Epílogo

37 14 95
                                    

Um Ano Depois

Já passam das 22:00 horas, está chovendo muito lá fora e o Will ainda não voltou do trabalho, acho que pegou o período noturno. Ele conseguiu um emprego em uma agência do FBI, é apenas um estágio, mas ele está contente pois significa que se der tudo certo ele vai ser escalado para um cargo melhor. Talvez se torne um agente!

Me aproximo da janela, segurando minha taça com vinho, a rua está deserta e bem escura, iluminada por alguns postes de luz. Nunca havia notado o quão assustadora Forks fica durante a noite.

Me afasto da janela para subir até o meu quarto, mas sou impedido de continuar quando ouço um barulho forte na porta. Me assusto e deixo a taça que estava segurando cair no chão se estilhaçando em pedaços, sujando boa parte do carpete.

Quem é a esse horário?

Me aproximo da porta para tentar ver quem está do outro lado, mas é impossível. Eu falei para o Will que seria melhor colocar um olho mágico na porta, ele disse que não seria necessário. Depois dessa noite eu com certeza vou pôr um, ele gostando ou não.

As batidas na porta continuam e agora estão mais fortes, a pessoa está desesperada para entrar, mas se quer tanto assim então por que não grita qualquer coisa? Não é o Will, ele tem as chaves e nunca perde.

– Ed! – A pessoa finalmente fala, de início não reconheço a voz, mas logo a minha mente entrega quem é a pessoa.

Abro a porta rapidamente e ele entra depressa, está todo molhado da forte chuva, sua respiração ofegante mostra que ele estava correndo.

– Lorenzo? O que você está fazendo aqui a essa hora? – Observo seu rosto com atenção notando sangue em sua boca – Você está sangrando? O que aconteceu?

– Ed, e-ele está tentando me matar. Atirou em mim, mas por sorte e-eu corri antes que me acertasse. Se eu não tivesse encontrado algo para me d-defender, ele teria... ele teria me deixado inconsciente de tanto que socou o meu rosto. Ah! – Se contorce de dor enquanto senta no sofá.

– Mas quem fez isso? – Sento ao seu lado – Você viu o rosto dele?

– Estava usando uma máscara, mas era um homem grande. Não sei se saber o tamanho dele vai ajudar. Está muito ruim, né? – Ele levanta a camisa, mostrando seu abdômen com enormes marcas roxas e o que parece ser uma perfuração causada por uma faca.

– Está horrível! – Falo assustado e ele me olha com desdém – O quê? Você quer que eu minta?

– Você tem que... tem que... tem whisky?

– O quê?

– Você precisa jogar álcool aqui, pode ser? – Lorenzo tenta se levantar e ir até a cozinha, mas acaba caindo no chão.

– Tá, não precisa levantar. Espera aí.

Corro até a cozinha e volto com uma garrafa de whisky em mãos, me agacho próximo ao Lorenzo, hesitando ao levantar sua camisa.

Não acredito que estou fazendo isso.

Levanto sua camisa devagar enquanto ele cerra os dentes ao sentir meus dedos tocando na perfuração.

– Eu vou agora, tudo bem? – Tento me manter calmo, mas minhas mãos tremem tanto que essa garrafa pode cair em cima do corte e piorar ainda mais.

– Não avisa, só vai. – Ele fecha os olhos.

Respiro fundo e derramo um pouco do líquido sobre seu abdômen, ele geme de dor e rapidamente pressiona sua mão com a minha em cima do corte profundo.

Nos olhamos por alguns segundos, em um instante sinto meu rosto ficar vermelho e o silêncio predominante entre nós não ajuda muito.

– Ed... – Curva o corpo ainda com dor enquanto limpo o ferimento com gases.

– O quê?

– Eu acho que... acho que eu sei quem era o cara que tentou me matar.

Ouço com atenção sem falar nada, olhando apenas para a faixa que estou pondo sobre seu abdômen. Eu não faço ideia de quem pode ter sido e nem tão pouco sei o motivo.

– Ed... – Ele me faz olhar em seu olho – ...foi o seu pai.

                                     •°*°•

Eita, eita 😬

Gente, a parte dois está em desenvolvimento! Ainda não tenho uma data para a estreia, então já comecem a criar teorias a partir desse epílogo 😌

Aguardem porque vai ter muita confusão e mistério no próximo livro.

O Último SuspiroWhere stories live. Discover now