Cap. 48

410 26 2
                                    

O vento suave carrega o som de paz e o cheiro de relva nostálgico, despertando suavemente a delicada flor entre meus braços.  Seu olhar verde se revelou aos pouco, de forma preguiçosa. Um verdadeiro espetáculo. 

Ela se encolhe da forma perfeita para se encaixar em meu peito, enrolada nas cobertas, faz com minha visão fiquei ainda mais completa.

- Bom Dia Baby! - suspirei lhe dando um beijo suave na testa.

- Bom Dia... - ela sorriu vagaroso, tornando a fechar os olhos e aconchegando o rosto no meu peito.

- tá na hora de levantar Baby... - fiz um carinho na pele nua de suas costas., fazendo a mesma se mover, para me encara.

- não podemos ficar aqui até a hora de irmos pro Bar?

- simplesmente, não - ri de seu olhar desapontado.

- estão esperando por nós

Ela resmungou erguendo o corpo sonolento, me dando uma visão mais ampla e clara de seu tronco semi nú, envolvido pelo cobertor.

Quando pensei em me levantar, ela se jogou sobre mim, com um sorriso travesso.

- eu amei nossa bagunça de ontem.

Sorri ao me lembrar.

- foi maravilhosa.  - ela ta tão irresistível. Me inclinei a beijando.

Estou parecendo um adolescente na puberdade, essa mulher tem mechido comigo de uma forma absurda. Depois de provar seu doce sabor, não quero outro. Quero ela, quero a todo momento.

Quando me dei conta já estava excitado, e louco pra ve-la sentar em mim, como na noite passada, aquela visão virou meu vício. Ela movia o quadril com maestria arrancando de mim o mais puro dos prazeres.

- pode fazer de novo? - pedi mal conseguindo me controlar.

- o que?

- como fez ontem...

Ela sorriu, deixando que o cobertor caísse revelando seu belo corpo Nu, em seguida voltou a me beijar, desceu o quadril rebolando lentamente, me enlouquecendo de tesão e excitação. Quando ela se encaixou em mim, começou a rebolar, parecia ainda amelhor que na noite anterior. Suas mãos deslizava sobre meu abdômen, subindo e descendo, me arrepiando. Eu parecia estar sonhando quando ela me olhava tendo o brilho do sol refletindo em seus olhos esmeralda. A lua mostrava seus detalhes mais lindos, as curvas mais formosas. E com o movimento eu enlouqueci encantado com sua beleza.

Segurei firme em suas coxas a mantendo firme, enquanto, me desmanchava em prazer dentro dala, a preenchendo com meu amor. 

Novamente chegamos a um ápice juntos, a puxei para meus braços, certifando que estava bem. Confesso que na primeira vez tive medo de machuca-la, por toda sua delicadeza, mas no fim ela acabou me surpreendendo.

***

Depois de tomarmos um banho, ela desceu primeiro. É ruim quando ela fica longe, eu me recordo que não deveria ter feito o que fiz. Isso é muito pesado e terrível, ela é minha sobrinha. 

Talvez eu devesse me distrair, ou pense em uma forma de acabar com isso. Pela madrugada a observei dormindo, pensei em contar a verdade, mas temo sua reação. É quase óbvia.

O rosquear da massaneta ecoou pelo ambiente.  Olhei, e a pessoa que eu menos queria ver ali, deslizava o corpo esguio através de uma pequena fresta aberta da porta.

- o que a senhora deseja?

- queria saber como vc estava... - ela olhou o ambiente com uma certa sagassidade.

- Baby já desceu. - disse terminando de arrumar a cama.

Ela se aproximou sentando na beirada do colchão. Aquilo me deixou irritado, ela espalhava aquele cheiro de velha pelo quarto, eu não gostei. O único cheiro que quero aqui dentro é o da minha Garota.

- a noite deve ter sido boa.

- do que está falando?

- não se faça de bobo querido! Um homem e uma mulher dividindo uma cama. É meio óbvio né.

Por um lado ela estava certa, mas ainda não sei qual história Ethan inventou, e Baby pode a qualquer momento vir aqui.

- eu sou o tio dela, então, por favor seja mais respeitosa.

Ela soltou uma risada sínica, que acabou me irritando.

- Ahhh querido. Eu não sou boba como ela. Eu sei de tudo. Aliás acho muito bonita sua atitude, mas uma hora ou outra ela vai descobrir.

Estremessi ao pensar nisso.

- Saia por favor!

- eu vou. Mas.... - ela se levantou, tentando parecer chamativa - ...eu vim aqui por um motivo.

Logo percebi que ela não se referia ao ambiente do meu quarto.

- você não vai ter o que veio buscar. Ela é MINHA Me-ni-na.

- que tio protetor! isso me exita sabia... - se aproximou para tocar em meu peito.

- Sai agora! - mandei segurando seu pulso antes que me tocasse - não quero nada com a senhora, e muito menos o que tem a oferece. -

O tipo de gente que não desiste fácil. Por horas ela cedeu e saiu. Isso me deixou preocupado, ela tá armando alguma coisa.

Assim que ela saiu vasculhei o local perto da cama onde ela sentou, encontrei um brinco de perola, igual ao que ela usava. Tive uma ideia.

Descendo, encontrei baby tomando café junto de Mel, e Ethan lia um livro no sofá, e a tia so Deus sabe onde ela tava.

- Bom Dia, David! - Mel sorriu, ainda com um pedaço de panqueca na boca.

- Bom Dia!

Baby sorriu.

- Mel, eu queria falar algo em particular com Baby, posso levar ela um pouquinho?

- fica tranquilo, eu vou deixar você conversarem aqui, Ethan tá triste lá no sofá sem mim. - ela pegou a xícara de café e saiu sorrindo.

- obrigado!

Baby me olhava curiosa.

- tenho uma ideia e preciso da sua ajuda. Mostrei o brinco pra ela.

- o que é isso?

- é o brinco da sua tia, ela escondeu hoje pela manhã lá no quarto. Ela tá tramando alguma coisa.

Seu olhar, ganhou o mesmo brilho de esmeralda de algumas horas mais cedo. Foi inevitável não me lembrar da deliciosa sensação de senti-la rebolar em mim. Quando me dei conta havia encarado de mais seus lábios, e ela tinha um sorriso travesso nos lábios. Mas logo desviou até parar pra analisar a jóia com cuidado.

- o que ela deve tá armando dessa vez?

- fiquei pensando nisso. Precisamos estar preparados, por isso tive uma ideia.

Ela sorriu de um jeito "maligno" que me fez dar risada.

------------------------------------------------------------------------

Parentes?Onde histórias criam vida. Descubra agora