deles.

Sarah decide quebrar um pouco do gelo.

– Sabe, em todas essas comédias românticas, parece que os relacionamentos começam com um mal-entendido engraçado. - Disse sem retirar os olhos do filme.

– Certo? Tipo, você derrama café em um estranho e de repente ele se torna o amor da sua vida. - Lino simplificou.

– Então eu deveria derramar minha pipoca em alguém? - Sarah riu.

A vibe daquela noite prometia muito.

– Se esse é o segredo do amor, tenho aqui uma bacia de pipoca. - Lino respondeu.

A conexão tinha ficado ruim devido a forte chuva. O tempo estava frio e agressivo. A internet simplesmente havia caído.

– E aquelas declarações dramáticas de amor na chuva? Você acha que isso funcionaria? - Sarah disse.

– Não sei, mas acho que a gente devia tentar agora mesmo. Brincadeira. - Lino respondeu se referindo à chuva.
– Tá chovendo, pô, é o momento."

Enquanto a chuva caía, Sarah e Lino não resistiram ao desejo infantil de brincar. Eles se viraram, suas roupas aos poucos encharcaram.

Com um sorriso travesso, Sarah agarrou a mão de Lino e puxou-o para a chuva torrencial. Eles dançaram, espirrando água. Quem passava por ali pensaria que esses dois precisam de um hospício.

Lino tirou várias fotos pra marcar esse divertido encontro. Seus stories logo estariam repletos de fotos.

– ESSE É UM DOS MELHORES DIAS! NA MORAL! - Lino gritou devido a chuva.

– PAPO RETO! - Sarah gritou.

Quando terminou, ambos voltaram encharcados para casa, se trocaram e voltaram para a noite normal. Foi uma verdadeira diversão que Lino não se deliciava antes.

– Pelo menos a gente não 'tá em um momento romântico sentimental. - Lino enfatizou.

– Quer dizer, eu escolheria uma declaração idiota de um amigo na chuva em vez de um beijo em um filme dramático qualquer dia. - Sarah disse indiferente.

– Concordo. Quem precisa de um romance de cinema quando você pode ter hilaridade na vida real?

– Cala a boca. Você é minha pior comédia romântica da vida real, 'cê sabe disso, certo? - A menina brincou.

– Aww, de volta para você! Agora, podemos voltar 'pro filme? Quero ver se eles acabam juntos. - Lino riu entendendo.

– Vamos ver se eles derramam pipoca um no outro primeiro. - Sarah falou.

Nas horas tranquilas da noite, Lino acordou e observou Sarah, dormir. Eles eram amigos desde que ele conseguia se lembrar, exatamente no ensino médio, compartilhando histórias e sonhos.

Enquanto estava deitado ao lado dela e a televisão ligada 'rolando uma série qualquer, ele não pôde deixar de sorrir ao observá-la em um sono tranquilo. O seu rosto, tipicamente animado e cheio de energia horas atrás, estava agora calmo e sereno.

Uma brisa suave agitava as cortinas e o luar depois da forte chuva iluminava suavemente suas feições. Lino estendeu a mão e tirou uma mecha de cabelo do rosto dela. Foi um gesto simples e terno.

Nesse momento de silêncio, Lino percebeu o quanto valorizava a amizade deles.

Ele ficou maravilhado com a confiança que eles construíram e os conselhos sábios de Sarah, permitindo que ele ficasse ali, cuidando dela na quietude da noite.

Foi uma prova da profundidade da ligação entre eles, uma ligação que transcendia os pensamentos e enchia o quarto de sensação calorosa e reconfortante.

Versos de amizade, Lino McWhere stories live. Discover now